Vitorianos, alemães e franceses
Tese: Vitorianos, alemães e franceses. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: MayaraD • 24/2/2015 • Tese • 1.551 Palavras (7 Páginas) • 276 Visualizações
CURSO: Ciências Sociais
DISCIPLINA: Antropologia I
Fichamento do texto: Vitorianos, alemães e um francês.
“Nos anos 1700 transformações profundas se processam na agricultura e na manufatura, especialmente na Inglaterra. Máquinas a vapor e de fiação haviam se espalhado por toda parte e uma classe cada vez mais numerosas de camponeses sem terra e d trabalhadores urbanos começou a se fazer ouvir.” (p. 27).
“Na década de 1830 foram construídas as primeiras grandes ferrovias; uma década depois, navios a vapor cruzavam o Atlântico regularmente; e em 1846 foi introduzido o telégrafo. Numa escala que o mundo desconhecia até então, começava a ser possível movimentar enormes quantidades de informações, de matérias-primas, de mercadorias e de pessoas por distância globais.” (p. 27).
“As condições nas cidades em rápido crescimento eram sempre precárias: epidemias eram comuns, e quando foi introduzida primeira lei britânica conta o trabalho infantil, em 1834, ela apenas regulamentou a situação de crianças com idade inferior a nove anos.” (p. 27).
“Com o tempo, protestos contra essas mudanças aumentaram em frequência e em escala. O exemplo mais extremo foi a Revolução Francesa, mas a revolta Cartista na Inglaterra nos anos de 1840” (p. 27).
“O sucesso do movimento trabalhista durante o século XIX teria sido praticamente impossível sem o trem e navio a vapor. Milhões de migrantes se deslocaram por esses meios de transportes para os Estados Unidos, Austrália, Argentina, África do Sul, Sibéria e outras partes do mundo.” (p. 28).
“A escravidão foi abolida com sucesso nas possessões inglesas e francesas nos anos de 1830. Mas o racismo, que emergiu como ideologia organizada durante o século XIX, foi uma respostas aos mesmos processos.” (p. 28).
“O antropólogo é um pesquisador global protótipo que depende de dados detalhados sobre pessoas em todo o mundo.” (p. 28).
“Se antropologia se desenvolveu a partir do imperialismo, a sociologia resultou da mudança das relações de classes produzida pela industrialização na Europa em si- todos os pais fundadores da sociologia analisam o significado da “modernidade” e o contrapõem às condições “pré-modernas”.” (p. 28).
“Paralelamente, sociólogos continentais seguiam a liderança de Kant e Hegel e exploravam a realidade socialmente construída descoberta pelos dois alemães. Diferentes sociólogos compreendem esse projeto de modos diversos. Mas todos tinham em comum a ideia de sociedade como uma realidade autônoma que deve ser estudada em seus próprios termos, não como os métodos da ciência natural.” (p. 29).
“ Morgan compreendeu que grande parte da complexidade da cultura nativa americana em pouco tempo seria irrecuperavelmente destruída como consequência do influxo de europeus, e considerava como tarefa crucial documentar a cultura tradicional e a vida social desses nativos antes que fosse tarde demais.”(p. 29-30).
“Morgan criou a primeira tipologia de parentesco (cf. HOLY, 1996) e introduziu uma distinção entre parentesco classificatório e descritivo que continua em uso ainda hoje”. (p. 30).
“Para Morgan, o parentesco era principalmente uma porta de entrada para o estudo da evolução social. Ele sustentava que as sociedades primitivas organizavam-se sobre a base do parentesco e que as variações terminológicas entre sistemas de parentesco tinham correlação com a estrutura social.”. (p. 30).
“Em sua obra magna Ancient Society (1877), Morgan procura realizar uma grandiosa síntese de toda sua obra. Ele distingue três grandes estágios da evolução cultural: selvageria, barbárie e civilização (com três subestágios para a selvageria e três para a barbárie.)”. (p. 30).
“Foi com a análise da sociedade capitalista em sua obra-prima Das Kapital (vols. 1-3, 1867, 1885, 1896; O capital, 1906) que ele deu sua contribuição permanente à teoria social.”. (p. 31).
“A influência de Marx sobre a teoria social é multiforme e complexa e pode ser detectada em muitas análises antropológicas até hoje (embora seja ainda maior sobre a sociologia, a história e a economia). A confluência de teoria social e ativismo político e profundo em Marx e imprime em todo o seu projeto um caráter paradoxal, instigante e provocante (cf. BERMAN,1982). Num sentido, Marx procurou durante toda sua vida conciliar u impulso idealista da filosofia alemã (particularmente Hegel) com uma cosmovisão materialista”. (p. 31-32).
“Quando avanços tecnológicos tornam relações de produção anteriores obsoletas surge o conflito de classes, e as relações de produção ficam alteradas – por exemplo, da escravidão ao feudalismo e deste ao capitalismo. Marx afirmou que o sistema capitalista seria substituído pelo socialismo (dirigido por uma ditadura do proletariado) e finalmente pelo comunismo sem classes – uma utopia em que tudo se torna posse de todos”. (p. 32).
“O valor de um objeto em si mesmo, seu valor de uso concreto, sua correspondência com necessidades humanas reais, é transformado, no capitalismo, num valor de troca abstrato, que é o valor em comparação com outros objetos. Objetos “materiais” são transformados em produtos “espirituais” e quanto mais isso continua, mais abstrato, absurdo e alienado parece o mundo”. (p. 32).
“Bastian foi um crítico vigoroso e incisivo e incisivo do evolucionismo. Sua visão era que todas as culturas têm uma origem comum, da qual se ramificam em várias direções – uma visão que mais tarde foi desenvolvia com grande sofisticação por Boas e seus alunos”. (p. 33).
“Foi principalmente na antropologia alemã, e em grande parte através da obra de Bastian, que o principio embrionário do relativismo cultural, evidente em Herder mas ausente do pensamento iluminista e da antropologia anglo-americana do século XIX, marcou presença na antropologia durante o séculoXIX”. (p. 34).
“Uma ideia evolucionista que influenciou Morgan, Engels e outros, mais foi rejeitada desde então foi a teoria do matriarcado original”. (p. 34).
“Morgan não trabalhou no vácuo intelectual. O interesse pelos estudos comparativos da cultura e da sociedade estava aumentando, especialmente na Inglaterra e na Alemanha, e o acesso a dados empíricos confiáveis
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