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Serviço Social No Brasil

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Por:   •  11/11/2013  •  3.035 Palavras (13 Páginas)  •  295 Visualizações

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Serviço Social no Brasil / Tempos Modernos

O momento histórico em que se deu o nascimento do Serviço Social, no Brasil, ocorre na década de 30, após a Revolução de 1930 pôs fim a Primeira República, com a posse do governo por Getúlio Vargas. Seu governo foi marcado por amplo investimento na indústria de base, a fim de atender as necessidades da expansão capitalista (COIMBRA e BARROS, 2010).

Ainda na década de 1930, a economia brasileira passava por uma transição de agrário-exportadora para industrial. Com isso ocorreu a construção de algumas indústrias que demandavam mão de obra bem como investimentos em obras de infraestrutura, tais como: abertura de estradas, suprimento de energia entre outros (PUC-RIO).

Com o desenvolvimento da industrialização, ocorre um elevado crescimento da classe operaria. Sendo assim, houve intensa aglomeração da classe trabalhadora nos centro urbanos expostos às condições precárias e sub-humanas, vivendo próximos às indústrias, submetidos a exaustivas horas de trabalho. Marcando assim, um momento de intensa e exploração de homens, mulheres e crianças (COIMBRA e BARROS, 2010). O inicio do Serviço Social no Brasil ocorre nesse contexto de aceleração do capitalismo e da questão social, o qual surgiu em meio à iniciativa de vários grupos da classe dominante, com o apoio da Igreja Católica como mediadora (COIMBRA e BARROS, 2010).

O Serviço Social enquanto profissão encontra-se no processo de reprodução das relações sociais, como atividade que visa auxiliar no exercício do controle social e na difusão da ideologia da classe dominante entre a classe dominada (PUC-RIO).

Com o intuito de controlar a massa operária, o Estado atende parte das reivindicações populares, que exigiam melhores condições de vida, tais como: alimentação, moradia, saúde, assim como a ampliação das bases do reconhecimento da cidadania social, implementando legislações sociais e salariais (PUC-RIO).

A partir da década de 30, as instituições sociais e assistenciais tornam-se aparelho de controle social e político dos setores dominados e de manutenção do sistema de produção tanto por seus efeitos econômicos, quanto pela assimilação dos conflitos sociais e das relações sociais vigentes (PUC-RIO).

O Serviço Social brasileiro contemporâneo apresenta um caráter acadêmico-profissional e social voltado à defesa do trabalho e da classe trabalhadora, ao

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compromisso com a afirmação da democracia, da liberdade, da igualdade e da justiça social no alicerce da história. Nesse sentido, a luta pela legitimação dos direitos de cidadania, e a compreensão das necessidades e interesses dos sujeitos sociais, é hoje fundamental como parte do processo de união de forças em direção ao desenvolvimento social que seja inclua todos os indivíduos sociais (IAMAMOTO, 1992).

De acordo com Iamamoto (2009), a questão social inicia-se através a generalização do trabalho livre, tornando mercadoria à força de trabalho. O operário vende sua força de trabalho à classe dominante, sujeitando-se a intensa exploração do capital. Isso impulsionou a luta do proletariado por melhores condições de vida, pois eram péssimas as condições de trabalho, a jornada diária de trabalho era calculada de acordo com o que fora determinado pelas empresas, e o operário trabalhava apenas para suprir suas necessidades mínimas, como alimentação. Além disso, não contavam com benefícios tais como: férias, auxílio doença, entre outros. E somente tinham lazer e cultura através de filantropia e/ou caridade.

Nesse contexto, surgem os movimentos sociais e sindicatos avançam nesse momento na luta por direitos da classe trabalhadora. Assim, houve lutas sociais da classe operaria por melhores salários e condições de vida; lutas das classes populares urbanas e por meios de consumo coletivo; lutas das classes populares e médias por moradia; lutas por diversas classes sociais por legislação e normatização pelo Estado, entre outras (GOHN, 2003)

Segundo Iamamoto (2009) as ações sociais envolveram obras por parte das famílias que integravam a grande burguesia paulista e carioca, envolvendo, principalmente, seus elementos femininos. O auxílio prestado não era somente de ajuda aos indigentes, mas também, havia uma perspectiva de assistência preventiva, nas quais atendiam determinados efeitos do desenvolvimento capitalista, principalmente no que se refere aos menores e às mulheres da classe operária.

Essas iniciativas foram a base da organização humana para a expansão da ação social, nesse sentido, houve o surgimento das primeiras escolas de Serviço Social, que se instalou em 1936 em São Paulo, devido à necessidade de uma formação técnica e especializada. (COIMBRA e BARROS, 2010).

Após a criação das primeiras escolas de Serviço Social, o governo criou instituições com a finalidade de assumir a assistência social e legalizar a existência da profissão no Brasil, ocorrendo a institucionalização do Serviço Social. Sobre forte influencia norte-americana, o serviço social nesse período, opera através do método de

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atuação em Serviço Social de Grupo, no qual os assistentes sociais começaram a trabalhar com grupos que apresentavam problemas semelhantes. Esse método se desenvolveu através da contribuição de Gisela Konopka e levou a gerar outro método de atuação profissional tal como o Serviço Social de Comunidade, pois para determinadas problemáticas sociais, necessitava-se de atuação de vários grupos, que, por terem objetivos comuns, deveriam se associar (COIMBRA e BARROS, 2010).

 Contexto Mundial:

De acordo com historiadores, a Revolução Industrial, foi responsável por uma profunda transformação nas formas de se organizar as relações de trabalho. O trabalhador fabril não tinha noção de quanto era o valor da riqueza produzida pela força de seu trabalho. Segundo a teoria dos pensadores Karl Marx e Friendrich Engels, o operário recebia um salário insignificante quando comparado ao valor do que era produzido por ele ao longo de um único mês de trabalho. Dessa forma, estava necessariamente submetido a uma lógica de exploração sistemática.

Desse modo, esses acontecimentos marcam o surgimento desse novo tipo de trabalhador, que surgiu no mundo contemporâneo. Para isso, o filme “Tempos Modernos”, de 1936, dirigido e estrelado por Charles Chaplin, ilustra uma crise econômica da época devido ao processo de industrialização. Ele faz uma sátira da sociedade norte-americana, nos anos 30, com cenas cômicas com conteúdo crítico em que o homem se transforma em uma “mera extensão da máquina”. Chaplin

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