Serviço Social
Trabalho Escolar: Serviço Social. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: JSA2014 • 20/5/2014 • 3.645 Palavras (15 Páginas) • 365 Visualizações
- INTRODUÇÃO
O serviço social surge como profissão ligada á ideologia dominante à doutrina social da Igreja Católica e como resposta ao acirramento das contradições capitalistas em sua fase monopolista para o controle da classe trabalhadora e a legitimação dos setores dominantes e do Estado.
Este trabalho refere-se á analise da trajetória que o Serviço Social desenvolve como profissão no Brasil, no sentido de reconstruir os compromissos, tendências e vínculos estabelecidos com as classes sociais que explicam as marcas e desafios... [continua]
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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO 3
2 DESENVOLVIMENTO 4
3 CONCLUSÃO 7
4 REFERÊNCIAS 8
1 INTRODUÇÃO
O Serviço Social é uma profissão dinâmica seus fundamentos foram estruturados no final do século XIX, quando se consolidou o processo de industrialização, conhecido na história da humanidade como Revolução Industrial.
Tal Revolução facilitou a consolidação do capitalismo, que ainda no final daquele século, adquiriu um novo perfil, deixando de lado seu aspecto concorrencial para adquirir seu estágio monopolista, gerando, desta forma, significativos impactos na estrutura societária.
Nesse cenário de grandes questões sociais, surgiram as bases estruturadoras do Serviço Social, que, durante muito tempo, esteve a serviço da burguesia, recebendo forte influência da doutrina social, desenvolvida pela Igreja Católica.
O presente trabalho trás a abordagem do Serviço Social ao longo dos tempos, resumo do processo de sua institucionalização, conteúdos que aprendemos ao longo do nosso processo de formação acadêmica profissional.
O Serviço Social, desde as suas origens, é uma profissão que tem um compromisso com a construção de uma sociedade humana digna e mais justa.
2 DESENVOLVIMENTO
O capitalismo monopolista teve influência sim no surgimento da profissão de assistente social, na medida em que “a diferenciação e os antagonismos entre as classes se acentuavam e o desenvolvimento do capitalismo, em sua fase mercantil, introduzia significativas alterações na estrutura, relações e processos sociais”. Portanto, a estória do serviço social está claramente vinculada a mudanças que se estabeleceram no decorrer de vários séculos relacionados à efervescência de fatos sociais, culturais e econômicos provindos do capitalismo já citado acima, das revoluções industrial e francesa, lutas de classes, surgimento da burguesia, dentre outras coisas, “o que lhe imprime um movimento contraditório e complexo, que se expressa tanto por momentos de lentidão como por outros de intensa...
MARTINELLI, Maria Lúcia. Serviço Social: identidade e alienação. – 11 ed. – São Paulo: Cortez, 2007.
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O Serviço Social é uma das poucas profissões que trata da questão humana, no seu sentido mais intrínseco possível, sem penetrar no âmbito da Psicologia, porém, buscando suprir as necessidades humanas, sem oferecer esmolas, mas necessariamente inclinado os necessitados para a evolução humana e social. Estando a serviço do setor público ou privado, busca conciliar as duas partes (instituição e usuário) na tentativa de aproximá-los sem prejuízo para nenhum dos dois.
O texto que segue, delineia perfeitamente a trajetória que esta profissão fez, até tornar-se o ofício que se dispõe a realizar na atualidade. Merece destaque, ainda, a rica história que esta profissão contém em suas origens, de maneira que poucas possuem um “arsenal” tão grande e complexo de fatos e motivos que levaram a sua criação. Trata-se, então, de uma profissão que está historicamente situada e principalmente criada para atender a uma forte demanda da época: para aproximar os antagonismos, para diminuir as cisões e as lacunas sociais, para aproximar as classes e buscar sempre o acesso aos direitos. Mostra ainda todo o percurso feito pelo capitalismo e seu incrível modo de produção, que não mediu esforços e não poupou sequer a humanidade exclusiva do ser humano, e expandiu-se exageradamente, reconhecendo-se também ser o Serviço Social, senão uma de suas profissões, mas, no mínimo fruto de suas estratégias para encobrir a face do pauperismo e da ‘questão social’. Usando de ideologias, e tantos outros recursos, invadiu a sociedade, criou sociedades novas e dilacerou até a convivência familiar, porém, não deixou de se expandir e, juntamente com seu progresso causou miserabilidades ferrenhas e desumanas, precisando recorrer ao Estado a ações assistenciais para tentar suprir suas profundas marcas de exploração e alienação feitas na estrutura social.
I
Serviço Social: a ilusão de servir
Para se compreender o Capitalismo (sua origem e seu desenvolvimento) é preciso trilhar por pelo menos três vertentes, assegura Dobb (1983). São elas: a proposta por Werner Sombart (1863-1941), considera que o Capitalismo (numa visão idealista) é criação do “espírito capitalista” (empreendedor e racional), sendo que em épocas diferentes, onde ocorrem atitudes econômicas diferentes. A segunda concepção é assegurada pela Escola Histórica Alemã e entende que o Capitalismo surgiu como uma forma de organização da produção, que se move entre mercado e lucro. O Capitalismo tem, então, um motivo, o lucro, asseguram Karl Bücher e Gustav Von Schmoller, representantes desta vertente. A terceira advém do pensamento de Karl Marx, o capital é entendido como uma relação social e o Capitalismo um determinado modo de produção, onde há a dominação do processo de produção pelo capital. Há, portanto, o predomínio da compra e da venda da força de trabalho, tornando-se mercadoria como outra qualquer.
É bastante difícil precisar o momento certo do surgimento do Capitalismo, no entanto, o que melhor marca sua predominância é a posse e o uso da propriedade privada, assim como a dos meios de produção e a exploração de uma classe sobre a outra. E todas as transformações que vão ocorrendo, aos poucos, no âmbito social, levam consequentemente
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