A Concepção política de Maquiavel.
Por: Mavilela • 15/8/2017 • Pesquisas Acadêmicas • 1.458 Palavras (6 Páginas) • 447 Visualizações
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Consórcio CEDERJ - Fundação CECIERJ Universidade Federal Fluminense - UFF Bacharelado em Administração Pública
Aluna: Marianna de Castro Ferreira Matrícula: 16213110326 Disciplina: Flosofia e ética AD – Atividade 8
1. Explique o contexto em que nasceu a concepção política de Maquiavel.
Resposta:
Na Europa, no início do século XV, algumas regiões, começam a entrar em desenvolvimento econômico e social, através dos comerciantes e das corporações. Esse período foi chamado Renascimento. A burguesia mercantil se tornava a nova classe social e buscava domínio político, tentando se desvencilhar do feudalismo, que estipulavam as regras e os tributos na economia. O contexto político da Península Itálica estava conturbado, marcado por uma constante instabilidade, uma vez que eram muitas as disputas políticas pelo controle e manutenção dos domínios territoriais das cidades e estados da Itália. Estas cidades e estados, apesar de serem regiões independentes, frequentemente entravam em conflitos entre si, pois o poder na Itália era uma grande confusão e imperava a tirania nesses diversos e pequenos principados. Foi nesse momento que surge o Absolutismo (século XVI), onde os Estados seriam governados por um monarca com poderes absolutos, mas que não fosse totalmente contra os interesses da nobreza feudal, afinal o absolutismo foi criado através de uma aliança entre os senhores feudais, e que atendesse as necessidades da burguesia que se fosse auxiliada teria mais condições de pagar impostos.
Nicolau Maquiavel, um pensador, um dos principais intelectuais, nasceu na segunda metade do século XV, em Florença, na Itália. Ingressou na carreira diplomática e aconselhava os governantes de Florença. Ele também era historiador e escritor. E devido aos inúmeros confrontos existentes no país, pois vivenciou muitos deles, e diante das experiências históricas com o sentido delas, Maquiavel problematiza a questão política e apresenta respostas às situações novas dos governos. Ele se torna um dos precursores do pensamento político moderno.
A concepção da política maquiaveliana baseia-se na impossibilidade de existir leis boas e armas boas se não houver um homem de Estado, um governante, virtuoso, racional e justo, como um modelo a ser seguido, o príncipe prudente é esse exemplo para os homens que o seguirão. Só que essa virtude não é pelo conceito cristão de qualidades morais, mas essa virtude é de ter vitalidade, força, saber planejar e ser flexível para quando houver mudanças, ser esperto e se impor para conquistar e dominar a fortuna, que é favorável para quem a deseja ter. O príncipe não deve ter a bondade como fundamento de suas ações, mas deve saber ser bom ou mau conforme a necessidade política.
Para Nicolou Maquiavel, a “cidade” ou seja a “sociedade” possui seus conflitos e por isso precisa de uma política a seguir para que haja um equilíbrio. Ele acha que existe diferenças sociais e que não há interesses semelhantes entre os ricos e o povo. E que o governante pode vir tanto da hereditariedade quanto da conquista do povo, desde que o governo seja uma república e não venha com opressão, colocando interesses particulares, ou de uma minoria, acima de qualquer coisa.
“O Príncipe” é uma de suas obras mais famosas, o qual defende o poder dos reis. No livro, o conceito é que o governante pode fazer qualquer coisa para ter a ordem no território, podendo usar de violência para conquistar seus ideais. É como se fosse um manual político para se manter no poder e ampliar conquistas, nele Maquiavel cita vários reis para que se possa aprender com as “lições” do passado, com os erros e acertos, assim introduzindo suas opiniões para se ter e fazer um bom governo.
2. O que é o contrato social e o que ele pretende explicar?
Resposta:
Pimeiramente é preciso explicar como era a vida dos homens antes da sociedade civil.
As relações humanas eram livres de qualquer ordem social, chamado de “Estado de Natureza”, anterior ao que hoje chamamos de sociedade civil. Nessa época, não existiam leis e governos que obrigassem as pessoas a seguirem regras ou obrigações. E com isso, apesar de dispor livremente do que a Natureza oferecia e mesmo vivendo em paz, alguns indivíduos começaram a cobiçar e querer mais. A terra que era algo de todos, começou a ser disputada e muitos homens se sentiam no direito e com força para se apoderarem delas. Isso acabava resultando em conflitos e guerras, fazendo uma disputa entre os fracos e fortes.
A sociedade gera no homem a necessidade de ter mais, mas precisa ser organizada para que assim possa ter a oportunidade de obter, para todos, uma vida em harmonia. O ser humano precisa se educar para reivindicar, criar leis e interferir na criação delas, assegurando os seus direitos. Com isso, em um determinado momento os homens sentem que precisam criar um acordo, um pacto social, através do qual reconhecem uma autoridade,um conjunto de regras e um regime político, dando origem a sociedade. Esse pacto social é o contrato social. O contrato social é feito entre dois indivíduos, que livremente dão o consentimento do que está sendo acordado, e uma terceira pessoa, no caso o Estado, que vai organizar e administrar os termos ali envolvidos, fazendo com que os seres humanos vivam em uma sociedade politicamente organizada. Contudo, faz com que o homem também perca sua liberdade e os meios naturais pelos quais adquirem seus bens, transferindo ao Estado a soberania de ditar as regras.
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