OFICINA DE VÍDEO-ARTE-POESIA: UMA EXPERIÊNCIA ESTÉTICO-LITERÁRIA
Por: Patrick Cavalcante • 22/7/2019 • Trabalho acadêmico • 812 Palavras (4 Páginas) • 231 Visualizações
OFICINA DE VÍDEO-ARTE-POESIA: UMA EXPERIÊNCIA ESTÉTICO-LITERÁRIA ATRAVÉS DA LINGUAGEM DO VÍDEO
Patrick Silva Cavalcante UESC¹
INTRODUÇÃO
O vídeoarte nasce no Brasil na década de 1970, quando artistas visuais ou performáticos, a partir da necessidade acessória de se ter um outro meio para complementar as suas atividades artísticas - a exemplo de sua utilização em instalações nos museus -, resolvem se apropriar da imagem eletrônica como um instrumento visto como o mais adequado e viável, devido às facilidades de produção que o vídeo proporciona em detrimento do cinema, para a expressão visual e sonora de suas próprias inquietações.
A segunda geração de artistas do vídeo no Brasil foi a geração do vídeo independente, que teve como o seu maior expoente a figura de Rafael França, conhecido como aquele que não se rendeu à lógica do mercado televisivo e quem dedicava-se inteiramente à tarefa de experimentar a linguagem desse novo meio, o qual possui suas próprias particularidades linguísticas, inclusive na sua continuada tentativa de trabalhar com o gênero da ficção de forma a não ceder às imposições da linguagem cinematográfica.
O vídeopoesia é o tipo de vídeoarte que mais se aproxima da literatura, sua forma híbrida de linguagens e gêneros fez com que se pudesse acessar as diversas fronteiras existentes entre o vídeo e a literatura. A estética como uma disciplina filosófica que estuda a percepção sensorial e os objetos artísticos serve para a compreensão do fenômeno do vídeo e dos elementos que lhes são próprios. A linguagem contemporânea do vídeo e o seu suporte em meio eletrônico de maior acessibilidade fazem com que o vídeo seja uma das formas mais livres de expressão artística da arte pós-moderna, e a literatura foi um pano de fundo bastante utilizado para as essas novas experimentações.
Partindo do entendimento de que a linguagem do vídeo pode ser o lugar de um diálogo bastante profícuo e criativo entre a literatura e a arte da imagem eletrônica, pretende-se trabalhar com uma proposta de “oficina” de experimentação através da criação de um vídeo-poema curto, com o objetivo de se trabalhar a “literatura nas telas”.
PÚBLICO
Comunidade acadêmica, pesquisadores da área e demais interessados. Limite mínimo de 1 pessoa e máximo de 20 pessoas.
ESPAÇO FÍSICO NECESSÁRIO
Sala de aula com Projetor Data Show e Caixinha de Som. Espaço aberto para as gravações dos vídeos pelos participantes.
METODOLOGIA
Será ministrada uma aula com uma retrospectiva histórica do vídeo, do vídeoarte e do vídeopoema através do uso de slides em Power Point. Logo após, serão exibidos vídeos de curta-metragem para exemplificar o gênero do vídeopoema, seguidos de debate entre os participantes da oficina. Em seguida será sugerido aos participantes que se dividam em grupos, não excluindo a possibilidade de se trabalhar individualmente (contanto que se tenha um celular que possua câmera digital com recurso de gravação de vídeo), e que produzam um vídeopoema de até um minuto, em plano-sequência (sem cortes), podendo ou não partir de um roteiro escrito ou da seleção de um poema já existente ou de autoria própria, pois a pretensão é de se trabalhar a liberdade criativa dos(as) autores(as). Ao final, os vídeos serão descarregados no computador do oficineiro que exibirá cada um dos vídeos gravados à sala, cujos autores(as) terão 3 minutos para apresentar a ideia e o processo de elaboração do vídeopoema feito por eles(as). Serão necessárias 2 horas para a realização desta oficina, contando com o primeiro momento para a exposição do assunto e exibição dos exemplos e um segundo momento para a confecção e apresentação com exibição dos vídeos.
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