Letras, formação de docentes.
Por: Trio Pegada Ousada • 5/6/2015 • Trabalho acadêmico • 1.046 Palavras (5 Páginas) • 177 Visualizações
ENTREVISTA
1. Nome do professor: Averaldo Moreira Martins
2. Idade: 50 anos
3. Nome da escola: Escola Estadual São Domingos
4. Quando surgiu a escola: 1946
5. Fundadora: Maria Ferreira dos Santos
6. Primeira professora: Maria Ferreira dos Santos
7. Primeiro diretor: não havia diretor
8. Quem construiu a escola: a escola funcionava numa antiga fábrica de farinha, na comunidade Córrego São Domingos. A escola ganhou sede própria em 1949 e recebeu o nome de Escola Combinada Caetano Ferreira dos Santos. Em 1979, já com o nome de Escola Estadual São Domingos, foi transferida para a comunidade de Cansanção, onde funciona até hoje, em prédio próprio construído pela prefeitura municipal.
9. Número de alunos: na época de sua fundação, a escola contava com aproximadamente 20 alunos de múltiplos níveis de escolaridade (turma multisseriada). A professora não tinha formação específica (magistério).
10. Há quantos anos você trabalha nesta escola? Há 15 anos.
11. Como funcionava a merenda escolar? A merenda era adquirida com recursos repassados pelo Governo do Estado (como ainda é). Eram comprados itens preestabelecidos em uma relação de produtos sugeridos pela SEE e definidos pela direção da escola. O cardápio era organizado pela própria escola que procurava variá-lo durante os cinco dias letivos semanais.
12. Como era a chegada dos alunos até a escola? A maioria dos alunos, no ano de 2000, já contava com o atendimento do transporte escolar. Alguns, entretanto, precisavam caminhar longas distâncias para chegar à escola, já que residiam em outras comunidades. Havia ainda aqueles que necessitavam atravessar de canoa o rio Araçuaí para terem acesso à escola e, após a travessia, andavam quilômetros.
13. O que você acha da educação de antes? Quando ingressei na educação, em 1987, trabalhando numa escola rural em uma comunidade de difícil acesso, havia uma série de dificuldades: falta de infraestrutra da comunidade (falta de água tratada e encanada, falta de estradas de qualidade, etc), falta de equipamentos, prédio em condições inadequadas, falta de um olhar diferenciado para a escola rural, entre outras. O método de ensino era tradicional, centrado na transmissão de conteúdos.
14. Que séries eram ministradas? Eram ministradas as 4 séries iniciais (1.º ao 4.º ano).
15. Por que o nome “São Domingos”? A escola recebeu este nome porque foi fundada numa comunidade de nome Córrego São Domingos”, que é o nome do córrego que abastece essa comunidade.
16. Por que você trabalha na escola? Depois de muitos anos trabalhando numa outra escola rural em outro município, como já disse anteriormente, requeri minha remoção para a Escola Estadual São Domingos, que funciona no município onde resido com minha família. A facilidade de acesso e a proximidade de minha residência foram os principais fatores que me trouxeram para esta escola.
17. Como você foi escolhido para trabalhar nessa escola? Como professor efetivo do estado, requeri minha remoção para essa escola e meu requerimento foi deferido pelo Governador do Estado da época (2000).
18. Como era a estrutura física da escola? Quando cheguei à Escola São Domingos, a mesma funcionava num prédio na comunidade Cansanção (sede) e em um anexo na comunidade Tuntum, como atualmente ainda acontece. Naquela época, a sede da escola contava com quatro salas de aula; uma cozinha; uma sala onde funcionavam secretaria, diretoria e biblioteca; um pequeno pátio descoberto; dois banheiros simples. Uma turma funcionava na igreja católica, que fica nos fundos da escola, devido à falta de espaço suficiente. Era cercada por arame farpado. O anexo da comunidade Tuntum funcionava em um prédio municipal, emprestado à escola no turno da manhã. O mesmo era constituído de quatro salas de aula, uma cozinha, um banheiro rudimentar, uma sala pequena que servia a todas as demais funções. O prédio não possui nenhum tipo de cercamento.
19. Como era a assistência dada à escola pelo Estado? O estado garantia o repasse, diretamente para a escola, de recursos para aquisição de materiais de consumo e permanentes e de merenda escolar. Com relação à realização de obras para melhoria da estrutura, os recursos eram repassados após aprovação de planilhas elaboradas pela escola e analisadas por equipe da SEE. Os recursos referentes ao transporte escolar eram repassados para a Secretaria Municipal de Educação. Os salários dos servidores eram pagos diretamente pelo Estado. O apoio pedagógico era dado através de equipes da própria escola e da Superintendência Regional de Ensino. Esse modelo permanece até hoje.
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