Contabilidade
Por: radassarafaela • 31/10/2016 • Pesquisas Acadêmicas • 8.367 Palavras (34 Páginas) • 211 Visualizações
A Contabilidade e a Responsabilidade Social.
Título do Artigo: “A Contabilidade como Ciência Social e sua Contribuição à Responsabilidade Social Corporativa”
Autores: Alunos do Curso de Ciências Contábeis da UniABC
Altafine Silva
Arnaldo Lira
César Augusto Soares
Cláudio Felício
Fabiano Francisco do Nascimento
Lineu Demétrio Ayres Habib
Márcia Avelar
Michelle Patrícia Castro
Michele Pereira da Cruz
Rubens Oliveira
Professora Orientadora: Me. Wanny Arantes Bongiovanni Di Giorgi
Resumo
O presente artigo tem o objetivo de identificar o estado da arte da Contabilidade no Brasil, no tocante à evidenciação da responsabilidade social corporativa nas demonstrações contábeis. Inicia-se por desenvolver uma pesquisa bibliográfica destinada a reconhecer a Contabilidade como ciência social e a verificar a abrangência da responsabilidade social corporativa. Em segundo lugar, o grupo foi a campo para descobrir, em demonstrações contábeis publicadas, até que ponto a Contabilidade está atingindo o objetivo de suprir seus usuários com informações adequadas à sua condição de ciência social.
Introdução.
A Contabilidade tem seu desenvolvimento histórico relacionado com as mudanças na sociedade, nos seus meios de produção e distribuição da riqueza, mudanças estas que foram acompanhadas pela evolução das formas de conhecer os fenômenos a ela relacionados.
O grupo de autores, no intuito de identificar o estado da arte da Contabilidade no Brasil, houve por bem se empenhar, em primeiro lugar, em desenvolver uma pesquisa bibliográfica destinada a reconhecer a Contabilidade como ciência social e a verificar a abrangência da responsabilidade social corporativa. Em segundo lugar, o grupo foi a campo para descobrir, em demonstrações contábeis publicadas, até que ponto a Contabilidade, está atingindo o objetivo de suprir seus usuários com informações adequadas à sua condição de ciência social.
A Origem e a Classificação das Ciências.
A busca do conhecimento tem sido uma constante na história da humanidade. Com o intuito de atingí-lo o homem investigou a natureza, a sociedade e a si mesmo. Essa busca do saber teve um princípio, retratado pela história, mas nunca terá um fim. A cada novo saber adquirido corresponde uma abertura da perspectiva no horizonte do conhecimento e ele continua sempre inatingível em sua plenitude, instigando e desafiando o homem, cada vez mais, para descobrir seus mistérios.
O conhecimento científico reveste-se de características técnicas e metodológicas que possibilitam elaborações de explicações sistemáticas dos fenômenos observados, de forma que essas explicações possam ser testadas e criticadas através de provas empíricas que comprovem a veracidade das conclusões obtidas inicialmente.
As possibilidades do conhecimento são evidenciadas pela Teoria do Conhecimento, ramo da Filosofia, surgido na Idade Moderna, quando aparece como disciplina independente. Esse desmembramento da Filosofia em diversos ramos do conhecimento teve uma história. O filósofo John Locke deve ser considerado pioneiro na construção das bases da Teoria do Conhecimento, através da publicação de sua principal obra: An Essay concerning Human Understanding, em 1690, que trata de modo sistemático as questões referentes à origem, à essência e à certeza do conhecimento humano. Leibnitz, em 1765, publicava o livro Nouveaux Essais sur L’entendement Humain, refutando o ponto de vista epistemológico de Locke. George Berkeley, na Inglaterra, em 1710, publica sua obra A Treatise concerning the Principles of Human Knowledge, e David Hume, em sua obra principal A Treatise on Human Nature (1739) e em outra de menor dimensão, o Enquiry concerning Human Understanding (1748), continuaram edificando a Teoria do Conhecimento, sobre a base construída por Locke.
Na Europa Continental, Immanuel Kant surge como verdadeiro fundador da Teoria do Conhecimento, através da publicação, em 1781, de sua principal obra: A Crítica da Razão Pura, que fornece uma fundamentação crítica ao conhecimento das ciências naturais, utilizando o método transcendental. Esse método não investiga a origem psicológica do conhecimento, mas sua validade lógica.
Em Fichte, sucessor imediato de Kant, a Teoria do Conhecimento aparece, pela primeira vez, intitulada Teoria da Ciência, apresentando um amálgama entre a Teoria do Conhecimento e a Metafísica que ganhará livre curso em Schelling e Hegel, e que, também, estará presente em Schopenhauer e em Hartman.
Em contraposição a esses tratamentos metafísicos da Teoria do Conhecimento, surge, na década da 1860, o neokantismo, separando nitidamente o caráter metafísico do epistemológico.
HESSEN (1999, p. 12-13) apresenta a divisão que a Filosofia sofreu, em conseqüência da evolução histórica do conhecimento humano, desmembrando-se em diferentes disciplinas. No sistema da cultura, a Filosofia tem seu lugar entre a Ciência, de um lado, e a Religião e a Arte, de outro.
Enquanto reflexão sobre o comportamento teórico, sobre aquilo que chamamos de ciência, a Filosofia é a Teoria do Conhecimento Científico ou Teoria da Ciência. Enquanto reflexão sobre o comportamento prático do espírito, sobre o que chamamos de valor no sentido estrito, a filosofia é a Teoria do Valor. A auto-reflexão do espírito não é fim em si, mas meio para atingir uma visão de mundo. Em terceiro lugar, a Filosofia é a Teoria da Visão de Mundo. No evoluir do conhecimento humano a Filosofia se divide em três partes: Teoria da Ciência, Teoria do Valor e Teoria da Visão de Mundo ou Metafísica.
A Teoria da Visão de Mundo é decomposta em Metafísica (que divide-se em Metafísica da Natureza e Metafísica do Espírito) e em Teoria da Visão de Mundo em sentido estrito, que investiga as questões referentes a Deus, à liberdade e à imortalidade.
A Teoria do Valor, segundo os diferentes tipos de valor, divide-se nas teorias de valores éticos, estéticos e religiosos. Surgem, então, as três disciplinas: Ética, Estética e Filosofia da Religião.
Finalmente, a Teoria da Ciência separa-se em duas áreas: a Teoria Formal ou Lógica da Ciência e a Doutrina Material da Ciência ou Teoria do Conhecimento. Assim, fica assinalada a posição da Teoria do Conhecimento no conjunto da Filosofia, como demonstra a Figura nº 1, a seguir:
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