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A Felicidade em Agostinho e Sua Contraposição à Corrente Hedonista oMderna

Por:   •  5/9/2018  •  Projeto de pesquisa  •  18.585 Palavras (75 Páginas)  •  247 Visualizações

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UNIFAI

 CENTRO UNIVERSITÁRIO ASSUNÇÃO

Rafael dos Santos

A FELICIDADE EM SANTO AGOSTINHO

SÃO PAULO

 2015

Rafael dos Santos

A FELICIDADE EM SANTO AGOSTINHO

Trabalho de conclusão de curso apresentado ao Curso de Filosofia para obtenção parcial do grau de Licenciatura em Filosofia.

Orientador: Prof. Ivanir Signorini

SÃO PAULO

 2015

Aos meus pais, José Belarmino e Marina dos Santos, que com muita dedicação ofereceram tudo o que eles tinham para que eu pudesse obter uma boa educação.

RESUMO

Tendo como pressuposto a obra “A Vida Feliz”, de Santo Agostinho, a teoria hedonista de Jeremy Bentham e a obra “Utilitarista” de John Stuart Mill, esta monografia analisou a questão da felicidade e mostrou que a angústia do homem está em querer possuir um bem que possa satisfazer todos os seus anseios. Diante dessa vontade incessante do homem, este trabalho buscou responder ao seguinte questionamento: É possível possuir nesta vida uma felicidade plena? Se sim, como alcançá-la?

Para tanto, houve uma pesquisa bibliográfica sobre o tema e alguns autores foram consultados para fundamentar este trabalho monográfico, especialmente: Santo Agostinho (2010, 2014 e 1997), Jeremy Bentham (1979), John Stuart Mill (2005), Nicholas White (2009), Julián Marías (1989), Marcia Cristina Otaviani (2010), José João Neves Barbosa Vicente e Carlos Antônio Pereira (2011). Estes autores, de maneira geral, mostram o modo como o homem procura saciar a angústia que sente em seu peito, e chegam à conclusão que para ser feliz o homem precisa possuir o que deseja. Porém, o fato de ter o que procura não garante uma felicidade duradoura e imutável, isto só é oferecido pelo Sumo Bem. Deste modo, este trabalho tem como finalidade analisar a questão da felicidade do homem e provar que ela só acontece em Deus.

O trabalho está dividido em três capítulos: no primeiro capítulo, constará uma visão geral sobre a formulação da doutrina hedonista, passando por Francis Bacon e John Locke, quando abordado Jeremy Bentham, será apresentada a teoria da quantificação da felicidade ou “o princípio da maior felicidade”, por fim, será analisado o principal difusor desta doutrina que é John Stuart Mill. O primeiro capítulo será concluído com os contrapontos existentes entre Mill e Bentham. No segundo capítulo, constará a questão da felicidade em Santo Agostinho, tendo como base a obra: “A vida feliz”, este discorrerá sobre a busca do homem para possuir uma vida feliz. No mesmo capítulo, será apresentada a conquista da felicidade através do conflito entre: a alma, o corpo e as coisas materiais. Contudo, iremos tratar da relação que existe entre: a carência e a infelicidade e a sabedoria de Deus como a única fonte segura para a felicidade. A conclusão chegada é que a felicidade plena existe, mas não nesta vida. No terceiro capítulo, ocorrerá um embate, entre os principais pontos da teoria hedonista de Jeremy e Mill, com a teoria de Santo Agostinho. O proposito deste confronto é fazer uma objeção ao pensamento utilitarista a partir da teoria agostiniana.

Por fim, demonstraremos que a nossa felicidade e esperança não pode estar atrelada a nada que é passageiro, e que a felicidade plena só é possível na outra vida.

Palavras-Chave: Prazer, Felicidade, Virtude, Sabedoria, Hedonismo, Imutabilidade, Possuir.

ABSTRACT

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO................................................................................................. 8

CAPÍTULO I......................................................................................................... 10

2. A teoria hedonista quantitativa de Jeremy Bentham e John Stuart Mill .............................................................................................................................. 10

3. Jeremy Bentham............................................................................................... 12

4. John Stuart Mill................................................................................................. 17

5. Considerações finais sobre Jeremy Bentham e John Stuart Mill...................... 22

CAPÍTULO II......................................................................................................... 23

1. A busca pela vida feliz em Santo Agostinho..................................................... 23

2. A conquista da felicidade através do conflito entre: a alma, o corpo e as coisas materiais ............................................................................................................... 28

3. A carência como fonte de infelicidade............................................................... 34

4. A verdadeira fonte, a sabedoria de Deus.......................................................... 34

5. Considerações finais.......................................................................................... 37

CAPÍTULO III......................................................................................................... 38

1. A objeção a partir de Agostinho à teoria hedonista............................................ 38

2. Os prazeres superiores e inferiores.................................................................... 41

3. É possível possuir a felicidade plena? E se de fato for possível, como alcançá-la? ....................................................................................................................... 43

CONCLUSÃO........................................................................................................... 49

BIBLIOGRAFIA......................................................................................................... 51


INTRODUÇÃO

O presente aborda a questão da felicidade a partir de uma análise da obra A Vida Feliz de Santo Agostinho, fazendo um embate com a teoria utilitarista de Jeremy Bentham e John Stuart Mill.

O homem sempre desejou possuir um bem que lhe pudesse oferecer uma felicidade plena. Entretanto, com o passar do tempo, várias doutrinas foram sendo criadas e cada uma delas ofereciam e oferecem meios para que o ser humano possa viver uma vida tranquila e feliz.

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