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A Alma Segundo Platão E Aristóteles

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Por:   •  4/12/2014  •  655 Palavras (3 Páginas)  •  5.165 Visualizações

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Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Centro de Ciências Humanas Letras e Artes

Departamento de Filosofia

Laboratório de Análise Filosófica I

Prof.a Cândida

Aluno: Júlio César Miara

3ª Avaliação

A Alma em Platão e Aristóteles

Platão concebe o homem como um ser composto de corpo e alma. O corpo, constituído de matéria, está sujeito às leis da physis e está em constante mudança. A alma ou psykhé, o princípio que move o homem, é imutável. Para se adaptar ao corpo, a alma assume três funções, embora seja una e indivisível.

Manifesta-se pelo elemento apetitivo ou concupiscente: no baixo ventre, com função de prazer, dor, desejo e das necessidades corporais. Pelo elemento irascível: no tórax, com função de sentimentos como coragem, covardia, amor. E pelo elemento racional: na cabeça, com função de razão, a faculdade ativa e superior, capaz de diferenciar o bem e o mal, a ilusão e a verdade.

Essa concepção de alma é a base da ética platônica. A cada parte da alma, se atribui uma virtude específica. Acrescenta-se ainda uma quarta virtude, a justiça, que traz consigo a harmonia do conjunto. Ordena e assegura a prudência e a moderação.

Para Aristóteles, a matéria não possui nenhum movimento intrínseco. No entanto, encontramos na natureza seres animados, os quais possuem em si mesmos um princípio de movimento. Esse princípio é a alma. Segundo sua teoria, em alguns seres ela possui apenas uma função ligada à manutenção da vida. Em outros, ela apresenta funções mais complexas.

São três funções distintas, as três partes da alma, que atinge sua completude somente nos seres humanos. A alma vegetativa como princípio que regula as atividades biológicas. Está presente em todos os seres vivos, responsável pelos impulsos, crescimento, nutrição e reprodução. A alma sensitiva ou desiderativa está presente somente nos animais, é responsável pelas sensações, pela percepção das peculiaridades dos objetos com os quais os animais entram em contato. Essa alma ainda coordena os movimentos corporais. E a alma intelectiva ou pensante, uma exclusividade do homem. Ela é a capacidade de pensar discursivamente, de elaborar teorias e de pensar em explicações. É dela que deriva a capacidade de formular juízos sobre a realidade.

Para ambos a alma anima toda ser vivo. Entretanto, Platão admite a imortalidade da alma enquanto na teoria aristotélica a imortalidade é parcial. Platão e Aristóteles conseguiram sistematizar grandes teorias, sistemas sobre a alma. Influenciando as concepções de Santo Agostinho e São Tomás de Aquino.

Para além da definição da alma, a diferença entre a filosofia platônica e aristotélica parece permear a forma. Para Platão as formas perfeitas, as ideias eternas e imóveis, a verdade, encontram-se individuais e autônomas no mundo inteligível. Para ele a verdadeira realidade. Já Aristóteles sinaliza que tudo passa pelos sentidos traduzindo-se no intelecto por imagem concreta, palpável, não existe a idéia em si, como uma abstração autônoma, existe a idéia que

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