A Comunicação e suas vertentes

        A comunicação e os transmissores dela tem uma forte influência na maneira da sociedade pensar, sendo assim, tem um papel fundamental na desmarginalização da cultura

hip hop que surgiu em meados do seculo XX, não como um estilo musical, mas sim como um estilo de vida. Tudo que ele representa é uma forma de manifestação, de afirmação da própria identidade perante uma sociedade desigual, e que exclui quem não se encaixa nos padrões de beleza, etnia, classe social, entre outros. Os redatores do Código de Dakota do Sul eram muito conscientes desse poder impressionante quando escreveram: “ A profissão jornalística é a maior força no momento de influenciar o pensamento humano”.

           

Cabe aos sociólogos o estudo analítico dessa influência da imprensa, do rádio e da televisão na forma de pensar e de agir das pessoas do nosso tempo. A impressa é um poder empresarial, econômico, político e ideológico. Ninguém duvida disso e existem estudos sociológicos de grande qualidade, nos quais o leitor pode encontrar todo tipo de confirmação  quanto às diversas formas de poder concomitante e consequente aos meios de comunicação, dentre os quais encontra-se a imprensa em todas as suas manifestações concretas. (…).  A imprensa, o rádio e a televisão são quase as únicas fontes de informação e de conhecimento ordinário das massas em geral. A influência real dos media sobre as pessoas não é necessariamente proporcional ao número matemático de leitores de imprensa  ou ouvintes/telespectadores habituais do rádio ou televisão. Hoje em dia, podemos ser cego, mudo, surdo, analfabeto, e ter ideias, comportamentos e opiniões, todas condicionadas pelos media. (BLÁZQUEZ, Niceto)

        A cultura do hip-hop precisa ser conhecida e disseminada, para que seu devido valor seja dado. Pois é um movimento que da voz aos jovens, que são marginalizados pela sociedade, que na maioria dos casos, são moradores das periferias. Esse jovens buscam por mudanças sociais, politicas, lutando por um espaço, reivindicando seus direitos. Sempre com carácter de denuncia da violência policial, das condições precárias de vida nos bairros mais periféricos, da falta de emprego, saúde. O próprio hip hop é um movimento cultural essencialmente de cidadania e inclusão.Décadas depois da sua criação o movimento continua e ganha mais força, e se antes os participantes era somente os que ficavam à margem da sociedade, hoje faz uma ponte entre os jovens da periferia, com os jovens da regiões mais centrais das cidades, com capitais culturais diferentes que acabam se encontrando nesse lugares.

         Assim sendo, os comunicadores como formadores de opiniões devem mostrar esse outro “lado da moeda”, dando outro olhar a população, de que os participantes desses movimentos não são bandidos, arruaceiros, e sim, estão buscando seus direitos através da arte, seja ela como música, dança ou grafite. Que por  ações ligadas ao hip hop acaba tendo uma importância muito significativa as crianças, e aos jovens moradores da periferia, pois tiram esses do caos da ruas, da violência, prevalecendo a integração e a troca de ideias.

Os pobres são os insolventes (...). Em relação a eles devem adotar-se medidas de luta contra a pobreza, de preferência medidas compensatórias que minorem, mas não eliminem, a exclusão, já que esta é um efeito inevitável (e, por isso, justificado) do desenvolvimento assente no crescimento econômico e na competitividade a nível global. (SANTOS, 2005, p.40)

 É preciso que haja uma inclusão social, tema recorrente nos últimos tempo, tendo que haver uma quebra dessa ponte entre as pessoas, mas infelizmente a convivência e marcada pelo preconceito e a discriminação. Portanto, a educação e o respeito devem prevalecer,  e guiar nossos pensamentos e atitudes, aceitando os diferentes grupos e minimizando os vestígios históricos de exclusão dos marginalizados pela sociedade. A afirmação de Souza (2009) explicita algumas dessas características