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O uso de discursos pejorativos em políticos e seguidores

Por:   •  2/7/2017  •  Trabalho acadêmico  •  3.126 Palavras (13 Páginas)  •  349 Visualizações

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[1]O uso de discursos pejorativos em políticos e seguidores

           Agda Emanuelle Anastácio de Oliveira,[2]

                                                Ana Carolina Campo dos Santos[3]

Universidade Federal do Maranhão, Imperatriz, MA

RESUMO

 

    Este estudo consiste em analisar o uso dos discursos pejorativos por políticos e seguidores. O trabalho tem como base metodológica a análise de dados qualitativos, geralmente conhecida como analise de conteúdo. Em síntese iremos examinar o documentário “o fenômeno Bolsonaro” feito pelo programa Conexão Repórter da rede televisiva SBT, e os 100 primeiros comentários a respeito desse vídeo na rede social (facebook) do deputado Jair Bolsonaro.

 

PALAVRAS-CHAVE:  discursos pejorativos; documentários; comentários; Jair Bolsonaro; facebook.

INTRODUÇÃO:

         Na contemporaneidade a forma de disseminação de discurso pejorativo (ou seja discurso depreciativo, na qual ofendem ou insinuam comentários humilhantes e desagradáveis), se faz na maioria das vezes por meio do uso das redes sociais em especial um dos nossos objetos de pesquisa o facebook.

O presente artigo busca identificar as similaridades e as diferenças entre os discursos do deputado Jair Bolsonaro e seus seguidores, o mesmo é militar da reserva e político brasileiro e está no seu sexto mandato na Câmara dos Deputados do Brasil, eleito pelo Partido Progressista tem se destacado na mídia contemporânea por usar principalmente as redes sociais para disseminar seus discursos de forma pejorativa em relação a grupos minoritários.

Por essa razão se dá o motivo da escolha do nosso segundo objeto de pesquisa que é o documentário “o fenômeno Bolsonaro”[4] parte 1 e 2 feito pelo programa Conexão Repórter da rede televisiva SBT, tal documentário se trata de uma entrevista detalhada sobre a rotina de trabalho e as opiniões do então deputado a respeito de temas polêmicos e temas que envolvem as minorias, fizemos a análise  dos  100 primeiros comentários feitos na página oficial do facebook de Jair Bolsonaro, sobre as duas postagens que diz respeito ao documentário. Para obtermos os resultados desta pesquisa usamos o método qualitativo e a técnica de análise de conteúdo para compreender e interpretar as opiniões e posicionamentos do deputado e seus seguidores.

A pesquisa está fundamentada em literaturas pertinentes, sendo as principais Silva, et al (2011) abordando o tema discurso de ódio complementando com a literatura de Cunha (2014) falando sobre os comentários nas redes sociais.

A hipótese que orienta o trabalho é de que o de Jair Bolsonaro usa esses discursos pejorativos ou se expressa as vezes de forma clara e precisa, em relação as minorias, por estar sendo apoiado por um grande público de possíveis eleitores que dividem e apoiam a visão fascista do deputado.

Para testar essa possível hipótese o trabalho apresenta-se da seguinte forma: a primeira parte traz um referencial teórico a respeito da disseminação de discursos pejorativos e a diferenciação dos tipos de comentários nas mídias sociais. Em um segundo momento o texto irá relatar as estratégias metodológicas usadas para a obtenção de resultados que confirme ou refute a hipótese da pesquisa e finalmente se apresentará a análise dos dados que é seguida das considerações finais.

REFERÊNCIAL TEÓRICO

De acordo com Silva et al (2011), a internet revolucionou a forma das pessoas se comunicarem, essa inovação tecnológica da informação possui o diferencial de transmitir seu conteúdo com rapidez e com uma amplitude de operações, que fazem com que o homem possa externar seus pensamentos, opiniões e escolhas. Devido ao grande crescimento do número de internautas que estão conectados à internet, que segundo dados de uma pesquisa[5] feita pela União Internacional das Telecomunicações, órgão vinculado à Organização das Nações Unidas, do ano 2000 até 2017 o número de usuários saltou de 400 milhões para 3,2 bilhões de pessoas conectadas a essa evolução da comunicação. Isso explica o motivo a qual escolhemos observar os discursos pejorativos dos seguidores de políticos nas redes sociais.

Conforme os estudos de Ferreira (2011), foi no início do século XX que surgiu a ideia de rede social, que está ligada a relações sociais que compõem um tecido que condiciona a ação dos indivíduos nele inseridos. Na contemporaneidade a expressão redes sociais, está frequentemente associada aos sites de relacionamentos disponíveis na internet, tais como o   Twitter e o Facebook que é o nosso objeto observado.

A propósito é importante não confundir o termo rede social como foi citado acima com os aplicativos de relacionamento (networking social), onde estes são ferramentas usadas para as manifestações especiais e particulares de algumas redes sociais. (FERREIRA 2011).

        O facebook é umas destas ferramentas usadas para manter interação social com as pessoas que se tem alguma conexão off-line, como por exemplo o circulo de amigos, da família, da escola e do trabalho e entre outros .( MAIA e REZENDE 2015).  Essa conexão vai além do circulo de pessoas que se conhecem entre si, colaborando também para a relação de usuários que não se conhecem mas possuem ideologias e valores semelhantes e por isso seguem páginas em comum.        Na ferramenta de interação social citada acima existem representação de atores sociais, que segundo Nunes (2015, p.17), “São pessoas envolvidas Na rede, que são vista também como parte do sistema e atuam de forma a moldar as estruturas sociais, através da interação e da constituição de laços sociais.” Na visão da nossa pesquisa esses atores sociais utilizam o espaço   disponibilizado pelo facebook para compartilhar discursos de paixões e ódio.

        No quesito de compartilhamento de discursos intolerantes que são conhecidos na literatura como discursos pejorativos que segundo Barros [200?], é um discurso de punição aos sujeitos considerados como descumpridores de certos contratos sociais, como por exemplo: a heterossexualidade e o do patriarca entre outros. Esses sujeitos são julgados como maus atores sociais, ou seja maus cidadãos. Em nossa analise foram observados o uso do discursos pejorativos pelo deputado Jair Bolsonaro que faz menção as minorias como o grupo MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), grupo dos quilombolas e indígenas e principalmente críticas aos grupos politicos de esquerda que são em sua maioria contra as ideologias do deputado que levanta a bandeira da política de direita.

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