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A Estética Filosófica no Musical O Fantasma da Ópera

Por:   •  28/5/2020  •  Trabalho acadêmico  •  4.988 Palavras (20 Páginas)  •  181 Visualizações

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UNIVERSIDADE CATÓLICA DO SALVADOR

BACHARELADO EM FILOSOFIA

ESTÉTICA FILOSÓFICA NO MUSICAL

O FANTASMA DA ÓPERA

SALVADOR

2019

HENRIQUE SANTOS CORREIA

PHELLIPE MOREIRA DA FÉ

ESTÉTICA FILOSÓFICA NO MUSICAL

O FANTASMA DA ÓPERA

Trabalho escrito para fins avaliativos da 2ª unidade da disciplina de Estética Filosófica do curso de graduação em Filosofia da Universidade Católica do Salvador sob a orientação do professor Dr. José Luis Sepulveda.

SALVADOR

2019

SUMÁRIO        

Introdução        4

1        A Estética        5

1.1        Verdadeiro        6

1.2        Bom        7

1.3        Belo        7

2        O Senso Estético        8

2.1        Transcendência: elevação da alma        9

2.2        Experiencia com a beleza        10

3        Princípios Estéticos: O Fantasma da Ópera        11

3.1        Simetria        12

3.2        Qualidade        13

3.3        Quantidade        13

3.4        Luminosidade        13

Conclusão        15

Referências        16

Introdução

O Fantasma da Ópera é um romance francês de ficção gótica, escrito por Gaston Leroux, publicado em 1910. A fábula conta a história do misterioso Fantasma que assombra a Ópera Nacional de Paris. Apaixonado pela cantora Christine Daaé, ele formula o ambicioso plano de transformá-la na fabulosa prima-dona do “seu” teatro e nem mesmo Raoul, o grande amor de Christine, pode impedi-lo. Essa obra foi objeto de numerosas adaptações tanto para o cinema quanto para o teatro. Devido a facilidade de acesso e melhores qualidades audiovisuais, da obra, a análise estética será realizada com as versões cinematográficas de Andrew Lloyd Webber, em dezembro de 2004, sob a direção de Joel Schumacher e da comemoração dos 25 anos do musical em 2011 no Royal Albert Hall nos Estados Unidos.

Tradicionalmente a filosofia estética é definida como sendo a Filosofia do Belo, em que,  o belo, sendo propriedade de um objeto, é captado e estudado. É neste viés que se propõe uma educação estética a partir de obras de relevância para a cultura que é parte constitutiva de um cada povo seja ocidental ou oriental, como é possível analisar e contemplar tais manifestações artísticas que expressam a lacuna e o desejo de completude presente no humano.

Pretende-se neste trabalho apresentar alguns conceitos referentes à estética, isto é, ao Bom, Belo e Verdadeiro, posto que, são noções imprescindíveis para uma verossímil análise do musical O Fantasma da Ópera (Le Fantôme de l’Opera). Todavia, faz-se necessário uma investigação do senso e dos princípios estéticos que possibilitam, além de uma reflexão sobre a relação da beleza com a arte, a compreensão da estética como um modo de produzir representações sensíveis que dizem da vida humana.

A abordagem sobre esta temática e às observações do musical já mencionado, segue um itinerário que parte da noção geral de estética (com foco nos transcendentais que baseiam a metafísica estética), em seguida uma investigação sobre o aesthetic sensu (senso estético) que descreverá a transcendência, experiência e necessidade estética presente no coração humano, e, não mais importante o que este trabalho se dedica, isto é, as inquirições estéticas da obra. Portanto, dados os pressupostos e premissas da filosofia estética é preciso afiançar que somente contemplando a beleza e respeitando os graus de perfeição presente nas artes é que o homem atingirá uma completa resposta para o que tanto se questiona e agirá pelo Bem Comum, podendo assim atingir a felicidade e a satisfação interior, seu objeto de desejo e incansável procura. O Belo se deixa encontrar nas muitas belezas que é possível ser captado pelo olhar humano; fazer arte é expressar a sede pelo Belo.

  1. A Estética

Numerosos foram os problemas e temas aos quais os filósofos se dedicaram a refletir ao longo da história, aqueles relacionados com a beleza estética e o Belo, seguramente são relevantes. A Estética, na filosofia antiga, era conhecida como poética, que designava-se a arte produtiva, ou seja, o artista com o conjunto de procedimentos que, acompanhados pela razão, era capaz de produzir algo. Numa ótica platônica, a poiésis, compreende as atividades humanas que são ordenadas e, cada uma, distintas por sua natureza.

Arte para Platão, é a arte do raciocínio (Fed., 90 b), como a própria filosofia no seu grau mais alto, isto é, a dialética (Fed., 266 d); Arte é a poesia, embora lhe seja indispensável a inspiração delirante (ibid., 245 a); Arte é a política e a guerra (Prol, 322 a); Arte é a medicina e Arte é respeito e justiça, sem os quais os homens não podem viver juntos nas cidades (Ibid., 322 c, d).[1]

Além disso, para o filósofo idealista, a arte é uma imitação das realidades suprassensíveis, logo, ela é a imitação da imitação, por isso, se encontra distante do perfeito. Caso a atividade poética não tenha valor em si mesma, não sirva para aproximação do exercício das virtudes, do conhecimento, da Verdade e do Bem, ela é corruptora e imperfeita.

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