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Sobre o poder simbólico Pierre Bourdieu

Resenha: Sobre o poder simbólico Pierre Bourdieu. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  1/11/2014  •  Resenha  •  1.605 Palavras (7 Páginas)  •  1.103 Visualizações

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BOURDIEU, Pierre. O poder simbólico. Tradução Fernando Tomaz, 10. ed, Rio de Janeiro. Bertrand Brasil, 2007

RESUMO:

Sobre o poder simbólico

Pierre Bourdieu, em sua obra, retrata sobre o poder de certos símbolos dentro de determinada sociedade. Segundo ele, os tais símbolos são usados para conferir sentido ao mundo real, uma certa dinâmica social, possibilitando consequentemente , consenso em um grupo social. “… o poder simbólico é, com efeito, esse poder invisível o qual só pode ser exercido com a cumplicidade daqueles que não querem saber que lhe estão sujeitos ou mesmo o exercem.” ( p. 8 ). Ou seja, como algo enraizado em certo contexto social, passa a ter um caráter legítimo, usual, elíptico, e muitas vezes dissimulado.

“Os símbolos são instrumentos por excelência da ‘integração social’: enquanto instrumentos do conhecimento e de comunicação (cf. a análise durkheimiana da festa), eles tornam possível o consensus acerca do sentido do mundo social que contribui fundamentalmente para a reprodução da ordem social: a integração ‘ilógica’ é a condição da integração ‘moral’.” (p. 10 )

O que vem ao encontro do ideal marxista no contexto da criação de ideologias na perspectiva de Bourdieu é a criação desses poderes simbólicos por especialistas em função da classe dominante, ou seja, os tais criadores criam meios para que esses símbolos se instaurem pela doxa, pela opinião geral, legitimando outras formas de poder, muitas vezes até a violência. “As ideologias, por oposição ao mito, produto coletivo e coletivamente apropriado, servem interesses particulares que tendem a apresentar como interesses universais, comuns ao conjunto do grupo (…) Este efeito ideológico, produz-lo a cultura dominante dissimulando a função de divisão na função de comunicação: a cultura que une (intermediário da comunicação) é também a cultura que separa (instrumento de distinção) e que legitima as distinções compelindo todas as culturas (designadas como subculturas) a definirem-se pela sua distância em relação à cultura dominante.” (p. 11)

A força do Direito

Segundo o autor, o Direito é uma forma de manifestação do poder simbólico. Discordando do que defende Kelsen , que o Direito rege o próprio Direito, regulando e tendo autonomia mediante a sociedade, Bourdieu indaga como o Direito regula a sociedade sendo fruto dela:

“ A reivindicação da autonomia absoluta do pensamento e da ação

jurídicos afirma-se na constituição em teoria de um modo de

pensamento específico, totalmente liberto do peso social, e a

tentativa de Kelsen para criar uma “teoria pura do direito” não passa

do limite ultra-consequente do esforço de todo o corpo dos juristas

para construir um corpo de doutrinas e de regras completamente

independentes dos constrangimentos e das pressões sociais, tendo

nele mesmo o seu próprio fundamento.”(p. 209)

Sendo assim, ele defende que o Direito possui uma simbologia própria, ou seja, a interpretação jurídica parte de certas visões de mundo de detentores do saber jurídico que carregam grandes simbolismos enraizados , e o fato de treinar e instruir “técnicos jurídicos” os quais

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