Ética Empresarial

A ética empresarial é a ética aplicada à atividade empresarial, que engloba entre tantos itens: transações comerciais, contratos de emprego, gestão de empresas e utilização de recursos para produção. Sabe-se que o lucro obtido por essas atividades eram condenáveis até o século XVII, pois se consideravam a prática da usura. Após A Riqueza das Nações, de Adam Smith, e a consolidação da Idade Moderna, a estrutura social foi se espelhando cada vez mais ao estado natural do homem. A troca com a obtenção de lucro tornou-se essencial para uma nova lógica produtiva e comercial.

Avançando mais na linha temporal e uma vez estabelecida a validação dessa teoria, a ética empresarial veio para dever se preocupar com a seguinte questão: como alcançar o lucro de forma a não prejudicar a sociedade, os empregados, outras empresas e o meio ambiente? A geração do bem-estar social deve ser priorizada em detrimento da maximização do lucro para os investidores?

Desenvolvimento

É impossível hoje não identificar um traço de atitudes antiéticas em qualquer que seja o segmento da sociedade. Quem nunca viu, o motorista passando no sinal vermelho ou “se metendo” na frente dos outros? Quando não se vê o lançamento de lixo pelos transeuntes nas vias públicas sem a mínima vergonha? Quando não se vê alguém “furando” a fila de espera para comprar o ingresso? Onde não se vê a infração só por não que não há fiscalização e punição?

Pobre, rico, preto, branco; o ser humano é imperfeito. Citando Hobbes, o homem é mau por natureza (o homem é o lobo do próprio homem), e age de acordo com suas vontades, sendo egoísta. A partir dessa concepção necessita-se entender que esse homem faz parte de uma cultura maior que engloba as culturas organizacionais, e, portanto, não se podem dissociar seus valores éticos dentro e fora do trabalho. Isto significa dizer que também age de acordo com os seus interesses também no ambiente laboral.

Tendo por motivo tal egoísmo humano, o ambiente de uma organização é permeado por conflitos de interesse individuais que muitas vezes entram em choque com os interesses da própria organização. Esta ação precisa ser regulada através da ética, que impõe limites e parâmetros a serem seguidos, padroniza as interações e busca diminuir as ações egoístas, focando sempre no que é melhor à organização, transformando o individual em conjunto.

É óbvio que a empresa almeja o lucro, se ela tivesse a oportunidade de dobrar o seu lucro roubando informações do seu concorrente provavelmente ela o faria. Assim como os seres humanos, o pensamento das organizações é inteiramente egoísta e por mais que o roubo de informações do exemplo não prejudique ninguém na sociedade diretamente, o fato de roubar é crime. Aí temos outro problema, todos os concorrentes também utilizam de tais meios para aumentar seus lucros, como não aplicar estes métodos também?

Uma mentira repetida várias vezes se torna verdade, assim como os processos utilizados nos variados setores de trabalho. Se todas as empresas fazem alguma coisa, independente de ser correto ou não do ponto de vista ético, o mínimo que uma nova empresa nova tem a fazer é utilizar o mesmo processo por questão de pura sobrevivência. Tudo bem, mas nem sempre os processos