A Estrutura Das Revoluções Científicas
Monografias: A Estrutura Das Revoluções Científicas. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Liviacaroline • 29/6/2014 • 1.992 Palavras (8 Páginas) • 280 Visualizações
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO JOÃO DEL REI
CAMPUS ALTO PARAOPEBA
ENGENHARIA QUÍMICA INTEGRAL
RESUMO DA OBRA: A ESTRUTURA DAS REVOLUÇÕES CIENTÍFICAS
THOMAS S. KUHN
OURO BRANCO
2009
CAPÍTULO 1: A ROTA PARA A CIÊNCIA NORMAL
Neste capítulo, temos a definição de Ciência Normal:
“‘ciência normal’ significa a pesquisa firmemente baseada em uma ou mais realizações científicas passadas. Essas realizações são reconhecidas durante algum tempo por alguma comunidade científica específica como proporcionando os fundamentos para sua prática posterior.” (KUHN, 2003, p.29)
Essas realizações são relatadas por manuais científicos elementares avançados, que têm por objetivo, definir problemas e métodos de um campo de pesquisa para a próxima geração de praticantes da ciência. Tais manuais possuem duas características em comum; suas realizações não possuem precedentes e são abertas para que qualquer tipo de problema fosse resolvido pelos praticantes da ciência.
Surge então a idéia de paradigma:
“considero ‘paradigmas’ as realizações científicas universalmente reconhecidas que, durante algum tempo, oferecem problemas e soluções modelares para uma comunidade de praticantes de uma ciência” (KUHN, 2003, p. 13).
O estudo dos paradigmas prepara o estudante para ser membro da comunidade científica da qual fará parte. Kuhn acredita que se baseamos nossa pesquisa em um paradigma, então nos comprometemos com as regras e padrões da prática científica, o que são pré-requisitos para a ciência normal.
Uma teoria precisa superar suas competidoras para se tornar um paradigma, mas não é necessário explicar fatos que a confrontam; a questão está em ser bem explicada.
Novos paradigmas são formados e alguns são esquecidos. Adeptos às ciências mais antigas acabam se convertendo ao “novo”, o qual possui definições mais rígidas do campo de estudo. Vemos aqui o importante papel dos manuais, que guardam as informações relativas ao campo de pesquisa, possibilitando ao cientista a continuidade da pesquisa de onde o manual parou e ao mesmo tempo orientar todo o grupo, principalmente as gerações futuras que ainda não tiveram um contato maior com o estudo em questão. É nessa perspectiva que o campo de estudos torna-se uma ciência.
CAPÍTULO 2: A NATUREZA DA CIÊNCIA NORMAL
Um paradigma nunca é formulado sem erros, ele deixa muitas questões a serem discutidas, por isso, existe a ciência normal que desenvolve o paradigma ocupando-se de tarefas de “limpeza”, ou seja, melhora o paradigma esteticamente e socialmente, para que assim ele tenha a possibilidade de resolver mais problemas. Os cientistas normais, apesar de ampliarem conhecimentos em relação ao paradigma buscando suas teorias, não as questionam, mas sim, manipulam-nas.
Os trabalhos dos cientistas normais, na atualização dos paradigmas, consistem na determinação dos fatos significativos, com a tentativa de aumentar o conhecimento sobre estes; harmonizando-os com a teoria, comparando e tentando mostrar as relações entre os paradigmas e o mundo; e, por fim, no trabalho empírico da articulação da teoria para solucionar problemas antes observados e resolver as ambigüidades.
CAPÍTULO 3: A CIÊNCIA NORMAL COMO RESOLUÇÃO DE QUEBRA-CABEÇAS
A ciência normal possui três características importantes: Aumentar alcance e precisão do paradigma; reduzido interesse em produzir grandes novidades; compreensão da natureza através da prática.
A ciência normal oferece problemas com soluções possíveis, evitando complexidade e motivando o cientista através do desafio em resolver o quebra-cabeça. Os problemas da pesquisa normal possuem resultados que, em geral, podem ser antecipados.
“Resolver um problema da pesquisa normal é alcançar o antecipado de uma nova maneira. Isso requer a solução de todo o tipo de complexos quebra-cabeças instrumentais, conceituais e matemáticos. O indivíduo que é bem sucedido nessa tarefa, prova que é um perito na resolução de quebra-cabeças.” (KUHN, 2003, p. 59)
Kuhn afirma que quebra-cabeças servem para testar nossa engenhosidade ou habilidade na resolução de problemas, embora, somente aqueles que possuem uma solução podem ser considerados como tal. Além de possuir solução, um quebra-cabeça precisa obedecer às regras do seu paradigma; o que nos leva a entender o porquê da ciência normal como resolução de quebra cabeças, pois é através da mesma que alcançamos essa resolução.
CAPÍTULO 4: A PRIORIDADE DOS PARADIGMAS
Com a observação direta dos paradigmas pode-se determinar a ciência normal. Para que esse processo ocorra é necessária a elaboração de regras. Ela irão apresentar informações adicionais aos paradigmas,no entanto na maioria das vezes não serão necessárias,pois os cientistas aprende regras na prática e não as estudando.As regras só serão indispensáveis quando existirem disputas de paradigmas.
Existem algumas razões para existir uma prioridade dos paradigmas em relação às regras. A primeira delas destina-se a enorme dificuldade em descobrir as regras que guiaram a ciência normal. A segunda refere-se a natureza do ensino a que se submetem os cientistas.Estes nunca aprendem conceitos separadamente,conciliam teorias e aplicações durante todo o seu aprendizado.Uma terceira razão é que a ciência normal pode progredir na ausência de regras exclusivamente enquanto a comunidade científica aceitar sem questionar as soluções específicas de problemas.Consequentemente,as regras deveriam admitir importância e falta de proveito que as cerca deveria dissipar-se sempre que os paradigmas pareçam inseguros.E finalmente uma quarta razão,é quando existem regras explícitas,geralmente são comuns a um grupo científico considerável,o que não necessita ocorrer com os paradigmas,sendo que pequenos grupos de áreas de estudo
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