A Publicidade e Propaganda no Brasil

A publicidade e propaganda no Brasil

Na era do Brasil colonial, mostrou-se bastante convincente a propaganda de boca tanto quanto panfletos colados nos postes ou nas portas. E foi com Tiradentes, com seus anúncios, cartazes que o país conhece a primeira campanha política para a Independência. Sem necessitar de toda a estrutura do qual temos na atualidade, o marketing, planejamento, produção, as suas ideias chegaram a todos os lares brasileiros, não precisando da força da TV e do rádio.

Com a chegada de D. João VI em 1808 e a criação da Imprensa Régia, a colônia vira Reino. E no mesmo ano surge a Gazeta do Rio. O primeiro anúncio era sobre a venda de imóvel e o estilo de divulgação é parecido com, o de “quem quiser” e “quem quer comprar”, assemelhando-se com os vendedores ambulantes dos dias atuais.

A origem de um novo jornal carioca chamado “O diário do Rio de Janeiro”, onde os anúncios em suas publicações era para facilitar as transações comerciais da época. Jornal, classificados, agência de propaganda, entram em cena em 1891, com a criação da “Empresa de Publicidade e Comércio”. Os anúncios eram uma espécie de classificados de maior tamanho. E os grandes anunciantes, os remédios, fortificantes e elixires, garantindo vigor e o bem estar.

No início do anos de 1900, as propagandas consistiam-se em conteúdos como compra e venda de móveis e de escravos. Textos, que eram produzidos por poetas como Olavo Bilac e Emílio Menezes, eram muito grandes, mas com o tempo foram sendo reduzidos e tornaram-se mais diretos. Uma outra prática da época era o uso de políticos em propagandas. No começo do século, aparecem as revistas, que se distingue do jornal, porque este surgiu pela luta política e com o principal intuito de promover anúncios.

Em 1913 na cidade de São Paulo, chega a primeira agência de propaganda no Brasil, a Eclética. Na sua implantação foram empregados escritores e artistas para preparar os textos e ilustrações dos anúncios. Entre os seus clientes mais famosos estão a Ford Motor Co., a Texaco Co., Kolynos, Palmolive, Aveia Quaker, Sabonete Eucalol, Biscoitos Aymoré, entre outros. Segundo Júlio Cosi, nos começos da Eclética os jornais eram praticamentes os mesmos de hoje, porém pobres na esfera publicitária.

Na época da Primeira Guerra Mundial, encontravam-se cinco agências na capital paulista. Os maiores anunciantes eram a Farinha Láctea Nestlé, o Extract Vision de Fleurs da Colgate-Palmolive, a Colgate Baby Talc Powder e a Bayer.

No decorrer da década de 20, diferentes temas foram abordados, entretanto, em 1922, propagandas sobre sabonete mostrava com grande relevância a preocupação com a beleza e a estética. Em 1926 fica mais claro esse cuidado com a estética com as primeiras campanhas de moda. Neste mesmo período, é possível perceber a presença mais forte das empresas norte-americanas, como a General Motors e posteriormente a entrada da primeira agência multinacional ao Brasil, a JWThompson, essas empresas produziram uma nova imagem para a publicidade e uma melhor profissionalização das áreas envolvidas com a publicidade e propaganda, neste sentido, desenhistas, fotógrafos, áreas de criação e gráficas ganham uma força técnica e profissional para atender as demandas de agências.

No começo dos anos 30, as agências descobriram que o rádio também era um forte instrumento de vendas e os seus maiores anunciantes eram a Casa Colombo, Bromil, Cigarros Veado, Biotônico Fontoura, entre outros. O rádio foi um bom veículo de comunicação dos 40, bem como o grande divulgador das propagandas, com os spots, os programas associados à marcas e os jingles. Nesta mesma década surgem os primeiros outdoors, com anúncios da Ford, Chevrolet, Goodyear, Pirelli,