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Por:   •  22/3/2014  •  2.704 Palavras (11 Páginas)  •  354 Visualizações

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MODERNIDADE E PÓS-MODERNIDADE

• mundo contemporâneo e a nova (des)ordem mundial: desordenada e complexa coloca uma série enorme de desafios se quisermos construir uma sociedade sustentável

• sintomas: degradação ambiental, exaustão de recursos naturais e a compulsão pelo consumismo, a busca do prazer a todo custo exigem a adoção de novos valores. Dar sentido às nossas vidas e fortalecer nossas identidades e que possam orientar nossas escolhas.

PARADIGMA DA MODERNIDADE

Periodização e caracterização da modernidade , segundo Marshall Berman: 1ª fase – entre séculos XVI e XVIII; 2ª fase inicia-se com a Revolução Francesa (1789) e 3ª fase – século XX – modernidade e modernização se mundializam com o progresso técnico.

• Nascimento do indivíduo moderno (colapso da ordem social e econômica medieval): se deve ao Renascimento (XVI) – homem como centro do universo (antropocentrismo), Reforma Protestante, revoluções científicas e Iluminismo (XVIII), homem racional, científico, libertado do dogma e da intolerância, “Penso, logo existo”; capacidade da razão, de consciência e de ação.

• Modernidade: liberta o homem das tradições medievais (cultura girava na figura divina, na ideia de Deus). O homem de liberta da Igreja, do pensamento tradicional e das limitações geográficas.

• Revolução Industrial: consolidação do capitalismo (XVIII).

• Modernidade dos clássicos: Durkheim (sociedade moderna: nova forma de solidariedade orgânica, devido ao processo de divisão de trabalho; inspirado na biologia – o todo harmônico, integrado e funcional); Weber: desencantamento com o desenvolvimento da modernidade; tem visão pessimista devido à racionalização; progresso técnico sem alma; homem moderno se encerraria numa “gaiola de ferro” através da burocratização do Estado. Marx aponta caminhos contraditórios da modernidade. Através da dialética, afirma e nega a modernidade ao mesmo tempo; capitalistas exploradores e trabalhadores alienados. No “Manifesto Comunista” (1848) se posiciona simultaneamente como crítico e como defensor da modernidade; daí o caráter contraditório – combinação de aspectos positivos (urbanização e industrialização) e traços negativos (exploração e reificação – alienação; quando a realidade social passa apresentar automatismo, passividade, perda de autonomia e autoconsciência).

PÓS-MODERNIDADE

• Conceito multifacetado: condição sócio-cultural e artística do capitalismo tardio.

• Período sem regras e normas; pessoas perdidas e sem referenciais, deprimidas em razão de um suposto desamparo vertical.

• Lyotard: “rompimento com as antigas verdades absolutas (marxismo e liberalismo) típicos da modernidade”.

• Ruptura com o projeto da modernidade (estaria esgotado).

• Habermas: pós-modernidade está relacionada a tendências políticas e culturais neoconservadoras.

• Sociedade pós-moderna e a transição paradigmática: mudanças no panorama social, econômico, político e cultural.

• Discurso da “síndrome do fim”: das utopias e das ideologias (visão neoconservadora).

• Utopia: passa a ser uma anomalia, ou seja, desapareceu o horizonte utópico distante e o imediatismo sustentado pela tecnologia eletrônica aproximou o horizonte/tempo/espaço.

• Principais teóricos da pós-modernidade: Lyotard, Baudrillard

• Críticos da pós-modernidade: Habermas, Jameson, Harvey, Berman

• Origens: a partir do pós-guerra (1945) questiona-se: objetividade da verdade, da história e de normas, desencadeando processos de descentralização e ruptura.

• Tudo está englobado: mudança tecnológica avançada (3ª Revolução Industrial, envolvendo telecomunicações e o poder da informática, surgimento de movimentos sociais, competição entre os sexos).

• Ligada à Globalização, ao Neoliberalismo e ao Toyotismo.

• Descentramento, desagregação e rupturas com a modernidade.

• Ruptura com a tradição marxista (rejeição da racionalidade crítica e visão de totalidade).

• Não há mais qualquer possibilidade de projetos coletivos totalizantes emancipatórios.

CARACTERÍSTICAS DA PÓS-MODERNIDADE

• “Vale tudo” e a flexibilização da ética (“os fins justificam os meios”).

• Imagem fragmentária e saturada.

• Flexibilidade no mundo do trabalho e do sujeito.

• Fragmentação cultural, da realidade e do sujeito.

• Simulacros: simulação da realidade (mundo das imagens).

• Não existem mais padrões limitados para representar a realidade, resultando numa crise ética e estética.

• Passividade e identificação com os valores do mercado = homem = consumidor.

• Mercado como determinante do valor de todo bem de consumo e como regulador da participação de cada um no produto social.

• Sociedade de consumo: redenção do ser humano.

• Com o fim das utopias, aparece o macrodiscurso único, universal que engloba todos os desejos, aspirações, expectativas e esperanças.

• Consumo é a síntese da falta de importância do ser humano, transformada em consolo individual através do acesso infinito aos bens de consumo.

• O homem que não se realizou como ser histórico recupera sua suposta autonomia nos jogos narcísicos e individualistas que lhe são ofertados pelo sistema.

• A publicidade prefere o emocional ao racional, escolhe a sedução em vez da informação.

• Publicidade oferece aos nossos desejos um universo que insinua que a juventude, a saúde, a virilidade e feminilidade dependem daquilo que compramos.

• É uma sociedade de consumo porque o valor da vida, do sujeito, das escolhas de vida que ele tem vão ser medidos pelo que ele é capaz de consumir. Consumir dá o

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