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Terence Turner

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Por:   •  8/7/2013  •  923 Palavras (4 Páginas)  •  480 Visualizações

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Terence Turner – DE COSMOLOGIA A HISTÓRIA: resistência, adaptação e consciência social entre os Kayapó

Neste texto, Terence Turner nos apresenta uma perspectiva concisa, porém, abrangente, sobre a disposição dos Kayapó. O autor verifica que a produção acadêmica da antropologia a respeito da Amazônia nos últimos 25 apresenta uma maior propensão a investigar dois ramos.

A pesquisa e apoio destinados às relações dos povos com a sociedade nacional e com o capital internacional - que rejeita a se dedicar às formas sociais e nativas, além da investigação antropológica “tradicional”, da qual estamos mais habituados, e que se realiza em um “presente etnográfico abstrato” excluindo do âmbito teórico as realidades políticas econômicas e culturais do contato interétnico.

Nos últimos cinco anos, surgiu uma nova situação, e isso se deve ao êxito indígena em resistir às agressões provenientes da sociedade nacional e em incorporar e dominar aspectos da cultura nacional, sem, com isso, perder sua identidade cultural.

O que propiciou todo esse processo, foi o que Turner denominou de “Autoconsciência Étnica Cultural”; no qual os ritos e configurações sociais tornam-se o expoente da luta indígena da resistência da perda de terras.

Assim, as formas de sociais e culturais indígenas manifesta o êxito de certos tipos de sociedade, e no relativo fracasso de outros. Como no argumento de Darcy Ribeiro, que expôs que as sociedades com grandes aldeias e instituições comunais fortemente desenvolvidas, como os Jê e Bororo, tendiam a obter mais sucesso em se manter íntegras em situações interétnicas do que os Tupi e os Caribe, carentes de instituições sociais coletivas e vivendo em grupos dispersos.

Entretanto, essa ideia se contrasta com as opiniões de Viveiros de Castro e Terrence Turner, que afirmam sociedades mais “a-corpadas” são menos resistentes à estímulos externos, enquanto que sociedades mais “corporadas” são o inverso.

Seguindo essa linha de raciocínio, Turner cita como os Kayapó, conseguiram uma ilustre solidariedade política e social e uma continuidade cultural, mesmo com o intenso estímulo soberano da sociedade nacional.

Os Kayapó são um povo de língua Jê do Sul do Pará, e que estão divididos em dois grupos principais, os Xikrin e os Gorotire. O texto articula em torno deste segundo grupo, em particular, de suas duas comunidades maiores: os Gorotire, do rio Fresco, e os “Txukarramãe” do Xingu, da aldeia Kapot, ao norte do Parque Nacional do Xingu.

Enquanto estes foram pacificados em 1947, aqueles foram pacificados entre 1952 e 1958, e de modo desigual.

Fatores como a conjuntura do modo de pacificação, a relação com as agências governamentais e o envolvimento na extração de produtos comerciais foram decisivas em influenciar as políticas e atitudes atuais das comunidades para com a sociedade nacional. Tais diferenças também marcam convergências essenciais dos dois grupos quanto às suas ideias, atitudes e ideologias básicas.

Entre as ações tomadas pelos Gorotire, e que acabam afirmando sua independência em relação à instituição nacional, estão, por exemplo; o fato de os próprios indígenas fazerem a gestão das contas comunitárias, investirem na habilitação técnica dos nativos, se auto-representam nos postos da FUNAI, assim como gerirem suas próprias escolas que têm auxílio da FUNAI para português e aritmética- sem isentar de lecionar o Kayapó.

Os Kayapó de Gorotire também são hábeis na utilização de filmadoras e gravadores. Desde 1985 possuem equipamento de vídeo e filmagem próprios, que são utilizados no registro de rituais e cerimônias tradicionais “para que nossas crianças vejam e não esqueçam”, além de gravar

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