Resumo O Professor É Um Não-Leitor?
Por: Camila Mendes • 1/6/2021 • Resenha • 559 Palavras (3 Páginas) • 146 Visualizações
O PROFESSOR É UM NÃO-LEITOR?
Aline Soares da Silva
Camila da Silva Mendes
RESUMO
O presente resumo resulta de considerações acerca da analise do texto intitulado “O professor é um não-leitor?”. O texto em questão é um estudo sobre práticas de leitura de professores de Português de 5ª e 8ª séries e do ensino médio que atuam em Minas Gerais, na qual compreende-se que o professor são leitores e de que suas características como leitores não podem ser interpretadas apenas como resultado de processo de exclusão. Para afirma que docente é um não-leitor, ler não faria parte de suas necessidades, porém estes vivem dentro de uma sociedade letrada tornando pouco plausível essa afirmação. Estão também dentro do espaço escolar, na qual se faz o uso intensivo da escrita, de texto e assim é possível ter uma ideia de sua diversidade, além de serem mediadores quando falamos do mundo da escrita. Para as famílias o espaço escolar representa o único contato da criança com a cultura da escrita, e de fato professores e escola tem o papel de formarem leitores mesmo que através da aquisição de habilidades básicas da alfabetização. Com sua investigação Marinho e Silva (1998) levantaram hipóteses de que, quanto a leitura, a formação de professores se organizou em torno de uma forte mobilização familiar para a aquisição dessas competências já que estas são pouco dotadas de capital cultura, não podendo então transmiti-la para suas crianças, e é na escola que ocorre essa transmissão, e ainda posteriormente, quando se tornam professores automaticamente ficam responsáveis por essa, então tornar-se um leitor tem um significado, na qual adquiriram o conjunto de competências e esquemas de percepção e apreciação entorno da leitura dentro da escola, e posteriormente iriam transmiti-los na escola. Os professores também seriam antes de tudo leitores escolares, já que tendem a investir suas leituras para as práticas escolares. Para concluir, as autoras trazem em relação ao campo simbólico em torno da leitura, quatro posições principais: a primeira identifica a leitura à leitura de livros e é vista como a verdadeira cultura; a segunda se organiza em torno do ler para o prazer, sem as amarras da obrigação, e por diferentes razões dentro destas duas primeiras posições o professor seria taxado como um leitor precário ou “não-leitor”; a terceira posição se constrói em torno de valores e pressupostos como a democratização da cultura, é preciso possibilitar o acesso a leitura aos grupos sociais excluídos, a leitura docente seria parte desse processo de democratização já que estes estariam vencendo as desigualdades sociais e seriam exemplo dos primeiros resultados positivos da democratização do sistema escolar; a quarta e última posição as relações dos professores a respeito da leitura seriam antes parte de um processo de exclusão tardia ou inclusão relativa, já que apesar dos esforços para acabar com a desigualdade diante da escola e da cultura são frequentemente em vão, e como exemplo tem-se o caso dos professores analisados pelas autoras, já que esse docentes são em sua maioria a primeira geração que realiza a escolarização de nível superior. Diante do que foi abordado no texto no texto, não poderíamos afirmar que professores são não-leitores, mas que são submetidos a condições determinadas de formação para a leitura, e tendem a desenvolver modos específicos de ler e de se relacionar com a cultura que os envolvem.
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