Filme 1984 - uma análise
Por: camilacar12 • 30/11/2015 • Resenha • 590 Palavras (3 Páginas) • 415 Visualizações
O filme 1984 tem como cenário Londres, capital da fictícia Oceania durante uma guerra interminável. Nesta sociedade, a massa vive conforme seu governo e partido lhe ordena tendo como justificativa a guerra e o estado de crise. Tal governo regula todo o modo de vida dessa população, o que vestir, horário de acordar, o que e quanto deve-se comer e até o que se pensar existindo uma polícia do pensamento. Tal governo controlador pretende acabar até com o prazer, onde a procriação só se dará através de inseminação artificial.
Para ter certeza de que todos estão obedecendo e não fazendo o que é proibido existiam as ‘’teletelas” em todos os lugares, desde os espaços públicos até dentro da casa de cada um, que monitorava e transmitia uma programação com as notícias do estado, onde a maioria é obrigada a assistir.
Porém todo esse autoritarismo é disfarçado, pois o partido faz com que acreditem que a maneira com que ele governa é correta, assim dizendo que a crise é consequência da guerra, resultando a escassez de alimentos e itens básicos, como por exemplo lâminas de barbear. Portanto o governo se faz tão convincente que parece que tudo está sendo dividido igualmente entre todos.
A parte que constitui a massa dessa sociedade é totalmente alienada por seu governo se sujeitando a tudo o que ele impõe, amam seu líder, chamam todos de irmãos e acreditam em tudo o que a teletela lhes diz. Tudo reflexo do trabalho que o governo faz para encobrir a verdadeira realidade.
Nesta massa descrita no filme se percebe que todos vivem e pensam igual não por escolha, mas porque são induzidos pelo seu governo a viverem dessa forma, nesta sociedade se anula o individual.
“Guerra é paz, liberdade é escravidão, ignorância é força” frase que descreve exatamente o que o governo queria que sua população acreditasse para que se mantivesse tal “civilização ideal”. Assim o que convinha para o partido era que sua massa se mantivesse ignorante, consequentemente controlada. Saber ou pensar diferente de todos era traição.
Como fez Winston Smith, personagem principal do filme, vivia naquele sistema igual a todos, mas sempre sentiu que tinha algo errado, assim descrevia em seu diário, porém vivia dentro da lei, mas depois que se apaixonou por Julia tudo mudou. Descumpriu a lei ficando com ela. A imagem que sempre lhe vinha a cabeça é a colina onde Julia lhe levou na primeira vez que se encontraram, tal imagem no filme representa a liberdade genuína, totalmente contraria a que o partido pregava que existia.
Quando Smith e Julia são descobertos, logo são separados e Smith é levado para tortura por ser ameaça ao partido. Aquele que lhe tortura é um general que representa a minoria daquela sociedade, que dispunha de regalias que o resto nem sabia que existia, como por exemplo o vinho.
Depois de liberado Smith volta a sua antiga vida, mas fica subentendido se a tortura lhe fez esquecer ou não suas antigas ideias.
Smith representa a ponta de esperança para que tudo aquilo acabe, porém só ele não poderia acabar com sistema. Como diz Marx é preciso de que todos se juntem para que haja uma verdadeira revolução.
Todo aquele sistema tinha uma intenção, quando se mantinha a massa controlada e produzindo era para favorecer uma minoria.
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