Transposição Do Rio São Francisco
Exames: Transposição Do Rio São Francisco. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: LarissaFM • 1/4/2014 • 1.201 Palavras (5 Páginas) • 619 Visualizações
Transposição do Rio São Francisco
Introdução
O rio São Francisco
O rio São Francisco, conhecido também como rio da Integração Nacional, possui 2.800 km de extensão e drena uma área de aproximadamente 641.000 km2.
Nasce na serra da Canastra também conhecida por Chapadão Zagaia, corta Minas Gerais, Bahia e Pernambuco e desemboca no Oceano Atlântico entre Sergipe e Alagoas. No seu leito se apresentam 1.800 km de área permitida para navegação, dois estirões navegáveis, o médio, com cerca de 1.371km, entre Pirapora-MG e Petrolina-PE/Juazeiro - BA e o baixo com 208 km entre Piranhas- AL e a foz, no Oceano Atlântico tendo uma área de 640 mil km2 de bacia hidrográfica, e possui um cunho eminentemente importante no cenário político, social e econômico para o Brasil.
É o terceiro maior rio do país, com vazão média de aproximadamente 2.850 m³/s, abrange regiões com condições naturais das mais diversas. As partes extremas, superior e inferior da bacia apresentam bons índices pluviométricos e fluviométricos, enquanto os seus cursos, médio e submédio, atravessam áreas de clima bastante seco e semi-árido. Assim, cerca de 75% do deflúvio do São Francisco é gerado em Minas Gerais, cuja área da bacia ali inserida é de apenas 37% da área total, possuindo um grande potencial agrícola, especialmente para a agricultura irrigada.
Ressalte-se que, comercialmente, o trecho principal compreende 1.371 km, conforme citado anteriormente. Esse trecho corresponde a uma distância equivalente entre Brasília (DF) e Salvador (BA) e é sem dúvida a mais econômica forma de ligação interna entre a região sudeste e o nordeste. Com o seu extremo sul localizado na cidade de Pirapora (MG), a Hidrovia do São Francisco já teve melhor conexão com os centros do Sudeste através de uma interligação ferroviária a partir de Pirapora em Minas. O epíteto de rio da integração nacional está ligado a projetos para uma maior ligação entre as regiões do Brasil, utilizando-se esta via fluvial como meio de transporte e comunicação. Com efeito, entradas e bandeiras na época da Colônia já utilizaram esta artéria nacional. Por esta hidrovia passaram os bandeirantes Fernão Dias e Manoel Borba Gato. Vindo de Sabará, hoje na Grande Belo Horizonte, através do Rio das Velhas, afluente do São Francisco, os primeiros colonizadores poderiam chegar até o estado de Pernambuco.
O rio São Francisco é composto por vários afluentes que desembocam em seu leito e por populações ribeirinhas, que habitam locais próximos a sua torrente.
Projeto da Transposição
A transposição do rio São Francisco é um tema bastante polêmico, pois engloba a suposta tentativa de solucionar um problema que há muito afeta as populações do semi-árido brasileiro, a seca; e, ao mesmo tempo, trata-se de um projeto delicado do ponto de vista ambiental, pois irá afetar um dos rios mais importantes do Brasil, tanto pela sua extensão e importância na manutenção da biodiversidade, quanto pela sua utilização em transportes e abastecimento.
O projeto de transposição do São Francisco surgiu com o argumento de sanar essa deficiência hídrica na região do Semi-Árido através da transferência de água do rio para abastecimento de açudes e rios menores na região nordeste, diminuindo a seca no período de estiagem.
O projeto é antigo, foi concebido em 1985 pelo extinto DNOS – Departamento Nacional de Obras e Saneamento, sendo, em 1999, transferido para o Ministério da Integração Nacional e acompanhado por vários ministérios desde então, assim como, pelo Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco.
O projeto prevê a retirada de 26,4m³/s de água (1,4% da vazão da barragem de Sobradinho) que será destinada ao consumo da população urbana de 390 municípios do Ceará, Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte através das bacias de Terra Nova, Brígida Pajeú, Moxotó, Bacias do Agreste em Pernambuco, Jaguaribe, Metropolitanas no Ceará, Apodi, Piranhas-Açu no rio Grande do Norte, Paraíba e Piranhas na Paraíba.
O Eixo Norte do projeto, que levará água para os sertões de Pernambuco, Paraíba, Ceará e rio Grande do Norte, terá 400 km de extensão alimentando 4 rios, três sub-bacias do São Francisco (Brígida, Terra Nova e Pajeú) e mais dois açudes: Entre Montes e Chapéu.
O Eixo Leste abastecerá parte do sertão e as regiões do agreste de Pernambuco e da Paraíba com 220 km aproximadamente até o Rio Paraíba, depois de passar nas bacias do Pajeú, Moxotó e da região agreste de Pernambuco.
Ambos os eixos serão construídos para uma capacidade máxima de vazão de 99m³/s e 28m³/s respectivamente
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