A Cultura da Figueira
Por: ericknunes2015 • 26/5/2015 • Relatório de pesquisa • 2.259 Palavras (10 Páginas) • 275 Visualizações
Cultura da Figueira
Histórico
Segundo CONDIT (1947), citado por Pereira, a figueira, ao que tudo indica, foi primeiramente cultivada nas áreas férteis do sul da Arábia, onde se encontravam espécies selvagens. As primeiras migrações do figo em direção ao Ocidente para a Ásia, indubitavelmente tiveram lugar na forma de figo seco, carregado pelo homem de uma área para outro.
No período que marcou a queda do Império Romano (fins do século V), a figueira foi levada não apenas em termo da costa do mar Mediterrâneo, mas também através da Costa Atlântica, na África e no sul da França.
Ela foi introduzida em São Paulo juntamente como marmeleiro, a videira e outras espécies, juntamente com a primeira expedição colonizadora de Martins Afonso de Souza em 1532.
Importância Econômico
A produção de figo no mundo é de 1.077 mil toneladas em 2002, embora cultivado em cerca de trinta países, a produção de figos dos países maiores produtores, (localizados ns região da Bacia do Mediterrâneo) representa 72% da produção mundial, dentre os países maiores produtores de figo esta na Turquia com 255 mil toneladas, Espanha 63 mil toneladas, Estados Unidos com 37 mil toneladas, Itália 22 mil toneladas e o Brasil com 18 mil toneladas.
O Rio Grande do Sul a produção em 2003 foi de 7.111,2 toneladas em uma área de 1.496,9 hectares, com uma produtividade de 4,8 ton/ha. Na região de Pelotas é de 1.444,0 toneladas em uma área de 340 hectare, com uma produtividade de 4,2 ton/ha. A maior área cultivada o pais é o estado de São Paulo em segundo o Rio Grande do Sul.
Produção Brasileira de Figo por Estado em 2008 | ||
Estados | Produção (ton) | Hectare |
Rio Grande do Sul | 10.739 | 1.899 |
Minas Gerais | 5.017 | 475 |
São Paulo | 4.808 | 268 |
Paraná | 1436 | 156 |
Santa Catarina | 503 | 41 |
Brasil | 32.503 | 2.839 |
Descrição da Planta
O sistema radicular é fibroso, no geral pouco profundo, e quando encontra condições favoráveis estende-se lateralmente a grandes distâncias do tronco (Rigitano, 1955).
Em pomares conduzidos na região de Pelotas, às plantas apresentam um porte arbustivo devido às podas drásticas durante o inverno e os desbrotes ou poda verde. Estas técnicas limitam o número de varas produtivas que varia de 18 a 24 ramos por planta.
A cultivar Roxo de Valinhos distingue-se por apresentar folhas grandes com cinco lobos maiores; cor verde escura textura compacta, um tanto rija; margens crenadasa; sino peciolar em forma de lira e pecíolo longo (Medeiros, 1987).
Condit, citado por Rigitano (1955) faz citações de figueiras existentes nos Estados Unidos, cujos troncos atingem diâmetros superiores a 4 metros.
As Folhas são caducas, grandes e lobadas, sendo suas características de tamanho, forma, cor, textura, seio peciolar, pecíolo, são utilizados para diferenciação varietal.
As Gemas frutíferas e vegetativas aparecem nos ramos, junto às axilas das folhas, durante a estação de crescimento. Em geral as figueiras apresentam duas séries de gemas frutíferas em cada nó, o que pode resultar em duas colheitas distintas.
As Flores da figueira crescem no interior de um recepitáculo mais ou menos suculento pomologicamente chamado de Sicônio que nada mais é do que o próprio figo. O orifício existente no sicônio é denominado de Ostíolo. A fruta comumente chamada de figo, mas botanicamente é denominado de Infrutescência. As flores são pequenas, tipicamente pediciladas hipôginas e unissexuadas com um perianto simples penta-partido. As flores pistiladas de pistilo com cerca de 0,7 mm de comprimento, sendo adaptado a ovoposição da vespinha do figo (Brastophaga psenes).
Os Frutos verdadeiros são denominados de Aquênios, que se formam pelo tecido parenquimatoso dos órgãos florais, cujas células que não foram polinizadas podem apresentar Aquênios com o ovário esclerificados, porém ôco.
Classificação Botânica
Família: Moráceae
Gênero ; Fícus
Espécie: Fícus carica
Tipos de Figos
Existem quatro tipos pomológicos de Fícus carica; Caprifigo, Smirna, Comuns e São Pedro Branco.
Caprifigo; Abrange figueiras selvagens, apresentam estilos curtos e flores masculinas, adaptadas para que a vespinha retire o pólem para polinizar outros tipos.
Smirna: Apresentam flores femininas de estilos longos, estímulo para a polinização. Quando não polinizados, os figos ao atingiram 2,5 cm de diâmetro caem imaturos. São bastante cultivados na Turquia, Grécia, Itália, Portugal, Argélia, etc.
Comuns: As figueiras pertencentes a este tipo pomológico apresentam apenas flores femininas de estilos longos. A fixação e o desenvolvimento dos frutos ocorrem partenocarpicamente, não sendo necessário o estímulo da polinização. No Brasil, a variedade Roxo de Valinhos pertence a este tipo.
São Pedro Branco: As figueiras deste tipo apresentam apenas flores femininas de estilo longo. Os figos são originados dos ramos anteriores, para o desenvolvimento do figo não há necessidade da polinização.
Hábitos de Frutificação
As figueiras do tipo Smirna, Comum e São Pedro Branco, produzem uma ou duas colheitas anuais, dependendo da cultivar, das técnicas empregadas e das condições climáticas reinantes.
A primeira colheita abrange figos desenvolvidos em ramos de um ano de idade, é bastante precoce, e a segunda colheita é produzida em ramos do ano. Em São Paulo somente uma única colheita que tem importância, uma vez que o sistema de poda empregado, praticamente elimina os ramos que dariam a primeira colheita. Os Caprifigos (Storey, 1975) produz atrês colheitas anuais de sicônios. (Pereira,1975 ).
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