A Educação Interprofissional (EIP)
Por: Anna Giannini • 9/6/2016 • Resenha • 809 Palavras (4 Páginas) • 528 Visualizações
INTRODUÇÃO
A sociedade esta vivenciando o aumento na expectativa de vida, bem como das doenças crônicas. Este fatos, assinalam importantes mudanças epidemiológicas dentro da esfera da práxis laboral no âmbito da saúde. Neste contexto, instala-se a necessidade da formação de um profissional com um novo perfil, habilitado para enfrentar as múltiplas facetas das necessidades de saúde tanto a nível micro (os usuários) quanto a nível macro (a sociedade) por meio da colaboração interprofissional.
A Educação Interprofissional (EIP), faz referência a formação inicial nos cursos de graduação e na educação permanente dos profissionais de saúde no contexto da práxis laboral. Nesta perspectiva, a EIP disponibiliza aos discentes uma oportunidade para o aprendizado de maneira compartilhada e colaborativa, ou seja, uma chance para o aprendizado em conjunto com outros profissionais, de maneira que sejam desenvolvidas habilidades imprescindíveis para a execução de um trabalho coletivo, em prol da qualidade da assistência e alinhada às necessidades subjetivas de cada indivíduo. Assim sendo para responder de modo mais didático a pergunta: “Por que precisamos da educação interprofissional para um cuidado efetivo e seguro?”; devemos analisar os seguintes aspectos: Origem da EIP, Métodos- chave educacionais e de aprendizado, Facilitando EIP, Fatores organizacionais afetando EIP, A evidencia, Discussão.
(PARTE CRITICA)- opcional
Por conseguinte, ao analisar o contexto explicitado, foi detectada a tendência dos profissionais de cada área em trabalhar de forma isolada e independente expressa a sua longa e intensa formação também isolada e circunscrita a sua própria área de atuação. Neste contexto, para combater esta realidade a EPI surge como alternativa para a construção de uma nova metodologia de trabalho com comunicação e troca de experiências entre os profissionais em prol da abordagem holística do paciente.
ORIGEM DA EIP
A Educação Interprofissional (EIP) surge no contexto de gradual reconhecimento da pluralidade e amplitude do binômio saúde/doença (S/D), ou seja, o reconhecimento das diversas facetas psicosociais, culturais, orgânicas, genéticas, bem como os determinantes sociais que promovem a prevalência temporária de um aspecto do binômio em detrimento do outro. Neste contexto, a valorização dos determinantes sociais no âmbito do processo saúde-doença é também muito importante e deve ser levado em conta no contexto da formação interprofissional, visto que o binômio S/D é também fruto relação vida e trabalho, ou seja, da maneira como as pessoas, suas redes sociais, bem como grupos sociais estão imersos na sociedade. Desta maneira, a EIP se predispõe a se constituir como ferramenta capaz de melhorar a qualidade da atenção à saúde a partir do efetivo trabalho de equipe, na perspectiva prática colaborativa.
(Parte opcional)
Ao redor do mundo, a Educação Interprofissional (EIP) tem sido alvo de experiências ao longo de mais de 30 anos. Neste contexto, nações como os E.U.A., Canadá, Reino Unido e Austrália foram pioneiras em reconhecer a importância dos múltiplos aspectos que influenciam no processo saúde doença e a importância da prática colaborativa como ferramenta de promoção integral da saúde. No Brasil, a concepção mais ampla da saúde e de EIP se origina a princípio com parcerias pontuais com a Organização Pan-Americana de Saúde em 1973 e durante a década de 1980 foram implementadas outro projetos visando uma maior integração entre o sistema de formação de profissionais de saúde e serviços da rede assistencial. Em 1986, com o advento do Sistema Único de Saúde (SUS), ouve ao enfoque na importância da integração das pessoas/conhecimentos e dos processos para a promoção da saúde sob o prisma da integralidade. Entretanto, muitas universidades continuavam a promover apenas o ensino conteudista/uniprofissional que pouco se atenta a promoção das trocas de experiências com outros profissionais. Em 1990 é colocado sob os holofotes o debate sobre a residência multiprofissional, a partir da implantação do Programa de Saúde da Família. Por fim, em 2005 foi criado o Pró- Saúde que visa a reorientação da formação profissional, oriundas de mudanças curriculares de modo a promover desde o inicio da graduação a integração entre os diversos profissionais da saúde.
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