Brasil, um sistema deficiente
Por: robertoss7 • 9/5/2015 • Trabalho acadêmico • 1.642 Palavras (7 Páginas) • 271 Visualizações
1. INTRODUÇÃO
A divisão de trabalho sempre ocorreu, durante séculos, de forma natural, cultural até; os homens na idade pré-histórica caçavam, deles dependiam a sobrevivência da família, depois o homem nos campos tratava a terra, plantavam e colhiam o alimento.
Desde antes de Cristo sabemos pela história que cabia a mulher a parte de ser boa companheira para o marido, a procriação, a manutenção do lar, o cuidado dos filhos; tida em alguns lugares, como uma escrava, a qual devia a submissão ao marido que detinha o poder e a superioridade, afinal, o valor, era a força física.
Na Idade Média, o registro de mulheres nas universidades era uma minoria. Durante este período foram caracterizadas como o sexo frágil, e boas fazedoras de bordados.
Porém com a I e II guerras mundiais esse perfil teve que mudar, a mulher se viu obrigada a assumir o papel do homem no mercado de trabalho, algumas ocuparam cargos tidos como masculinos até então, como engenheiras, motoristas; e seja para suprir o vazio deixado pelos homens que estavam em batalha ou para cumprir o dever cívico ou ainda uma demanda comercial, esta foi uma atitude que gerou grandes mudanças, um impacto social bastante grande, sentido até hoje.
É o que veremos neste trabalho, como essas mudanças atuaram e atuam nas famílias e que gerou ao longo dos anos.
2. INCLUSÃO NO MERCADO DE TRABALHO
Com o término da guerra, houve também o término do provedor de muitas famílias e algumas mulheres tiveram que assumir o lugar no mercado de trabalho. Inicialmente a inclusão da mulher causou as mais diversas reações.
No século XIX, a consolidação do sistema capitalista, o desenvolvimento tecnológico e o avanço nos maquinários, levaram muitas mulheres para as fábricas, e com elas, surgiram leis que as beneficiavam.
Como estabelecido na Constituição, que não houvesse distinção de sexo, valor desigual diante do mesmo trabalho, proibição do trabalho de mulher grávida durante quatro meses antes e após o parto, e a dispensa de mulher grávida.
3. O FEMINISMO
Por volta da década de 40 o feminismo dá seus primeiros passos e as mulheres começam a sonhar com um futuro diferente do que foram impostas durante anos.
O feminismo é um movimento de cunho reivindicatório, que tem como lema a igualdade, liberdade e fraternidade onde as mulheres acreditam que os direitos sociais e políticos adquiridos deveriam se estender a todas enquanto cidadãs.
Os movimentos feministas eram intelectuais e teóricos e buscavam desnaturalizar a ideia que há uma diferença entre os gêneros; sem querer inferiorizar os homens, ou acabar com a tradição das famílias, seu intuito, é pôr fim a dominação masculina e a estrutura patriarcal. Jogando no lixo a frase que lugar de mulher é em casa cuidando dos filhos.
Essa luta, nas últimas décadas vem conquistando a ampliação dos direitos da mulher, podemos citar alguns avanços como:
O direito ao voto,
Regulamentação do trabalho feminino,
Direito ao divórcio,
Jornada de trabalho de 8 horas,
Reconhecimento dos direitos econômicos, sociais, culturais e ambientais das mulheres,
Necessidade do reconhecimento do direito universal a educação, saúde e previdenciária,
Defesa dos direitos sexuais e reprodutivos,
Reconhecimentos do direito das mulheres sobre a gestação, com acesso de qualidade à concepção e/ou contracepção,
Descriminalização do aborto como um direito de cidadania e questão de saúde pública,
Proteção na violência contra a mulher.
Destaca-se entre as conquistas das feministas a criação das delegacias especializadas em atendimento as mulheres.
4. A LUTA PELA IGUALDADE
A mudança histórica e cultural na busca pela igualdade dos gêneros é caracterizada por lutas, e ainda é significativa a desigualdade na valorização do trabalho masculino ao feminino.
Em diversos países e culturas, mulheres recebem menor remuneração do que os homens, mesmo desenvolvendo papeis iguais.
As atividades atribuídas, como sendo femininas, são as de menor remuneração e menos valorizada socialmente; mesmo no início do terceiro milênio podemos constatar isso.
O assédio no ambiente profissional e a sub-representação feminina em cargos de decisão é muito comum.
O corpo da mulher sofre uma sexualização exarcebada nas propagandas publicitárias, nos filmes, revistas e televisão. A quantidade de casos de violência sexual é assustadora.
É contra todos esses índices, uma cultura machista, que as mulheres vêm lutando para serem vistas de maneira igual, com mesmos direitos e não como um objeto sexual.
5. SUA MARCA FICOU REGISTRADA
Durante anos lutando para provar, que é um ser pensante também, que tem inteligência, conhecimentos, interesses econômicos, políticos e se importa com assuntos que não apenas a escolinha da criança ou o cardápio da semana; que a mulher foi aos poucos conquistando seu espaço.
Dedicando-se cada vez mais ao estudo, buscando uma universidade, o aperfeiçoamento; a mulher precisava mostrar que realmente era capaz, então já entrava em uma disputa desleal; pois mãe, dona de casa, ainda tinha que ser uma boa aluna, obter boas notas para então poder começar a ser levada a sério e enfim disputar determinado cargo com um homem.
A mulher conseguiu conquistar este espaço, e o que antes era considerado um obstáculo, a divisão entre problemas domésticos e necessidades profissionais, hoje, a mulher já consegue equilibrar esses desafios de sua vida.
Sua participação no mundo dos negócios e a própria independência financeira vêm mudando a forma de serem vistas e não há segmento algum que elas não estejam, seja em cargos de liderança e até chefia.
A mulher deixou no ambiente profissional sua marca, suas habilidades, características emocionais, antes vistas como algo impróprio, como fraquezas, hoje, pelo contrário vemos que é positivo, e essencial no trabalho.
Sua maneira delicada, sensível, afetiva, versátil, a percepção aguçada ao lidar com
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