Resumo Audiovisual
Por: vaigui • 13/12/2017 • Trabalho acadêmico • 7.138 Palavras (29 Páginas) • 320 Visualizações
Resumo:
Flaherty – início linguagem narrativa clássica (não é falsificação, faz aparecer algo a mais) Filme exemplo: Nanook of the north/ Nanook o esquimó, 1922 Cenas pra ver: caça as morsas, contato com homem branco, crianças doentes
Irmãos Lumiere: colocavam a câmera parada diante de uma situação e filmavam, era praticamente uma foto em movimento. Deixavam a cena acontecer diante da câmera. O enquadramento era bem pensado, mas o plano era fixo.
Travelogs – ida de exploradores para lugares ditos exóticos para filmá-los. “Saciavam a sede da Europa do exótico (qualquer cultura não europeia ou do leste europeu). Associado ao turismo, um ‘explorador’ visitava tal comunidade, sem ter uma linha diretriz de filmagem. O relato era na primeira pessoal e individualizado, como era esse europeu naquele ambiente.
Flaherty: distorcer a realidade/mentir para chegar no espírito verdadeiro. Ele vai para o Norte do Canadá, começa gravando no estilo dos travelogs. Primeiro material pegou fogo. Depois, faz um roteiro da vida dos esquimós e pede para eles mesmos encenaram. O roteiro se baseia em seu conhecimento da vida deles. É quem introduz a linguagem narrativa clássica. Vê a relação desses povos com a natureza. Pela vivência, convivência com grupo tem essa certa ideia daquelas pessoas, se importa muito mais com costumes, não se preocupa com simbólico, que nem antropólogos. Roteiro com os aspectos/elementos principais dos hábitos da comunidade, para serem mostrados ao modo de uma narração coerente e extensa do modo como funciona aquela comunidade. “Extrair do ambiente os elementos fundamentais do drama.” “Flaherty incorporou no Nanook of the north as conquistas, ainda recentes. Da montagem narrativa, que resultam na manipulação do espaço-tempo, na identificação do espectador com o personagem e na dramaticidade do filme.” Caça -> esquimó como herói - Espécie de romantismo e certa pureza em relação às essas comunidades . A luta do eskimó com a natureza, mesmo q não acontece mais, traz uma verdade que não conseguiria sem aquela imagem. Espírito verdadeiro -> heroísmo, luta contra a natureza. O filme é sobre Nanook ou esquimó? Pessoa ou tipo? Teoria: tipo porque justamente o que ele pega além do próprio nanook vai para o tipo: roupas que não usavam mais, caça tradicional às morsas que também não existia mais, esposa atriz, relação com homem branco etc. Ele dá uma certa historicidade para estória e a deixa mais complexa e completa do que se fosse relatar apenas a vida do nanook. Se fosse assim, usaria sua própria esposa e não colocaria costumes que já não existem mais na prática. Ele mostra o tipo a partir de uma pessoa. Outra discussão: é documentário ou ficção? Fragozo acha que é documentário.
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Problematização entre ficção e documentário, zona inevoada. É evidente que todo o processo de construção de uma narrativa ela implica em escolhas narrativas, de procedimento e isso faz com q toda produção audiovisual seja marcada por ficção q não quer dizer falso e sim construção de uma estória. Existem filmes como ficção q podem ser verdadeiros, pq podem trazer algo q está ali ou q não se ve. São todos encenados mas algo de verdade existe.
O modo de contar não obrigatoriamente esta relacionado c a capacidade de trazer a verdade. Documentario com interpretação ruim, encenação com a verdade.
Possibilidade e vontade de trazer a verdade pras telas. As escolas documentárias são marcadas por essa intenção, diferente do filme de ficção q pode ter essa intenção mas em geral ta relacionado com imaginação, liberdade, enfim. As pessoas ingenuamente ou n se propõem a trazer aquela verdade filmando e não teatralizando (roteirizando).
Se eu interfiro, escolho o q ele faz, eu to falseando a vida real dele mas eu vou pegar a vida natural se botar a câmera la?
Vertov fala sobre onde ele esta, eles escolhem quem vao falar. Nenhum desses filmes fala sobre a própria vida. Depois de tantos anos, eu escolho minha vida e minha verdade como objeto de historia.
Em que medida esse procedimento “as vezes é preciso mentir p vc alcançar a essência daquilo q ta ali”, é uma concepção de vdd que se da não nessa visualização simples, é preciso criar algo p q algo apareça. Algumas coisas são falseadas p fazer aparecer a verdade. A substituição da mulher do Nanook. Fronteira entre pessoa Nanook e o filme Eskimó. Problema com o documentário clássico (sem o nome das pessoas, e sim trabalhadores, tipos)
Cinema-verdade vai contra isso se colocar. Propor a relação dialógica com a relação diante da câmera é uma pessoa com uma historia particular, mesmo q fabulada por ela mesma mas é a história da pessoa e não do tipo. Foca na pessoa. CARA MARCADO P MORRER, COUTINHO, relação entre pessoa e tipo pq a PESSOA vira TIPO p Brasil há 20 anos atrás q aconteceu q traduz essa migração violenta da miséria, perseguição. A história pessoal vira uma metáfora de uma história maior no contexto do Brasil.
Grierson 1930– Documentarismo clássico (inspirado no Flaherty transfere p Inglaterra, tinha experimentação estética, e gostava do soviético por ser coletivo, o tipo e não individual e poetizava, brincadeiras sonoras com imagens aceleradas, cortes abruptos, versinho modernista. Encenação, voz em off, (Flaherty era mudo mas tinham as telas q explicavam). Ele trazia elementos estéticos tem sempre um elemento criativo e interpretativo, então se tem um ponto de vista, que seja criativo (estetismo). Mas o estetismo das vanguardas ele via como uma certa brincadeira prazerosa com as imagens e não conscientização real. Achavam q Vertov era estetista, achavam q era um jogo de imagens, logo dps de Vertov, q é 29. Transposição do modelo flahertyano p Inglaterra, a ideia fundamental da ideia de tipos, a incorporação de elementos esteticos , temáticas da população industrial.
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