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O jornalismo na era da publicidade

Por:   •  7/4/2015  •  Trabalho acadêmico  •  1.151 Palavras (5 Páginas)  •  217 Visualizações

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ISABELA SOARES BORGES

 

        

O JORNALISMO NA ERA DA PUBLICIDADE

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS

GOIÂNIA/2014[pic 1]

ISABELA SOARES BORGES

[pic 2]

O JORNALISMO NA ERA DA PUBLICIDADE

Resenha elaborada para fins de avaliação parcial, na disciplina de Linguagem da Comunicação do primeiro período do Curso de Comunicação Social com Habilitação em Jornalismo da Pontifícia Universidade Católica de Goiás, sob orientação da Profª. Ma. Adélia Freitas da Silva.  

[pic 3]

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS

GOIÂNIA/2014[pic 4]

MARSHALL, Leandro. O Jornalismo na Era da Publicidade. São Paulo: Summus, 2003.

Isabela Soares Borges[1]

A obra O Jornalismo na Era da Publicidade publicada pela editora Summus em 2003, e feita pelo jornalista Leandro Marshall, é resultado em 172 páginas. Leandro da Rosa Marshall nasceu em Santa Maria, RS, e atua há mais de vinte anos no jornalismo gaúcho. É Doutor em Ciências da Comunicação pela PUC/RS, Pós Doutor em Sociologia pela UnB/DF e Mestre em Teorias da Comunicação pela UMESP/SP. Hoje em dia, atua como professor universitário no Distrito Federal, Analista em C&T do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação(MCTI) e pesquisador colaborador da Universidade de Brasília(UnB). Nesse trabalho o autor defende a tese de que para se adequarem ao padrão do jornalismo moldado pela publicidade e pela propaganda, os jornalistas se autocensuram e passam a publicar somente o que gera lucro e audiência para o meio de comunicação que representam. Além dessa obra publicou “Ensaios Midiáticos” pela editora UPF.

O livro é dividido em 5 capítulos, além do prefácio, introdução, considerações finais e referencias bibliográficas, e de um modo geral, apresenta a ideia de que durante anos houveram várias mudanças no modo de se fazer jornalismo e com a entrada da Publicidade e da Propaganda, houve uma mudança ainda mais drástica, porque mudou-se um pouco o foco das notícias, que passou a visar um resultado financeiro e o marketing da empresa jornalística.

No capítulo um, o autor fala da transição do conjunto jornalístico, formado pela imprensa, pelo meio midiático de comunicação, pelo jornalista e pela informação. Ele afirma que “a lógica do mercado parece estar provocando  uma   transformação  generalizada  dos  padrões éticos, estéticos e culturais do universo da informação…”. Leandro usa o termo “Jornalismo- cor-de-rosa”, que prioriza a estética ao conteúdo, para explicar que o novo tipo de jornalismo visa manter a empresa financeiramente bem. Ou seja, tudo é criado e publicado para satisfazer o leitor, o editor, o patrocinador, o anunciante e o dono. De forma que o jornalismo de entreterimento ganhou um lugar maior, diminuindo um pouco o foco do jornalismo de informação.

No capítulo dois, Leandro mostra o contexto histórico que influenciou essas mudanças, introduz a ideia de que a notícia passa a ser tratada como um produto e anuncia o surgimento da imprensa periódica, com a criação da tipografia. O autor também divide o jornalismo em quatro fases. A primeira é a  fase comercial, onde há a presença de mercados de jornais associados ao comércio e o uso do sensacionalismo, que é o uso de imagens e expressões apelativas para chamar a atenção do público. Depois vem a fase de opinião, em que o jornalismo aparece como o “quarto poder” e há a troca pela associação comercial com a política. Com a introdução dos anúncios publicitários nos jornais, aparece a terceira fase, a da publicidade, com o destaque para a criação da Penny Press, um tipo de jornal mais barato e com informações rasas e mais próximas ao leitor. E por último, a quarta fase, a industrial publicitária ultracapitalista, que consiste pela fase publicitária mais as estratégias de mercado e a influência do marketing. Foi quando surgiu o “jornalismo-cor-de-rosa”, citado no capítulo anterior.

No capítulo três, o autor mostra que a influência do marketing na sociedade ultracapitalista é tanta que ele coloca a publicidade substituindo o jornalismo como o quarto poder. Há uma persuasão que chega a modificar o comportamento das pessoas. E o jornalismo só conseguiu se manter e chegar no status que tem hoje por causa apoio financeiro da publicidade. A submissão é tanta que o jornalismo acabou se rendendo e se curvando a ética do capital. Marschall evidência também a mudança das fases dos produtos como mercadoria. Primeiro foi o jornal a ser comercializado, depois passou a ser a notícia a fonte do comércio, até chegar na notícia como mercadoria, flexibilizando o conceito de verdade.

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