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A Ciência, Segundo Marilena Chaui

Por:   •  10/12/2020  •  Resenha  •  1.362 Palavras (6 Páginas)  •  998 Visualizações

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CHAUI, Marilena. Iniciação à Filosofia: ensino médio, volume único / Marilena Chaui. – 2. ed. – São Paulo: Ática, 2013. Disponível em PDF: https://goo.gl/2VkR5L. Acesso: 09/09/2019.

Após a leitura da Unidade XI “A ciência”, composto por três capítulos, estas desenvolvidas em 26 páginas que vai da página 286 até a 311, situado no livro que tem por título Iniciação à Filosofia escrito por Marilena Chaui, no capítulo 29 que tem por título, “A atitude científica” diz o seguinte: a ciência busca provar o que para nós é cotidiano e obvio, questões que nem se quer questionamos por fazer parte de nosso dia a dia e nosso cotidiano.

Dando continuidade, o senso comum é um tipo de conhecimento adquirido por meio da observação, vivência e experiências do mundo, passado de geração em geração, é um conhecimento vulgar baseado nas experiências, agrupam ou distinguem as coisas e os fatos conforme nos pareçam semelhantes ou diferentes. Em contrapartida a ciência foge do senso comum por que desconfia da veracidade de nossas certezas, da ausência da crítica e da falta de curiosidade, a ciência é crítica e tenta fundamentar nossos conhecimentos e opiniões na produção científica, ela apresenta explicações racionais, claras, simples e verdadeiras para os fatos.

Muitas das vezes nos maravilhamos no senso comum com os acontecimentos do nosso cotidiano e a ciência procura mostrar que o maravilhoso, o extraordinário ou o milagroso são simplesmente um caso particular do que é regular, normal e frequente.

A ciência investiga os fatos e se opõe ao espetacular, ao mágico e ao fantástico e distingue-se da magia. A ciência mostra que no mundo não há forças secretas, mas causas e relações racionais que podem ser conhecidas por todos, o fato cientifico resulta em um trabalho paciente, lento, investigativo e racional, mas a ciência não é um mistério incompreensível nem uma doutrina geral sobre todo o mundo. Assim a ciência formula teoria que expliquem e interpretem as causas e efeitos em fato, a teoria cientifica permite que fatos aparentemente muito diferentes sejam compreendidos.

Prosseguindo no capítulo 30 das páginas 293 à 301, percebe-se que a escritora inicia o conteúdo, mostrando a diferença entre os três tipos de concepções são elas: racionalista, empirista e construtivista. A concepção racionalista por sua vez estende-se dos gregos até o final do século XVII, a mesma afirma que a ciência é um conhecimento racional dedutivo e demonstrativo como a própria matemática, portanto, capaz de provar a verdade necessária e universal de seus enunciados e resultados, sem deixar se quer qualquer dúvida possível. Já a concepção empirista que vai da medicina grega e Aristóteles até o final do século XIX, alega que a ciência é uma interpretação dos fatos, baseada em observações e experimentos que permitem estabelecer induções e, que, ao serem concluídas, oferecem a definição do objeto, suas propriedades e suas leis de funcionamento. Por outro lado a concepção construtivista, iniciada no século passado (XX), considera a ciência uma construção de modelos explicativos para a realidade e não uma representação da própria realidade. Ou seja, o cientista combina dois procedimentos, um vindo do racionalismo, e outro, vindo do empirismo, e a eles acrescenta um terceiro, vindo da ideia de conhecimento aproximativo e corrigível.

Ainda nesse capítulo Chaui traz as diferenças entre a ciência antiga e a moderna, onde na ciência antiga, ela diz que era uma ciência teorética, ou seja, apenas favorecia os seres naturais, sem ao menos que em hipótese nenhuma interfira neles ou sobre os mesmo por meios técnicos, já a ciência clássica ou moderna refere-se não somente ao conhecimento teórico, mas especialmente à aplicação prática ou técnica, de forma a apropriar-se da natureza, a fim de controlá-la e dominá-la. Dando seguimento ela relata sobre as mudanças cientificas, onde Chauí impôs um desmentindo às ideias de evolução e progresso. Porém isso não quer dizer que a Filosofia das Ciências viesse a falar em atraso e regressão científica, pois essas duas noções são idênticas às de evolução e progresso, apenas com o sinal trocado (em vez de caminhar causal e continuamente para frente, caminhar-se-ia causal continuamente para trás).

O que conclui com isso é que a Filosofia das Ciências compreendeu é que as elaborações científicas e os ideais de cientificidade são diferentes e descontínuas. Continuando ela relata sobre as rupturas epistemológicas, onde está condiz à elaboração de novas teorias, métodos e tecnologias, que afetam todo o campo de conhecimentos existentes. Desta forma uma nova concepção científica emerge, levando tanto a incorporar nela os conhecimentos anteriores quanto afastá-los inteiramente. Prosseguindo Marilena traz sobre as revoluções científicas onde enfatiza que dentro de uma revolução cientifica, não há apenas descobrimentos de novos fenômenos para poder abandonar os conhecimentos antigos, porém há uma mudança profunda a espeito de como o cientista ver o mundo, de modo como se passasse a trabalhar num mundo completamente diferente, assim a ciência não caminha de maneira linear, ou seja contínua e progressiva, mas por saltos ou revoluções. Por

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