Transporte
Por: saratj • 4/4/2015 • Trabalho acadêmico • 1.676 Palavras (7 Páginas) • 125 Visualizações
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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO 3
2 DESENVOLVIMENTO 4,5
3 ALTERNATIVA......................................................................................................6,7
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS......................................................................................8
REFERÊNCIAS............................................................................................................9
INTRODUÇÃO
O transporte público de Curitiba comparado com as demais cidades brasileiras é, sem dúvidas, um dos melhores. A implantação do sistema de transporte coletivo começou no início dos anos 70, quando os eixos norte e sul receberam canaletas exclusivas. Foi criada uma Rede Integrada de Transporte (RIT) que permite ao usuário a utilização de mais de uma linha de ônibus com o pagamento de apenas uma tarifa. Isso permite o deslocamento par vários bairros da cidade a um custo baixo.
O meio ambiente é levado em conta pela prefeitura de Curitiba. Desde 1995 vem sendo pioneira no uso de combustível alternativo. No ano de 2012 na conferencia do Rio+20 a cidade apresentou o ônibus híbrido, movido à eletricidade e biodiesel, melhorando a qualidade do ar.
Mas nem tudo está bem no transporte público da cidade. Um levantamento realizado pelo sindicato nacional de arquitetura e engenharia (Sinaenco) mostra que o trânsito e o transporte público são os maiores problemas de infraestrutura da cidade. De acordo com 85% dos entrevistados, os problemas relacionados com a mobilidade urbana são os que causam maior impacto na vida da população curitibana.
O que se segue é um levantamento das principais reclamações por parte dos usuários do transporte coletivo.
Figura 1
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Foto: Margarida Neide/A Tarde / Futura Press
DESENVOLVIMENTO
Mesmo usufruindo de um serviço que é referência no país, o curitibano tem demonstrado sua insatisfação. Diversas são as reclamações: o valor da passagem, ampliação da rede integrada entre a capital e municípios pertencentes à região metropolitana, segurança nos pontos, estações tubo que são assaltadas frequentemente e o tempo de percurso das linhas. Mas nada se compara ao quesito superlotação em horários de pico.
Em 2007 uma pesquisa encomendada pelo Sindicato das Empresas de Transporte Urbano e Metropolitano de Curitiba e Região (Setransp), já mostrava que a lotação excessiva e o numero de ônibus insuficiente em horário de pico eram as principais reclamações dos usuários da capital e dos demais 13 municípios que compõem a Rede Integrada (RIT)
A linha do Bairro Novo, que liga o bairro Sítio Cercado localizado na região sul da cidade a região central, por exemplo, em sua estação tubo na Rui Barbosa, conta diariamente com filas enormes a partir das 15 horas. A fila chega a virar o quarteirão, deixando os usuários esperando para poder adentrar ao tubo, debaixo do sol ou de chuva. São crianças, idosos, mulheres grávidas, portadores de deficiência, em fim, todo tipo de cidadão se acotovelando e se apertando.
Outro ponto importante, e que muitas vezes passa despercebido pelos usuários, é o fator das condições de trabalho de cobradores e motoristas do transporte coletivo. Além de trabalharem diretamente com diversos tipos de pessoas, muitas vezes passando por forte estresse, pois ficam em meio a discussões, pedidos de doações, musica alta, que apesar de serem proibidos, acontecem diariamente, ainda são pressionados pelas empresas, as quais prestam seu trabalho, a arcar financeiramente com os eventuais danos causados ao veiculo. Os cobradores das estações tubo não têm acesso a banheiros, ficam expostos ao forte sol, chuvas e frio intenso.
O valor das passagens também é um problema. Muitos usuários do transporte público dizem que o valor atualmente cobrado, talvez fosse justo, se tivéssemos uma oferta maior de ônibus nas linhas transportando de modo confortável os passageiros, se o tempo de espera fosse menor e não houvesse tanta insegurança.
Algo que vem dificultando a vida dos trabalhadores brasileiros são as constantes greves. No começo deste ano, uma greve de cobradores e motoristas fez Curitiba parar. Do dia 26 de fevereiro a 01 de março, totalizando quatro dias de paralisação, a mais severa em anos. No primeiro dia 100% da frota parou, causando verdadeiro caos na cidade. Nos dias que se seguiram, as frotas eram de 50% nos horários de pico e 30% nos demais períodos.
O Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus de Curitiba e Região Metropolitana (Sindimoc) juntamente com os trabalhadores reivindicavam o reajuste salarial e o aumento do vale-refeição, além de dezenas outras exigências que constavam na pauta do sindicato, incluindo melhores condições de trabalho.
No dia 27 de novembro de 2012, o então prefeito Luciano Ducci, sancionou a Lei Municipal, publicada no Diário Oficial que proíbe a dupla função de motoristas de ônibus: além de dirigir o veiculo o condutor fica responsável pelas cobranças das passagens, o que pode causar desvio de atenção e colocar vidas em risco.
A Lei foi sancionada e deveria estar sendo cumprida desde o dia 27 de Março de 2013, entretanto o Sindicato PATRONAL recorreu à justiça através de uma liminar para o não cumprimento desta lei, e a dupla função continua ocorrendo em diversas linhas que possuem micro ônibus. (gazeta do povo)
Há muita reclamação por parte do usuário do transporte coletivo no que diz respeito ao tempo gasto na espera em pontos, estações tubo e terminais. O número baixo de veículos circulando, o trânsito pesado e a constante quebra dos veículos traz isso como consequência. O resultado para o trabalhador são constantes atrasos e estresse.
Os problemas a cima foram apenas algumas situações relatadas por usuários do transporte público de Curitiba. O crescimento desordenado das grandes cidades tem trazido dificuldades. As políticas públicas para a mobilidade urbana não estão considerando outros meios de locomoção que garanta o direito de ir e vir com dignidade. Assim, apresentamos apenas uma sugestão, de muitas que poderiam ser utilizadas pelas autoridades, a fim de que a constituição seja cumprida.
alternativa
Diante do exposto anteriormente, verifica-se a necessidade de investimentos em outras formas de locomoção, como por exemplo, a bicicleta. A cada dia, menos pessoas utilizam o transporte público e mais se constroem avenidas, estradas, estacionamentos e vias. Mais a cidade se volta para o uso do automóvel e pouco se pensa, menos ainda se faz, no sentido de buscar um uso racional do carro. Busca-se a ampliação da malha viária com o aumento do número de ruas, de viadutos, pontes e estacionamentos para que seja possível acomodar tantos veículos. O automóvel recebeu a maioria dos investimentos públicos e incentivos fiscais para a venda nos últimos anos, enquanto o transporte público foi praticamente marginalizado. Grande parte da população sofre com todas as externalidades negativas que ele gera, como a poluição ambiental e sonora, violência do trânsito, engarrafamentos e custos com a saúde publica. Apesar de todos estes males gerados pelo uso intenso do automóvel, medidas que retiram a prioridade dos veículos motorizados, como a adoção de moderação de tráfego, e outras que retirem o espaço de vias e estacionamentos, diminuindo o espaço dos automóveis, praticamente não são aplicadas.
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