O MOLDE DE INJEÇÃO

Projetar um molde é um desafio de projetar uma ferramenta o mais perto possível do ideal: de fácil construção e manutenção, de alta produtividade e baixo desperdício de material, que produza peças  de  qualidade e que tenha segurança para o operador da injetora, tudo isso com um custo mais baixo possível.  

O projeto de um molde é composto das seguintes etapas:  

1. Análise do desenho do produto: tolerâncias, acabamento e aspecto visual, esforços e solicitações mecânicas, etc.
2. Análise do material de injeção: fluidez, dimensão do(s) canal(is) e entrada(s) de material  recomendados, ângulo de saída recomendado e dados de processo recomendados pelo fabricante do  material.  
3. Análise da produção desejada e da vida esperada do produto para definição do número de cavidades necessários e sistema construtivo do molde.
4. Elaboração de um ante projeto com o layout  das cavidades, sistema de canais (quente ou frio), sistema de extração e de refrigeração. Com isto, teremos uma visão geral do molde para análise, discussão e o dimensionamento dos demais componentes, bem como do tamanho do molde.
5. Escolha da injetora em que irá trabalhar o molde.
6. Utilização de sistemas CAE, como Moldflow, Cmold, etc, para as análises e cálculos necessários, que somados a experiência do projetista, possamos chegar ao projeto ideal, reduzindo ao máximo o tempo de tryout do molde e antecipando a entrada em produção.
7. Finalização do conjunto e dos detalhes (desenhos) dos componentes do molde para a sua construção.                        

Os desenhos e especificações finais de um projeto são o registro de uma infinidade de decisões. Nas últimas etapas do trabalho o projetista é o homem que toma as decisões. Cabe-lhe trabalhar solidamente baseado em princípios científicos complementados por dados empíricos. Contudo, devemos compreender que a ciência pode apenas estabelecer limites dentro dos quais uma decisão deve ser tomada ou evidenciar estatisticamente os efeitos de uma certa decisão. A decisão tem que ser do projetista; daí a característica principal de um bom projetista ter, portanto, o bom senso ao tomar as decisões.  

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