TECENDO REFLEXÕES SOBRE AS QUESTÕES DE GÊNERO E RAÇA

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Nome do Aluno(a): Samantha Guedes Clemente

Tutor(a): Erika Fernanda Marins de Carvalho

Tarefa pontuada nº: 01

Para se discutir acerca das representações da negritude desde a infância e como estas se refletem na construção das identidades das pessoas negras é necessário entender o que significa representação. Segundo Stuart Hall, a representação é o processo pelo qual membros de uma cultura utilizam a linguagem para instruir significados. Ou seja, as representações dos mais diversos grupos sociais perpassam no meio social gerando sentidos. Entretanto, algumas representações obtêm maior visibilidade e passam ser consideradas como expressão da realidade social.

O desenvolvimento da identidade está diretamente conectado aos processos de socialização, construído a partir da relação entre o eu e os outros. É nas interações sociais que a criança negra percebe semelhanças e diferenças entre ela e o grupo social que interatua, assim, o outro pode ser objeto de referência ou de oposição.  

No decorrer da construção da sua identidade a criança negra se depara com a ausência de representações no seu cotidiano. Exemplificando: em datas comemorativas as imagens ilustradas de famílias em geral são brancas; as estórias infantis tal qual branca de neve, a personagem principal é branca; brinquedos como a Barbie possui um fenótipo diferente da realidade desta criança.

Esse modelo determinado por brancos percorre pela mídia, literatura, arte, entre outros, concebendo-se como verdade absoluta, que influenciará decisivamente na concepção que se tem sobre a realidade. A forma como a criança negra é tratada, as atribuições negativas que normalmente são impostas em sua gênese, permitem com que a criança conceba uma imagem pejorativa de si, contribuindo para uma auto exclusão e uma baixa autoestima. Prejudicando desta maneira, o processo de construção de sua identidade, com conceitos que desvalorizam suas características étnicas.

Referências Bibliográficas:

HALL, Stuart. Identidade cultural e diáspora. In: Revista do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Rio de Janeiro: Iphan, 1996.