OS EFEITOS DOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO DE MASSA NO RECEPTOR

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS

INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS, COMUNICAÇÃO E ARTES

CURSO DE RELAÇÕES PÚBLICAS

COMUNICAÇÃO RELIGIOSA

Aluno: DANIEL GONÇALVES LIMA BORGES DA SILVA

RESENHA 1 – CAPÍTULO 1 - OS EFEITOS DOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO DE MASSA NO RECEPTOR

Na primeira parte do capítulo do livro “Crentes, mas nem tanto” o autor pontua as principais abordagens teóricas sobre o receptor passivo. Para ele, os estudos de recepção destacam duas formas de focar no processo comunicacional: teorias que responde o que os meios de comunicação de massa (mass media) fazem com a sociedade, com o seu poder, e aquelas que perguntam o que as pessoas fazem com esses meios, com gregando estudos que limitam a influência desses meios na sociedade.

A teoria da agulha hipodérmica é considerada pioneira nos estudos da comunicação. Ela foi desenvolvida no período entre as duas grandes guerras mundiais e o desenvolvimento em grande escala da comunicação, em meio a uma visão negativa do mundo e da sociedade, onde o homem era definido como um ser sem autonomia, completamente isolado da massa de indivíduos e influenciado diretamente pelos meios de comunicação.

Segundo Andrade de Oliveira, os indivíduos são vistos como átomos isolados, parte de um corpo maior, que seria a massa criada pelos meios de comunicação. Para ele, a mídia é vista como uma agulha que injeta seus conteúdos diretamente no cérebro dos receptores, sem nenhum tipo de barreira.

Segundo Guibson, a teoria se baseia na psicologia behaviorista, onde o elemento crucial é representado pelo esquema estímulo-resposta, sustentando uma estreita relação entre a exposição às mensagens e o comportamento do receptor, e defendendo a ideia de que as mensagens emitidas pelos meios de comunicação de massa eram absorvidas de forma passiva pela massa.

Outro modelo teórico, proposto pelo cientista Harold Lasswell, se baseou na Arte Retórica de Aristóteles.  Lasswell retomou e expandiu o modelo teórico de Aristoteles, passando a descrever o ato de comunicação como sequencia interrogativa para descrever um ato de comunicação. Foi a partir daí que o estudo cientifico do processo de comunicação passaria a se fixar em uma ou outra da perguntas pressupostas pelo modelo, dotando a sociologia funcionalista da mídia com um quadro conceitual que resultou em várias áreas de pesquisa, como a análise de controle, análise do conteúdo, análise das mídias ou dos suportes, análise da audiência e análise dos efeitos.

Essa teoria deu um pequeno passo à frente ao demonstrar um interesse maior pelo conteúdo e pelos efeitos da comunicação, não se limitando apenas a estereotipar o receptor como um ser totalmente passivo.

Outros estudiosos desenvolveram pesquisas nesse campo das ciências sociais aplicadas, mas foi a Teoria Crítica que ganhou maior importância por contrastar e polemizar com a pesquisa administrativa norte-americana, onde foi criado um conceito que se tornou chave para os estudos culturais e as análises da mídia.

Essa teoria consistiu em juntar o pensamento de Karl Marx ao de Sigmund Freud e construir um paradigma cuja a aplicabilidade pudesse subsidiar as investigações dos problemas da cultura surgidos nas sociedades capitalistas industrializadas do mundo ocidental. Ela estabelece que o receptor é passivo em relação às mensagens emitidas pelos meios de comunicação de massa a serviço da indústria cultural.

Na Escola de Frankfurt, no contexto norte-americano, foram criados a dialética do esclarecimento e indústria cultural, onde a cultura produzida pela indústria cultural tinha o objetivo de agradar à massa consumidora, fazendo com que os produtos artísticos fossem nivelados por baixo e impregnados de ideologia dominante, o que provocaria conformismo nos indivíduos.