Resumo do Testo do Professor
Por: prestaogo • 14/5/2016 • Resenha • 832 Palavras (4 Páginas) • 447 Visualizações
KOCK, Ingedore Grunfeld Villaça. Texto e coerência. Luiz Carlos Travaglia – 13 ed. – São Paulo – Cortez, 2011. Cap. 4.
RESUMO DO CAPíTULO: “COERÊNCIA: DE QUE DEPENDE, COMO SE ESTABELECE”
O Capítulo 4 do livro Texto e coerência questiona o estabelecimento da coerência, como princípio da interpretação, pois tudo que afeta, dificultando ou possibilitando, a compreensão está relacionado aos diversos fatores abordados a seguir.
Segundo o autor, para que um texto seja bem interpretado precisa esta coerente, com uma boa estrutura, principalmente em relação a seus fatores contribuintes, abordados através dos elementos linguísticos, conhecimento do mundo e fatores pragmáticos e interacionais; podendo acrescentar “superestrutura”, considerando cada tipo de texto: descritivo, narrativo, dissertativo etc.
Evidentemente, fatores estão relacionados a outros fatores e para uma melhor conexão destes, foram estabelecidos vários princípios de textualidade, com quatro regras propostas por Charolles (1978): repetição, progressão, não contradição e relação. Assim, juntamente com Franck, apresentam o principio da cooperação como básico no processo de interpretação. Franck (1980) também registrou em suas colocações a necessidade de analisar as sequencias fortemente e fracamente coerente, estabelecendo relações entre as falas.
No Livro todos os estudiosos admitem que os elementos linguísticos têm grande importância para o estabelecimento da coerência, embora Brown e Yule (1983), afirmam ser ilusão e buscaram evidenciar que a compreensão depende do nosso conhecimento do mundo e de fatores pragmáticos. Além destes, outros autores chamam atenção em relação do linguístico como base para o calculo da coerência do texto, apresentando suas colocações.
Assim também o estabelecimento do sentido de um texto depende grande parte do conhecimento do mundo de seus usuários, permitindo criar a construção de um mundo textual, o relacionamento de elementos do texto, o estabelecimento da continuidade do sentido e a construção da macroestrutura.
Normalmente, esses conhecimentos podem ser enciclopédicos, ou seja, como um dicionário que arquiva memória ao logo do tempo; e ativado, que é trazido à memória presente.
Os estudos tem revelado que o conhecimento do mundo se estabelece e se armazena organizadamente, como blocos em unidades chamadas de conceitos e modelos cognitivos globais, subdivididos em frames (conceito central), esquemas (hipótese), planos (meta) e scripts (planos). Ao lado deles, aparecem os cenários, modelos mentais e macroestrutura.
Já que o conhecimento do mundo é tão importante, é necessário haver entre o emissor e o receptor um certo grau de similaridade, constituindo assim, o conhecimento partilhado que determina a estrutura informacional do texto, sendo possível a compreensão de todas as escalas de conhecimento.
Outro fator importante são as inferências, usadas para estabelecer relações não explicitas no texto, a partir disto, existem outros diversos conceitos de inferências, contendo relação entre eles. No entanto, existe uma questão diante disso, como limitar as inferências? Essa dificuldade impôs a ideia de construir textos que exigem poucas inferências, apesar de que, muitos autores desejam que o texto abra muitas linhas de possíveis inferências.
Como se pode perceber, o estabelecimento da coerência depende muito de fatores pragmáticos, tais como os interlocutores entre si, suas crenças e intenções comunicativas. Diretamente ligado a essa questão temos o fator situacionalidade, segundo Beaugrande e Dressler (1981) refere-se ao conjunto de fatores que tornam um texto relevante para dada situação de comunicação corrente ou passível de ser reconstituída.
Segundo o autor, as noções de intencionalidade e aceitabilidade são introduzidas para dar conta, respectivamente, das intenções dos emissores e das atitudes dos receptores, sobretudo, em sentido restrito, são duas faces constitutivas do principio de cooperação.
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