Teorias Democraticas
Por: Wilson Carvalho • 31/3/2015 • Dissertação • 609 Palavras (3 Páginas) • 111 Visualizações
UNIVERSIDADE METODISTA DE SÃO PAULO
CIÊNCIAS SOCIAIS – EAD
Módulo: Globalização, Democracia e Produções Simbólicas
“PS-Teoria Democrática II”
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POLO PERUS
PERÍODOS 5 e 6 – 1 SEM 2015
Teoria Democrática II
Democracia foi um sonho criado na revolução francesa, mas que não se realizou por completo em lugar nenhum, todo o sistema é dividido em três poderes onde um regulamenta o outro, mas partindo do conceito weberiano de burocracia, onde ela é definida como o poder governante e os partidos políticos buscam concessão de cargos políticos a seus membros para colocar em prática sua ideologia, percebemos que o Estado de Direito e a vontade do cidadão tem sido colocados em segundo plano em nosso sistema democrático.
Para Weber:
Caso a alta administração pública fique sob o controle dos burocratas, existem dois grandes perigos: a) que a burocracia demonstre-se incompetente e irresponsável, especialmente em situações de crise política; b) que os interesses dos capitalistas sejam colocados acima da sociedade.
Considerando que o brasileiro encontra-se insatisfeito com a situação política e econômica atual, percebe-se pelo resultado das eleições seja em nível de Presidência da República, Governo do Estado, Deputados Federais, Senadores, as pessoas que compareceram às urnas não se sentem representadas. O jogo de interesses, a constante disputa entre situação e oposição que não levam em conta os interesses do cidadão, faz com que cada vez mais o indivíduo sinta-se isolado da tomada das decisões políticas. O atual cenário político, com noticias diárias de corrupções, onde cada partido pretende apontar os “erros” dos outros e “maquiam” os seus, dão a dimensão de como Weber está correto, posto que vivemos numa crise institucional, não sabendo em quem confiar.
Considerando ainda que, o financiamento privado das campanhas políticas, coloca os interesses dos capitalistas acima da sociedade, já o noticiário aponta que a maioria dos Congressistas teve campanhas financiadas pelas empresas privadas que financiam sempre com segundas intenções e que prestam serviços para o governo, atualmente estas mesmas empresas estão sendo investigadas sobre seus envolvimentos nos esquemas de corrupção. Se o capitalista está representado e o povo não, os cidadãos estão desamparados e incrédulos, posto que, grande parte da população não acredita que haverá punição exemplar para corruptos e corruptores e que grande parte do patrimônio público desviado jamais será recuperado.
Sendo assim, para que possamos construir um Estado de Direito onde o indivíduo sinta-se representado, seria necessária uma extensa reforma política, em todos os níveis. O financiamento público de campanha seria uma decisão acertada, haja visto que o capitalista perderia sua hegemonia, dando mais espaço principalmente aos movimentos sociais; Deveria também haver mais clareza na Lei eleitoral. O eleitor não entende porque um candidato que recebe um número elevado de votos não consegue se eleger. O número de partidos políticos é outra questão de confunde o eleitor, posto que, na decisão final sempre permanece os mais conhecidos e com maior representação política. Não seria democrático limitar o número de partidos políticos em duas formas antagônicas de ideologias, mas um número sem fim de partidos, onde o eleitor não consegue entender qual o discurso deste, faz com que, a representatividade fique comprometida, pois o eleitor pauta sua escolha na pessoa pública e não na ideologia partidária.
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