Sus A Atenção básica
Seminário: Sus A Atenção básica. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: marcellemedeiros • 8/9/2014 • Seminário • 345 Palavras (2 Páginas) • 260 Visualizações
O SUS, sem dúvida, é atualmente um dos maiores exemplos de política pública no Brasil. Esse
sistema, fruto de debates e lutas democráticas na sociedade civil e nos espaços institucionais
do Estado brasileiro, sobretudo do movimento da reforma sanitária (um “movimento de
movimentos”), foi afirmado na Constituição de 1988, alicerçado na premissa da saúde como
direito de todos e dever do Estado e em princípios e diretrizes como a universalidade, equidade,
integralidade, descentralização e controle social. O SUS vem se desenvolvendo ao longo dos
últimos 20 anos de modo paradoxal, pois tem implantado um conjunto de políticas de saúde
includentes, apesar de sofrer de problemas crônicos, entre os quais o financiamento insuficiente
e desigual (CAMPOS, 2006). Isso demonstra, por um lado, a força do ideário e do conjunto de
atores e instituições construtores do SUS, tornando-o um verdadeiro
patrimônio público, que,
como tal, deve ser bem cuidado. Por outro lado, o SUS precisa ser “protegido” e “cultivado” não
apenas para evitar retrocessos ao grande pacto social do qual é resultado, mas também porque
ainda há muito que fazer para consolidar esse sistema e, assim, possibilitar que todo brasileiro se
sinta cuidado diante das suas demandas e necessidades de saúde1.
Nesse sentido, há inúmeros desafios a enfrentar e, entre eles, destacam-se aqueles relativos
ao financiamento, à força de trabalho e aos modelos de gestão e de atenção. Esses últimos (os
modelos de atenção), que se referem a modos de pensar e organizar os sistemas e serviços de saúde
a partir de opções técnico-políticas, devem ser objeto de atenção especial, na medida em que
influenciam fortemente o modo como os indivíduos e coletivos serão concretamente cuidados no
cotidiano. Sendo assim, é fundamental existirem não somente serviços de saúde em quantidades
adequadas, mas também que esses serviços sejam articulados de maneira complementar e não
competitiva, na perspectiva de redes de atenção, que sejam capazes de responder às necessidades
de todos e de cada um, de maneira singular, integral, equânime e compartilhada.
Nessa perspectiva, destacamos o caráter estruturante e estratégico que a ATENÇÃO BÁSICA
(ou Atenção Primária à Saúde2) pode e deve ter na constituição das redes de atenção à saúde,
na medida em que (a atenção básica) se caracteriza pela grande proximidade ao cotidiano.
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