Surgimento da Sociologia como Ciência
Por: Victorjbr10 • 3/7/2016 • Trabalho acadêmico • 561 Palavras (3 Páginas) • 432 Visualizações
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Universidade de Brasília
Instituto de Ciências Sociais
Departamento de Sociologia
Curso: Introdução a Sociologia
Estudo Dirigido 1
A sociologia surgiu, na primeira metade do século XIX, sob o impacto da Revolução Industrial e da Revolução Francesa. Através das transformações econômicas, políticas e culturais, criou-se a impressão generalizada de que a Europa vivia o nascimento de uma nova sociedade.
As duas revoluções foram discutidas em debates dos intelectuais da época. A discussão girava em torno desses eventos, com as opiniões divididas na avaliação de que se tratava ou não de desdobramentos irreversíveis da história. As divergências entre as ideias consolidaram três correntes intelectuais e políticas: conservadores, liberais e radicais.
O grande objetivo da Sociologia era a tentativa de compreender os desdobramentos dessa nova sociedade de maneira científica. Nos Escritos e Ensaios de Nobert Elias, é explicado que desde o início, a sociologia procurou diferenciar-se da economia, da história, da geografia, da filosofia, da psicologia etc. O esforço para construir uma identidade própria, se deu, sobretudo, à pretensão de atingir um padrão de cientificidade na explicação da vida social equivalente aquele alcançado pelas ciências naturais.
Nas últimas décadas do século XVIII surgiram, na Europa, dois fenômenos decisivos para a configuração do mundo moderno: a concentração da produção de bens na “fábrica”, base do sistema econômico fabril, e a comunidade política de “cidadãos”, livres e com direitos iguais, vinculados ao Estado-nação. No texto “Introdução a Sociologia” do T. B. BOTTOMORE, umas das principais preocupações da Sociologia Moderna, era o “problema social”, ou seja, a pobreza nas sociedades industriais, já não era mais considerada uma coisa natural, mas sim o resultado de ações exploradoras.
A produção deixou de ser uma atividade individual, realizada na própria casa do trabalhador segundo o ritmo ditado por sua habilidade e capacidade física. Os trabalhadores passaram a se concentrar em um só local, em fábricas, cada vez maiores, intensificando a forma de organização iniciada pela manufatura. O trabalho parcelar tornou-se coletivo, subordinado a um mecanismo constituído por máquinas capazes de realizar as mesmas operações das ferramentas e movidas por uma única força motriz.
A Revolução Industrial não mudou apenas o mundo do trabalho, alterou também as formas e estilos de vida, a cultura da maioria da população.
Umas das consequências disso foram a crescente urbanização, as fábricas eram concentradas em centros urbanos devido às facilidades de produção, gerando uma transferência populacional.
As principais consequências sociais da Revolução Industrial foram o crescimento da desigualdade e a intensificação do conflito entre as classes. As novas relações de produção cristalizaram a separação entre trabalhadores destituídos de meios de produção e empregadores capitalistas, aumentando exponencialmente a disparidade social.
A classe trabalhadora estava unida, e não demorou muito para acontecerem às primeiras rebeliões nas fábricas.
A Revolução Industrial desencadeou transformações tecnológicas, econômicas e sociais. As novas relações econômicas foram à chave para o nascimento de uma nova sociedade.
A Sociologia procurou destacar os elementos centrais daquele processo, repensando as origens históricas e o desenvolvimento da sociedade moderna.
A consolidação da indústria capitalista modificou profundamente as mentalidades, prevalecendo os valores propostos pelo Iluminismo.
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