EPICURO E SUA FILOSOFIA EM RELAÇÃO A ÉTICA, O PRAZER E A FELICIDADE.
Por: jackson.marques • 6/11/2016 • Projeto de pesquisa • 2.316 Palavras (10 Páginas) • 836 Visualizações
FEAD-CENTRO DE GESTÃO EMPREENDEDORA
CLERISVAN SANTANA, JACKSON BASTOS MARQUES, ROBERTA MUNIZ ROCHA
EPICURO E SUA FILOSFIA EM RELAÇÃO A ÉTICA, O PRAZER E A FELICIDADE.
BELO HORIZONTE
2016
CLERISVAN SANTANA, JACKSON BASTOS MARQUES, ROBERTA MUNIZ ROCHA
EPICURO E SUA FILOSFIA EM RELAÇÃO A ÉTICA, O PRAZER E A FELICIDADE.
Trabalho apresentado a disciplina de Filosofia e Ética do Curso de Ciências Contábeis - Fead-Centro de Gestão Empreendedora.
Professor: Vinicius Andrade de Almeida
BELO HORIZONTE
2016
Sumário
1. INTRODUÇÃO
2. PRAZER E A VIDA FELIZ
3. JARDIM DE EPICURO
4. O VERDADEIRO PRAZER
5. A ÉTICA EPICURISTA
6. CONCLUSÃO
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
1. INTRODUÇÃO
O ser humano está sempre em busca da felicidade, independente de época, raça ou religião. Todos buscam de alguma forma encontrar a verdadeira felicidade. A filosofia de Epicuro sobre a felicidade tem como base o prazer; para ele o prazer é o único responsável pelo bem-estar. Por causa deste pensamento, foi confundido com os hedonistas, que dizem ser o prazer o princípio e o fim de uma vida feliz. Mas para Epicuro existia uma diferença entre o prazer passageiro e prazer estável. O prazer passageiro é a alegria, a felicidade. Já o prazer estável seria a total ausência de dor. Segundo Epicuro, “nenhum prazer é em si um mal, porém certas coisas capazes de engendrar prazeres trazem consigo maior número de males que de prazeres”. Diante do exposto este trabalho tem como objetivo apresentar de forma resumida a filosofia de Epicuro e suas ideias em relação a verdadeiramente felicidade e o prazer como fundamento ético.
2. PRAZER E A VIDA FELIZ
Prazer é o início e o fim de uma vida feliz: ele é o primeiro bem, é inerente ao ser humano e critério de toda escolha e recusa (EPICURO, 2006,).
Como podemos ser felizes? Como alcançar a felicidade? Tais indagações, assim como o desejo do ser humano em obter, alcançar tal estado de espírito o move a diversas atitudes objetivando a tal “felicidade”. Epicuro, em sua proposta apresentou alguns caminhos para obtenção do que chamou de felicidade. Tal proposta de pensamento incorreu na adesão não apenas da elite, mas também do povo junto a tal tema.
A felicidade juntamente com prazer e ética foram temas abordados de forma exaustiva por parte de Epicuro. Temas estes que vieram a calhar frente a situação de pós-guerra e a discussão sobre a posição do Estado frente a sociedade. Para Epicuro a principal causa da infelicidade se devia a política, ou seja, aconselhava seus seguidores quanto ao afastamento da vida pública e o desenvolvimento de hábitos que proporcionassem tal equilíbrio da vida. Contrário aos gregos que acreditavam quanto a necessidade de participação do homem na vida pública para alcançar a felicidade.
3. JARDIM DE EPICURO
As orientações apresentadas por Epícuro para tal equilíbrio foram a do homem considerar levar vida simples, tempo dedicado a meditação, assim como a convivência com amigos. A observância quanto a aplicação pratica de tais ensinamentos por parte de Epicuro tornou-se evidente no chamado Jardim de Epicuro, onde este procurou apresentar a seus seguidores caminhos, comportamentos, hábitos para viver uma vida equilibrada, moderada e feliz.
Epicuro deu origem a filosofia epicurista, baseada no prazer da amizade.
Dizia que era um dever do homem tornar a vida presente a melhor possível. E a melhor espécie de vida era a vida de prazer - não de prazer turbulento, mas de prazer refinado. Cultivar a felicidade da vida simples. Aprender a gozar do pouco que tendes e evitar os excitamentos de ambicionar mais.
Cultivar um tranquilo senso de humor, aprender a sorrir diante das loucas ambições dos amigos. Aprender também a auxiliá-los nas suas necessidades. Desenvolver o talento de adquirir amigos. Não podeis ser mais felizes do que partilhar vossa felicidade com vossos amigos. De todos os prazeres do mundo, o maior e o mais duradouro é a amizade.
Em seus jardins todos podiam ter acesso, desde escravos a nobreza, uma vez que o entendimento era de que a única condição para ser feliz seria estar vivo e não a quantidade de bens, títulos ou posição.
Diferente de seus antecessores, que tinham no cidadão o modelo de conduta, Epicuro, em sua doutrina, propunha ao homem a valorização da simplicidade, sem os apegos à riqueza ou à vida pública. Para alcançar essa felicidade e a tranquilidade o homem só precisa de si mesmo; não lhe serviam, portanto, a cidade, as instituições, a nobreza, as riquezas todas, nem mesmo os deuses: o homem é perfeitamente autárquico (REALE, 1994)
A filosofia de Epicuro encontrou outros instrumentos para o homem alcançar a felicidade, além do afastamento de seus discípulos do Estado. O ponto de partida de sua doutrina é a substituição das crenças pela correta compreensão da natureza das coisas, especialmente da natureza e do próprio homem. Desse modo, compreendeu que o prazer sereno, como bem supremo, sustenta-se no conhecimento verdadeiro, na ciência da natureza. Nesse sentido, o epicurismo entendeu por lógica uma crítica do conhecimento, objetivando determinar os critérios que permitissem separar o verdadeiro do falso, eliminando as opiniões errôneas e buscando os fundamentos para uma vida feliz e serena (PESSANHA,2007).
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