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TRI Idealismo Realismo

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Por:   •  9/12/2013  •  1.831 Palavras (8 Páginas)  •  668 Visualizações

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Idealismo/Liberalismo/”Utopia” – Norman Angell

Em primeiro lugar, o idealismo tem gênese no ideario de Woodrow Wilson, e pressupõe que A) os indivíduos são bons por natureza, seu interesse no bem-estar coletivo estimula o desenvolvimento por meio da cooperação possível; B) A natureza anárquica do sistema internacional não é imutável e pode ser amenizadade ou extinguida com a formação e fortificação de organizações internacionais e o direito internacional; C) Estados democráticos não buscam a expansão militar e territorial. Estados com instituições não representativas são dominados por elites autoritárias e agressivas, e essas buscam afirmar e aumentar seu poder; D) É necessário garantir a liberdade individual e proteger os indivíduos dos abusos de poder que os Estados podem empreender; E) A guerra pode ser evitada.

Norman Angell defende que, ante a interdependência econômica global (especialmente entre as grandes potências) e o fato das verdadeiras fontes de riqueza que envolvem o comércio internacional não poderem ser controladas, a guerra empreendida para obter vantagem material é inócua e sem sentido. Em tempo, o livro foi escrito em 1910, antes da WW I (1914).

Para Angell, para promover a paz é necessário a interdependencia dos Estados.

Angell afirma que a guerra é inútil pois com ela afeta-se o mercado/comércio; após a guerra, existem as idenizações; com a guerra, perde-se mercado consumidor. O autor afirma que se há guerra e/ou corrida armamentista, o Estado falha em garantir a liberdade de seus cidadãos. Além disso, quanto mais se gasta com guerra, menos se gasta com a industrialização.

Por fim, o idealista expõe a forma como a guerra prejudica o comércio. Ela pode deixar um Estado incapaz de fazer uso de suas riquezas naturais e, assim, de gerar comério; Afirma que o confisco, pelo invasor, da propriedade geraria um prejuízo ao confiscado que excederia o valor do confisco; se um Estado pequeno tem que pagar impostos à um Estado forte, o primeiro cessa sua capacidade de crescer e, assim, de promover o comércio: É preciso garantir o bem de outros estados para que o seu bem seja garantido; a competitividade economica incentiva o desenvolvimento de ciência e tecnologia.

Realismo – Carr e Morgenthau

Morgenthau

Hans Morgenthau, um dos principais teóricos, fundou uma escola sobre política internacional chamada “Power Politics” que é posteriormente seguida por vários políticos norte americanos. Afirma que conquistar é exercer poder. Os Estados lutam pelo interesse nacional ligado aos três elementos centrais do Estado: território, população e governo. Assim, preservar a integridade territorial e assegurar o bem-estar da população são os objectivos principais dos Estados. Morgenthau disse que há uma constante competição pelo poder entre Estados para garantir a segurança e manutenção do território. Assim, os Estados vivem em Estado de Natureza. A confiança entre Estados traduz-se numa cooperação prolongada, uma interrupção da guerra que pode durar mais ou menos tempo.

O Realismo é uma tentativa de superação dialética em relação ao Liberalismo/Idealismo: Para o Realismo, o Liberalismo não permite que se alcançe a ordem social, pois lhe falta racionalidade e/ou compreensão, ou seja, os liberais não reconhecem a obsolescência das instituições, a violência e o mau comportamento dos indivíduos.

“Os realistas recorrem aos precedentes históricos para a solução de problemas e seu objetivo é a realização do mal menor em vez do bem absoluto”.

Morgenthau apresenta príncipios para o realismo, dentre os quais:

A) Leis objetivas e impessoais válidas para todos;

B) Autônomia do poder político. Obsolescência das instituições: Se a mente humana segue padrões repetitivos para situações iguais isso fica obsoleto em matérias sujeitas a mudança, caso contrário as ações tomam rumo errado;

C) Interesses são o conceito chave do Realismo; interesses são a essência da política. Vale-se de Weber: "são os interesses (materiais e ideais), e não as ideias, que dominam de modo direto as ações dos homens";

D) Separação da moral e da política – A moral age como freio à certas ações políticas. “Não pode haver moralidade política sem prudência, isto é, sem a devida consideração das conseqüências políticas da ação aparentemente moral”. Em tempo, essa consideração também é vista em “O príncipe”, de Maquiavel.

E) Aspiração de uma moral internacional comum; uma tentativa de universalizar a moral por meio de leis ou convenções. Entretanto, trata-se apenas de uma tentativa de universalização dos próprios interesses e, dessa forma, para Morgenthau deveriamos julgar uma nação outrem assim como julgamos a nós mesmos.

F) Autonômia da ação política.

Carr

Carr realiza uma série de antíteses que se propõem a evidênciar a ingenuidade, nas palavras do autor, do idealista. Para Carr, o idealista substitui a realidade pela utopia e, por conseguinte, assume que a política tem o dever de mimetizar uma teoria. Em contrapartida, o realista entende a teoria política como uma codificação da prática.

O realismo surge como uma contestação da utopia, e uma de suas bases é o pensamento de Maquiavel, no qual a) A história é sequência de causa e efeito; b) A prática cria a teoria; e c) A ética é produto do poder e não o contrário.

A harmonia internacional é harmonia de interesses entre os Estados, ou seja, são os interesses em comum de cada Estado. Para Carr, não existe nenhuma harmonia natural de interesses, é preciso que eles sejam harmonizados artificialmente pela ação estatal a fim de que esses interesses se tornem comum a todos os Estados.

Para Carr “as nações possuem um interesse idêntico na paz, e que toda nação que deseje perturbar a paz é, portanto, irracional e imoral”. Assim, admite-se o fato de que o interesse comum na paz mascara a intenção de algumas nações em desejar manter ou modificar seu próprio status quo (manutenção do poder) sem precisar lutar para isso. Portanto, o desejo comum paz é na verdade um desejo geral de evitar conflitos.

Escola Inglesa – Wight e Bull

A Escola Inglesa apresenta uma visão intermediária entre o Realismo Clássico e o Liberalismo. A corrente teórica busca fazer uma análise crítica dos tópicos anteriormente propostos pelos tradicionalistas e não se preocupa,

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