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Еxplicação da vida social

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Por:   •  19/11/2013  •  Pesquisas Acadêmicas  •  9.620 Palavras (39 Páginas)  •  437 Visualizações

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CIENCIA POLÍTICA-NOTA DE AULA-ANA CRISTINA LUZ

Para explicar a vida em sociedade temos duas correntes:

1)Corrente-naturalista

2)Corrente-contratualista

1) Corrente naturalista

A corrente naturalista indica o surgimento da sociedade por instinto do homem, como sendo a união dos homens um fato natural e não provocado pelo homem. Alguns Naturalistas: Aristóteles, Cícero, Santo Tomás de Aquino e Oreste Ranelletti.

Idade Antiga Aristóteles : “O Homem é naturalmente um animal político”.

Cícero : “Os Homens se unem não pela necessidade dos bens essenciais à vida, mas porque o homem tem um instinto de sociabilidade inato”.

Idade Moderna Ranelletti afirma que o Homem desde a época mais remota, por mais rude e selvagem que possa ser sua origem, sempre foi e é encontrado em convivência com outros.

Só na convivência e na cooperação com os semelhantes o homem pode beneficiar-se das energias, dos conhecimentos, da experiência e da produção dos outros, acumuladas através de gerações, obtendo assim os meios necessários para que possa atingir os fins de sua existência, desenvolvendo todo o seu potencial de aperfeiçoamento no campo intelectual, moral ou técnico. (DALLARI, 2003, p. 11).

2)Corrente contratualista: Alguns Contratualistas: Platão com a obra A República , Thomas Moore com Utopia ; Tommaso Campanella com Ä Cidade do Sol ; Thomas Hobbes com O Leviatã ; Montesquieu com Do Espírito das Leis ; e Rousseau com O Contrato Social. Platão : construiu uma organização social ideal (fora da realidade). Thomas Hobbes: propõe o contratualismo.

Em “estado de natureza” os homens eram: luxuriosos, egoístas, inclinados a agredir uns aos outros, passando a viver solitariamente.

Leis fundamentais de Hobbes para que o homem deixe o “estado de natureza” e passe ao “estado social”:

• Cada Homem deve esforçar-se pela paz, enquanto tiver esperança de alcançá-la; e quando não puder obtê-la, deve buscar e utilizar todas as ajudas e vantagens da guerra;

• Cada um deve consentir, se os demais também concordam, e enquanto se considere necessário para a paz e a defesa de si mesmo, em renunciar ao seu direito a todas as coisas, e a satisfazer-se, em relação aos demais homens, com a mesma liberdade que lhe for concedida com o respeito a si próprio. Exemplo: pena de morte nos EUA.

• Montesquieu : “O homem em estado de natureza era frágil e se sentia inferior, por isso não poderia sentir-se igual a outro”. Acreditava na bondade humana no “Estado de natureza”.

Leis Fundamentais de Montesquieu:

• Desejo de paz;

• Sentimento das necessidades, experimentado principalmente na procura de alimentos;

• A atração natural entre os sexos opostos, pelo encanto que inspiram um ao outro e pela necessidade recíproca;

• O desejo de viver em sociedade, resultante da consciência que os homens têm da sua condição e do seu estado.

Rousseau: defende a formação da sociedade por meio de um contrato e sua obra mais conhecida até os dias atuais é o Contrato Social.

Rousseau afirma o contratualismo quando diz que a ordem social é um direito sagrado que serve de base para todos os demais, mas que o direito não provém da natureza, encontrando seu fundamento em convenções.

SOCIEDADE E ESTADO

. Os agrupamentos primários: O homem é um ser social e, portanto não sobrevive sozinho, para sobreviver precisa se associar, unir-se aos seus iguais. Assim sendo, vemos que os agrupamentos primários são aqueles onde existe uma associação, mas que ainda não apresentam um fim, não estão submetidos a um poder, não visam o bem comum.

Origem da sociedade - Origem natural da sociedade

O antecedente mais remoto da afirmação de que o homem é um ser social por natureza encontra-se no séc. IV aC, em Aristóteles. Para este só o indivíduo de natureza vil ou superior ao homem, viveria isolado. Nesta mesma ordem de idéias, temos inúmeros autores medievais como São Tomás de Aquino, os quais entendem que o homem é, por natureza, animal social e político e precisa viver em multidão.

Autores modernos se filiam a essa mesma corrente e entendem que o homem é induzido fundamentalmente por uma necessidade natural, porque o associar-se com outros é condição essencial de vida, pois só desta maneira poderá conseguir satisfazer as suas necessidades. Assim, para os autores que defendem essa teoria a sociedade é produto da conjugação de um simples impulso associativo natural e da cooperação da vontade humana.

Opõe-se a esse pensamento o Contratualismo. Os contratualistas entendem que a sociedade é somente o produto de um acordo de vontades, um contrato hipotético celebrado pelos homens. A esse respeito, predomina aceitação no sentido de compreender ser a sociedade resultante de uma necessidade natural do homem, sem excluir a participação da vontade humana.

Elementos característicos da sociedade

Como observado, para os contratualistas a sociedade é fruto da vontade humana. Os naturalistas, por outro lado, defendem que a sociedade decorre da natureza humana. É comum, grupo de pessoas se reunirem em determinados lugares em função de objetivos comuns. Tal reunião, no entanto, ainda que numerosa e motivada por interesses relevantes para o grupo não se pode dizer tenha se constituído uma sociedade. Surge daí, então, a pergunta que se busca responder quanto ao que é necessário para que um grupo humano possa ser considerado como sociedade. Dallari argúi que em toda sociedade existe: a) uma finalidade ou valor social; b) manifestações de conjunto ordenadas e c) o poder social.

Quanto ao poder social - há autores e teorias que negam a necessidade do poder social, são os chamados "anarquistas" (Diógenes, Leon Duguit, Proudhon, Mikhail Bakunin, Kropotkin, etc. Por uma série de circunstâncias, entre as qual o excessivo apelo à violência, o anarquismo foi perdendo adeptos ao longo do tempo.

Mas, a maioria dos autores reconhece a necessidade do poder. Na verdade o poder sempre existiu, apenas mudou

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