Trajetória Do Serviço Social Nos Períodos De 1960 A 1980
Ensaios: Trajetória Do Serviço Social Nos Períodos De 1960 A 1980. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: luluzinha_tata • 13/5/2014 • 1.640 Palavras (7 Páginas) • 495 Visualizações
SUMÁRIO
Introdução..............................................................................................................04
Trajetória do serviço social nos períodos de 1960 a 1980...........................05¬,06,07
Conclusão..............................................................................................................08
Referências............................................................................................................09
INTRODUÇÃO
O presente trabalho apresentará como as políticas sociais no Brasil tiveram o seu início, a partir das mudanças ocorridas na economia do país, as quais ocasionaram desemprego em massa, levando o Estado a utilizar de estratégias com ações para conter a classe trabalhadora, sendo o Serviço Social requisitado para atuar junto às políticas voltadas para o atendimento desta classe.
Portanto o objetivo da pesquisa será relatar e trazer uma explanação sobre alguns episódios que marcaram a trajetória do serviço social e compreender de que forma pode-se entender o comportamento do grupo de 1960 a 1980 de acordo com algumas informações disponibilizadas pela psicologia social, desta forma abordar-se-á de forma crítica a posição do Brasil deste período em análise.
A atual pesquisa busca analisar o desenvolvimento dessa trajetória para compreender as mudanças ocorridas na profissão e os desafios encarados pelos profissionais de Serviço Social no enfrentamento a políticas sociais com características assistencialistas, desenvolvidas pelo Estado até a atualidade.
Trajetória do serviço social nos períodos de 1960 a 1980
O Serviço Social como especialização do trabalho ocorre nos anos 1920 e 1930, sob influência católica europeia. Com ênfase nas ideias de Mary Richmond e nos fundamentos do Serviço Social de Caso, a técnica está a serviço da doutrina social da Igreja.
Nos anos 1940 e 1950, o Serviço Social brasileiro recebe influência norte americana. Marcado pelo tecnicismo, bebe na fonte da psicanálise, bem como da sociologia de base positivista e funcionalista/sistêmica. Seu ponto principal está na ideia de ajustamento e de ajuda psicossocial. Neste período há o início das práticas de Organização e Desenvolvimento de Comunidade, além do desenvolvimento das peculiares abordagens individuais e grupais. Com supervalorização da técnica, considerada autônoma e como um fim em si, e com base na defesa da neutralidade científica, a profissão se desenvolve através do “Serviço Social de Caso”, “Serviço Social de Grupo” e “Serviço Social de Comunidade”.
Já nos anos 1960 e 1970, há um movimento de renovação na profissão, que se expressa em termos tanto da reatualização do tradicionalismo profissional, quanto de uma busca de ruptura com o conservadorismo.
“Os problemas sociais eram mascarados e ocultados sob forma de fatos esporádicos e excepcionais. A pobreza era tratada como disfunção pessoal dos indivíduos” (SPOSATI, 1995).
Diante dessa realidade, praticava- se o atendimento assistencial perpetrando o asila mento ou internação das pessoas, devido à concepção distorcida de pobreza que o Estado possuía.
Nessa época, na história da sociedade brasileira, a assistência social sempre esteve presente, caracterizada como uma ajuda aos pobres em nome da caridade, sendo vista como benesse que era praticada por instituições religiosas, com práticas assistencialistas, criando assim uma relação de subalternidade, transformando o beneficiário em eterno dependente.
O Serviço Social passa a enquadrar nos seus quadros segmentos dos setores subalternizados da sociedade. Estabelece interlocução com as Ciências Sociais e se aproxima dos movimentos “de esquerda”, sobretudo do sindicalismo combativo e classista que se revigora nesse contexto.
O Serviço Social profissional teve suas origens no contexto do desenvolvimento capitalista e do agravamento da questão social
Profissionais ampliam sua atuação para as áreas de pesquisa, administração, planejamento, acompanhamento e avaliação de programas sociais, além das atividades de execução e desenvolvimento de ações de assessoria aos setores populares.
Cresce o questionamento da perspectiva técnico-burocrática, por ser esta considerada como instrumento de dominação de classe, a serviço dos interesses capitalistas. Com os ventos democráticos dos anos 1980, inaugura-se o debate da ética no Serviço Social, buscando-se romper com a ética da neutralidade e com o tradicionalismo filosófico fundado na ética neotomista e no humanismo cristão.
Assume-se claramente, no Código de Ética Profissional aprovado em 1986, a ideia de “compromisso com a classe trabalhadora”. O Código traz também outro avanço: a ruptura com o corporativismo profissional, inaugurando a percepção do valor da denúncia (inclusive a formulada por usuários).
No âmbito da formação profissional, busca-se a ultrapassar o tradicionalismo teórico-metodológico e ético-político, com a revisão curricular de 1982. Supera-se, na formação, a metodologia tripartite e dissemina-se a ideia da junção entre a técnica e o político.
Há ainda a democratização das entidades da categoria, com a superação da lógica cartorial pelo Conjunto CFESS/CRESS, que conquista destaque no processo de consolidação do projeto ético-político do Serviço Social.
Por volta dos anos 1990, se verificam, no âmbito do Serviço Social, os efeitos do neoliberalismo, da flexibilização da economia e reestruturação no mundo do trabalho, da redução do Estado e da retração dos direitos sociais. O Serviço Social amplia os campos de atuação, passando a atuar no chamado terceiro setor, nos conselhos de direitos e ocupa funções de assessoria entre outros.
Discutindo sua trajetória profissional, ressignifica o uso do instrumental técnico-operativo
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