Cultura Trance O Êxtase do Trance
Por: camilapessoaa • 20/5/2019 • Artigo • 868 Palavras (4 Páginas) • 280 Visualizações
O êxtase do Trance
O movimento psicodélico, Trance – palavra inglesa que significa transe e/ou êxtase –, está conectado diretamente com as religiões budista e hinduísta e, também, à cultura oriental. Uma experiência determinada por estados modificados da consciência, induzidos pela meditação. Dentre suas principais características está a singularidade rítmica, diversas influências musicais, desde Janis Joplin – rainha do Rock and Roll, cantora e compositora americana da década de 60 – a Pink Floyd, de electro a rock psicodélico. A partir dessa particularidade surgiram os festivais.
Os primeiros festivais ao ar livre surgiram em Goa – estado indiano –, os quais são famosos até hoje. Essas atividades começaram quando os jovens hippies nos anos 60 e 70 fugiram da vida urbana após adotarem uma posição contrária ao sistema. Declararam formas de vida alternativas e contraculturas, opondo-se aos valores dominantes na sociedade capitalista, como distinção de classe social e segregação racial, entre outros.
As festas de “psy-trance” tornaram-se mundialmente famosas a partir dos anos 80 e já habitam o Brasil há, mais ou menos, 20 anos. O precursor desse estilo surgiu no início dos anos 90 em Goa, o Goa Trance, sendo um dos pioneiros o artista Goa Gil – americano, nascido em 1951. Sua evolução trouxe a mistura de gêneros musicais como New Beat, New Wave, Electro e Rock psicodélico.
O avanço da tecnologia e da computação gráfica trouxe mudanças em alguns traços musicais, entretanto, a qualidade e a filosofia psicodélica sempre permaneceram as mesmas.
O Trance Psicodélico apresenta celebrações multicoloridas, lembrando divindades hindus; budistas; psicodélicas e cósmicas. A estrutura envolve: chill-out (estilo de música eletrônica relaxante), local de descanso e as pistas de dança. A decoração faz toda a diferença para aqueles que frequentam os festivais. Existe uma mistura de cores, arte com cinema, dança e malabarismo.
Música: a conexão espiritual
O elemento principal para a organização de uma festa é a harmonia entre as pessoas, para que assim possa existir o alcance dos estados elevados da consciência, contemplando a natureza. Esses estados estão relacionados ao transe de felicidade, de uma emoção ou até mesmo uma sensação de beleza e admiração. Cada festival é realizado em lugares considerados centros energéticos, como praias, sítios e/ou chácaras.
Sob o efeito estimulante de cores, luzes e movimentos de cada ocasião, todos estão unidos por um único motivo, a conexão espiritual com a música. Diversas pessoas revelam que a sensação após os festivais é como se voltassem com a alma lavada, transbordando energia positiva.
Os festivais são uma maneira de resistir poeticamente à civilização atual, dizendo não às leis; ao mundo material e ao tempo; e, entregar-se a magia e criatividade do imaginário nas profundezas de cada ser humano.
As características fundamentais não se baseiam somente em música, incorpora também elementos locais e ancestrais, criando um movimento cultural em que a base é o conceito e o planejamento do evento, uma atmosfera de tolerância e aceitação.
Por trás desses festivais de Trance Psicodélico há um movimento global envolvendo a música, a dança e o uso de inúmeros tipos de psicoativos, que busca através da arte, do conhecimento e da espiritualidade, ampliar a consciência das pessoas para sentimentos e atitudes de paz, amor, respeito e união.
Substâncias psicoativas
Por trás dos festivais de trance psicodélico existe o Movimento Global da Cultura Psicodélica, envolvendo a música, a dança e o uso diversificado de psicoativos, buscando através da arte, do conhecimento e da espiritualidade, ampliar a consciência das pessoas para atitudes e sentimentos de paz, união, amor e respeito.
A estrutura de um festival envolve uma decoração psicodélica elaborada, pois faz toda a diferença para quem frequenta. A decoração traz símbolos, formas geométricas, muitas cores e luzes fluorescentes. Além de obter projeções de imagens, podendo direcionar a experiência, devido ao contato com muitos simbolismos e mensagens implícitas.
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