Um Estudo Do Desenvolvimento Socioeconômico - Escassez
Artigo: Um Estudo Do Desenvolvimento Socioeconômico - Escassez. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: ramir • 4/11/2014 • 1.865 Palavras (8 Páginas) • 414 Visualizações
Adamo Mota Pereira
Tecnólogo em Gestão Financeira, Faculdade Estácio/FIB
Mara Ramir Rodrigues dos Santos Costa
ramirmara@gmail.com
Tecnóloga em Gestão Financeira, Faculdade Estácio/FIB
Tielem
tielemlavinia@hotmail.com
Tecnóloga em Gestão Financeira, Faculdade Estácio/FIB
Resumo
O trabalho enfatiza o desenvolvimento socioeconômico, com programas sociais voltados para o desenvolvimento do país, erradicação da pobreza e desigualdades sociais. Para uma análise acerca do desenvolvimento é necessário considerar seus vários aspectos, desde o econômico, o social, o politico, o cultural e sua relação direta com o lucro. A necessidade de politicas economicas de combate à pobreza e controle da escassez se faz a partir do desenvolvimento de uma nação. A criação de programas de transferência de renda e controle da economia se tornam essenciais ao desenvolvimento e crescimento econômico.
Palavras-chave: Desenvolvimento Socioeconômico. Programas Sociais. Pobreza.
1.Introdução
O desenvolvimento pode ser conceituado como um processo de enriquecimento dos países e de seus habitantes, relacionado à ascensão no aspecto social, politico e sustentável. (CLEMENTE,2000). O desenvolvimento pode garantir lucro e investimento, mas nem sempre garante igualdade para uma população ou nação.
O Brasil é “culturalmente” marcado pelas intensas desigualdades sociais e regionais caracterizadas pela pobreza extrema, o que gera deficiência na educação, saúde precária e altos índices de marginalidade ocasionando a falta de segurança. A falta de segurança econômica consequentemente ocasiona a privação da liberdade e consciência democrática, muitas pessoas se tornam vitimas das várias formas da privação de itens básicos a sobrevivência de forma digna.
Em 2003 foi criado pelo governo federal o Programa Bolsa Família, com intuito de erradicação da pobreza. Sua sistemática baseia-se na transferência de renda beneficiando famílias em situação de pobreza e extrema pobreza, tornando-se um dos principais programas de politicas sociais entre outros desenvolvidos ou em desenvolvimento. Para participar do Bolsa Família é necessário ter renda per capita de R$ 140,00 por pessoa e está cadastrado no Cadastro Único para Programas Sociais, só ingressam no programa as famílias que possuírem crianças ou adolescentes de até 17 anos.
Diante disso, o objetivo do trabalho é analisar o desenvolvimento social e econômico que este programa social especificamente contribui para a diminuição da pobreza e consequentemente da Escassez.
Esse estudo busca compreender o processo de desenvolvimento socioeconômico, propondo uma reflexão acerca da questão da escassez e a contribuição de programas sociais para diminuição da mesma, com um maior enfoque no Programa Bolsa Família que busca erradicar a pobreza extrema.
2.Desenvolvimento Econômico
O conceito de desenvolvimento econômico é muito amplo, podendo ser abordado de diversas formas por diferentes autores. Autores clássicos da Economia, como Adam Smith, e autores contemporâneos, desenvolvimento e crescimento econômico podem ser explicados pelo mesmo ponto de vista, porém com teorias um tanto diferentes.
Um destes foi Joseph Schumpeter presidente fundador da Econometric Society (1933), economista entusiasta da integração com a Sociologia para o melhor entendimento de suas teorias econômicas. Sua teoria do ciclo econômico é fundamental para ciência econômica contemporânea. A razão segundo o autor para que a economia saia de um estado de equilíbrio e entre em um processo de expansão, o surgimento de alguma inovação, do ponto de vista econômico, que altere consideravelmente as condições prévias de equilíbrio.
O desenvolvimento, porém não está restrito somente a aspectos econômicos, mas ao politico, cultural e social que partiu da percepção das desigualdades entre países e da disparidade entre regiões, as diferenças regionais são que mais se acentuam.
Segundo Galvão (2004, p.23):
O desenvolvimento brasileiro sempre teve feição regional. Algumas frações territoriais terminavam por se sobressair às demais, angariando recursos humanos, materiais e financeiros e confirmando a percepção corrente de um país de vastas extensões de terras e relativa escassez de homens.
No caso de países de terceiro mundo a exclusão social é objeto de estudo de diversas áreas do conhecimento, historia, politica, geografia, sociologia, matemática entre outras, porém a economia é a que maior contribuição fornece a cada uma delas. Em Economia tudo se resume a uma restrição – a lei da escassez, isto é, produzir o máximo de bens e serviços a partir dos recursos escassos disponíveis a cada sociedade. Não havendo a escassez, não se faz necessário estudar ou falar de desperdício ou em uso irracional dos recursos e na realidade só existiriam os “bens livres”.
O conceito de necessidade humana é concreto, neutro e subjetivo, a questão é que no mundo de hoje todos pensam e “necessitam” de carro, televisão, geladeira, livros, cinemas, cigarros, bebidas, relógios, enfim as necessidades se tornaram ilimitadas. Neste caso em países que são considerados subdesenvolvidos ou de terceiro mundo estas necessidades em algumas regiões podem ser vistas e estudadas de forma mais perceptível. No caso do Brasil, onde o desemprego, a fome e a miséria são fomentadas e reproduzidas através de politicas e programas seletivos, a escassez é objeto de constante estudo, gerando deste modo a necessidade da criação de programas de governo com a finalidade de extingui-la ou reduzir as diferenças sociais.
Para Oliveira (2000, p.138):
O crescimento econômico é condição necessária para o desenvolvimento humano; portanto, um requisito para eliminar a pobreza e construir uma vida mais digna. Nesse sentido, adverte que países em desenvolvimento como o Brasil não podem escolher entre crescer ou não, mas têm que necessariamente crescer.
O Brasil tornou-se um país moderno,
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