Uma Nova Abordagem: "Aprendizagem E Ensino Por Projetos"
Ensaios: Uma Nova Abordagem: "Aprendizagem E Ensino Por Projetos". Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: AnaNinaSnape • 26/10/2013 • 2.315 Palavras (10 Páginas) • 931 Visualizações
Uma Nova Abordagem:
“Aprendizagem e Ensino por Projetos”
Baseado no Relato de Observação de uma Aula de Espanhol no laboratório de Informática
Zilda Cristina Ventura Fajoses Gonçalves
Uma Nova Abordagem: “Aprendizagem e Ensino por Projetos”
Resumo:
As situações educacionais e suas relações cotidianas, onde a curiosidade e as novas descobertas geram novas questões dentro do conteúdo e há mudança da abordagem inicial de "Ensino por projetos" para "Aprendizagem por projetos" criando-se uma mescla das duas.
Palavras-Chave: TIC´s. Aprendizagem. Ensino por Projetos. Aprendizagem por Projetos. Ensino/Aprendizagem. Web/internet no Ensino.
Abstract:
The educational situations and their everyday relationships, where curiosity and new discoveries generate new questions within the content and change the initial approach of "education for projects"to "learning by projects" by creating a mix of both.
Keywords: ICT's. Learning. Teaching by Projects. Learning by Projects. Teaching and Learning. Web / Internet in Education.
Considerações acerca do “Relatório de Observação de uma Aula” – (em anexo).
Durante o relato de observação de uma aula de Oficina da escola Caic-Núbia, onde os alunos utilizavam as tecnologias na sala de informática para aquisição de conhecimentos relacionados à Língua Espanhola, alguns alunos, simplesmente acessaram o site da Turma da Mônica do Maurício de Souza e começaram a ler histórias em espanhol.
É interessante notar que esse “desvio” foi ocasionado por informações adquiridas pelos alunos num outro projeto que estava sendo aplicado na escola: “Quadrinhos – Aprender e Ensinar Brincando”, onde os alunos estavam aprendendo a utilizar a “Máquina de Quadrinhos” da Turma da Mônica.
Quando do “desvio” do aluno para as histórias em quadrinhos em espanhol - de certa forma com a concordância tácita da professora, que longe de repreendê-los, os ajudou na tradução e interpretação - ficou demonstrado que uma atividade centrada na “Aprendizagem por projetos” pode, em alguns casos, facilmente limitar uma atividade centrada no “Ensino por projetos”, uma vez que o aluno deixou de ser um sujeito passivo para se tornar ativo na decisão de como se daria seu aprendizado durante a aula, com o consentimento e incentivo da própria professora, que os ajudou inclusive no uso dos aspectos técnicos.
Essa foi uma forma de realizar novas descobertas a partir do que já estavam “trabalhando”, de “ressignificar” o que já sabiam/tinham aprendido na própria aula correlacionando-as ao seu cotidiano de Quadrinhos lidos no Brasil.
Como já foi observado antes:
“Novos projetos que busquem utilizar as TIC´s (Tecnologias de Informação e Comunicação) na escola de forma eficiente devem privilegiar o aspecto pedagógico, capacitar seus professores e obter uma boa infraestrutura física em local adequado para que se tenha êxito. / Se apenas um desses aspectos falhar, corre-se o risco de que tudo falhe.” (GONÇALVES, Zilda C. V. Fajoses. - "Diretrizes para o trabalho pedagógico das TIC: um acordo coletivo", 2010, s/p.)
E felizmente, nenhum desses aspectos falharam na aula em questão.
Além disso,
“As TIC´s são apenas um meio para se atingir o principal objetivo: construção de conhecimento. São apenas uma forma melhor de aplicação de técnicas e métodos para, pedagogicamente, transformar informação em conhecimento. / A internet é o maior repositório de informação atualmente. Todo tipo de informação. O aluno precisa ser “conduzido” pelo professor nesse “mar” não navegado; precisa ser ajudado com as técnicas que o ajudem a buscar e discernir as informações oferecidas; precisa aprender a dar-lhes significado e contextualizá-las.” (...) “Hoje se pode ter qualquer informação ao alcance dos dedos. Elas são vastas, completas, visuais, auditivas e interessantes. Mas precisamos distinguir o que é importante, real e verdadeiro, do que não é. Esse é um dos aspectos que não pode ser ignorado pelos responsáveis pedagógicos de um estabelecimento de ensino,” (...) “ E o docente não precisa ter medo de mostrar que está aprendendo junto com seus alunos – isso lhes ensinaria um novo conceito de respeito e humildade de um professor que deixou de ser “onisciente” para se tornar aquele que “aprende ensinando”, ressignificando toda a relação professor-aluno e ensino-aprendizagem: inovando.” (Id. Ibid.)
Alguns aspectos citados abaixo, e acontecidos na aula observada, corroboram minha conclusão sobre o fato de determinadas atividades centradas na “Aprendizagem por projetos” estarem no limiar de uma atividade centrada no “Ensino por projetos” e poderem ser utilizadas/adaptadas pelos professores, principalmente quando as TIC´s estiverem em questão.
É significativo perceber que essa situação ocorre várias vezes e de forma não prevista no projeto. Basta que o professor tenha sensibilidade para “adaptar-se” à situação, os tipos de atividades – e então as abordagens - podem mudar e mesclar-se, ainda que isso não ocorra tendo como base o projeto em si, mas apenas na aplicação das atividades práticas.
A problematização é dialógica quando o conteúdo programático não é “engessado” dentro de um projeto, mas sofre “alterações/adaptações” para que se possa devolver conhecimento no lugar de informação.
“Quanto à necessidade de problematizar para conhecer, Freire (2000, p.98) esclarece: ‘Para o educador-educando, dialógico, problematizador, o conteúdo programático da educação não é uma doação ou uma imposição – um conjunto de informes a ser depositado nos educandos – mas, a devolução organizada, sistematizada e acrescentada ao povo, daqueles elementos que este lhe entregou de forma inestruturada.’ (Freire, 2000, p.98, apud, BATISTA, Deniele Pereira - Técnicas e Métodos de Uso das TIC em Sala de Aula. V.1, 1ª Ed, Juiz de Fora:UFJF, 2009)
Diante disso, observa-se ainda que:
“Os conteúdos programáticos são definidos a partir de um esforço constante do educador em desvelar aspectos da realidade dos alunos para traçar as unidades
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