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Topicos De Economia Brasileira Contemporanea

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Por:   •  22/9/2014  •  8.132 Palavras (33 Páginas)  •  819 Visualizações

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Pedro Cezar Johnson Rodrigues de Britto

Economia Brasileira Contemporânea

Objetivo:

Analisar o processo de desenvolvimento recente da economia brasileira (pós-1950), a

trajetória da Economia brasileira ao longo do século XX e início dos anos 2000 bem como as

tendências e transformações de longo prazo (Produto interno bruto – PIB –; População;

Urbanização; Desenvolvimento industrial; Indicadores sociais; Políticas públicas; Inflação).

Contextualização:

Economia agroexportadora: economia baseada na produção e exportação de produtos

primários.

Até meados da década de 1930, a economia brasileira tinha seu desempenho quase

que exclusivamente determinado pela dinâmica de suas exportações (commodities agrícolas).

A pauta predominante de exportações que variou ao longo deste período foi de Açúcar,

Algodão e Café. Os ciclos de crescimento da economia brasileira estavam diretamente

relacionados à produção destes bens.

O período áureo da economia agroexportadora foi a República Velha (1889-1930) e o

ciclo do café, com desempenho econômico atrelado às condições internacionais dos produtos

exportados (preço internacional). Logo, o desempenho da economia dependia da dinâmica dos

mercados externos, cujas condições não eram controladas pelo Brasil.

Fundamentalmente, a demanda pelos produtos brasileiros dependia das oscilações do

crescimento mundial. Assim, as crises internacionais afetavam significativamente as

exportações e o crescimento brasileiro. O desempenho do setor exportador era fundamental

para o desenvolvimento de atividades complementares no mercado interno (financiamento). A

economia agroexportadora caracterizava-se, assim, como uma economia de elevada

vulnerabilidade.

Além disso, o modelo agroexportador contribuía significativamente para a elevação

das disparidades internas de renda, salários, propriedades, etc. Esta característica foi agravada

pela dificuldade de incorporação da mão de obra recém-libertada: excesso de oferta.

O setor exportador era dinâmico, de elevada rentabilidade. Os setores internos de

baixo nível de produtividade e dinamismo em relação ao anterior. Então os recursos naturais e

financeiros tinham tendência à concentração no setor exportador. Assim, impactos do setor

exportador sobre a economia nacional diretamente relacionados ao seu efeito multiplicador.

Tavares (1983) define este tipo de estrutura econômica agroexportadora como um

“modelo de desenvolvimento econômico voltado para fora (modelo de crescimento

exógeno)”. Este modelo caracterizou o crescimento de diversos países da América Latina.Características fundamentais do modelo: (i) Elevado peso relativo do setor externo na

estrutura econômica. (ii) Descompasso entre a base produtiva interna e sua estrutura de

consumo.

Caso do Brasil:

Pauta de exportações (X):

Majoritariamente café.

Paula de importações (M):

Produtos manufaturados (ferro e

aço), manufaturas de algodão, máquinas e

ferramentas, bebidas, carvão de pedra, etc.

Vulnerabilidade da economia: qualquer problema no Balanço de Pagamentos

(diminuição das exportações) poderia implicar redução das importações e,

consequentemente, do consumo.

Como salientado, a economia agroexportadora é extremamente vulnerável às

condições do mercado internacional da commodity. O preço da commodity (no caso brasileiro,

o café) no mercado internacional reflete as condições deste mercado. Assim, oscilações no

preço da commodity afetam significativamente a economia agroexportadora. As oscilações de

preço das commodities têm diferentes causas: podem ser alterações na demanda; ou

alterações na oferta. Os choques de demanda e oferta podem ser positivos e/ou negativos.

O café teve variações de preço expressivas entre 1851 e 1908 (ciclos de queda e/ou de

expansão).

No caso específico da oferta de café, havia defasagem entre o plantio e a colheita. A

colheita ocorria em média quatro anos após o plantio. Note que em um período de preços

altos havia incentivos para plantar novos cafezais. Porém, a oferta só aumentava quatro anos

depois. Se este aumento da oferta fosse superior à expansão da demanda, poderia induzir uma

queda dos preços.

Assim, os investimentos só diminuiriam quando o mercado sinalizasse excesso de

oferta (queda de preço). Apesar dos investimentos cessarem neste momento, a produção

continuaria a se expandir (em função dos investimentos realizados enquanto o preço do café

estava em alta) e, assim, o preço continuaria a cair. A diminuição do preço do bem só cessaria

quando a oferta

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