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A Filosofia e Felicidade

Por:   •  25/2/2022  •  Pesquisas Acadêmicas  •  645 Palavras (3 Páginas)  •  213 Visualizações

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FILOSOFIA E FELICIDADE

Todos, sem exceção, procuramos ser felizes. Mas o que é a felicidade? O que é preciso para consegui-la? Ela é duradoura ou podemos ter somente instantes felizes? Num caso mais específico, de que forma a filosofia pode nos ajudar a discutir a felicidade e contribuir para sermos felizes? Essas são perguntas pertinentes e caras de reflexão.

Se buscarmos num dicionário, observaremos que a felicidade é caracterizada como um “estado de uma consciência plenamente satisfeita; satisfação, contentamento, bem-estar”[1]. Mas para ser feliz basta satisfazer exclusivamente a nossa consciência?  O Dicionário Básico de Filosofia com um olhar diferente concebe a felicidade como um “estado de satisfação plena e global de todas as tendências humanas”[2]. Como chegar em tão alto nível de satisfação? Dessarte, o tema da felicidade é labiríntico. Requer de nós uma reflexão atenta, sistemática, intensa e crítica, ou seja, carecemos do auxílio da Filosofia. Não podemos negar que ao longo da história da Filosofia, ela foi objeto da inquietação de numerosos pensadores, que, impelidos por questões como as explanadas acima, se atreveram a apontar algumas vias que, na perspectiva deles, conseguiriam levar à felicidade.

Para os gregos antigos a felicidade – Eudaimonia – significa não ter nada mais de diferente para desejar. “Com a felicidade temos tudo que precisamos”, dizia Epicuro (341a.C.-271a.C.), filósofo helenista. É um contentamento duradouro, um estado estável permanente. É bem mais que uma alegria passageira. Atualmente essa ideia perdeu força devido a imposição de valores tornando a felicidade subjetivada e individualista.

A subjetivação e individualização reduziram o campo de discussão da felicidade tornando-a menos passível de uma reflexão mais acentuada. O efeito é que quase sempre temos uma visão incerta daquilo que buscamos na vida que é na maioria das vezes, influenciada pelos padrões de felicidade de nossa cultura vinculada e disseminada pelas mídias sociais. De tal modo, preocupamo-nos demasiadamente em como alcançar a felicidade (essa preocupação é na maioria das vezes a fonte de doenças como a ansiedade e a depressão que hodiernamente são consideradas “o mal do século XXI”), mas pouco em discutir o que ela verdadeiramente é.

Os helênicos entendiam a felicidade a partir de valores, ou seja, você seria feliz na medida em que conseguisse agregar à sua vida aquilo que é, de fato, importante. Daí podemos nos perguntar: O que é considerado importante para mim? Família, emprego, conhecimento, amizade, fama, dinheiro, relacionamentos amorosos, experiências prazerosas? Após conseguir satisfazer isso que é relevante e desejável para mim, seria plenamente feliz? Não almejaria mais nada? Claro que aspiraríamos algo a mais! A busca pela felicidade é contínua!

Na Idade Média a felicidade estava ligada à ideia de plenitude. Para Severino Boécio (480-524), as coisas terrenas não são sinônimos de felicidade. Não está relacionada à satisfação de necessidades: “trata-se de um bem que, ao ser obtido, não deixa lugar para nenhum outro desejo”. Ele conclui que a felicidade completa é Deus, o Sumo Bem. Hoje, inclusive a própria concepção do Sagrado vem sido modificada, muitas vezes ridicularizada, banalizada.

Em suma, entendemos que na história da filosofia sempre houve o anseio pela busca da felicidade, claro, cada filósofo em seu respectivo período a concebia segundo sua visão. A Filosofia não tem uma resposta pronta, “mágica” para sanar de fato qual é a essência da felicidade e qual é o caminho certeiro a seguir para alcançá-la. Ela existe para que o homem possa viver melhor e humanizar-se e que, por meio dela, aprender a aliviar sofrimentos, a enfrentar melhor os problemas e aflições para a compreensão dos seus próprios limites.  Deste modo, seria proeminente resgatarmos, nos dias de hoje, um pouco do pensamento dos filósofos sobre a felicidade e sua obtenção.

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