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A Formulação Da Geometria Euclidiana: Entre A Ciência E O Senso Comum

Por:   •  23/3/2023  •  Artigo  •  2.710 Palavras (11 Páginas)  •  77 Visualizações

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A FORMULAÇÃO DA GEOMETRIA EUCLIDIANA: ENTRE A CIÊNCIA E O SENSO COMUM

Elivanio Carneiro do Nascimento Júnior1

Davi Euclides de Oliveira2

RESUMO

Esse trabalho tem o intuito de discutir o conceito de ciência, de senso comum e bem como as suas relações mútuas para a formulação das concepções da geometria euclidiana. A contar desses conceitos, será analisada a grande importância do conhecimento científico para a humanidade, que apesar de ser tipificado como complexo, esse conhecimento tem uma forte relação com o senso comum, pois a ciência está inserida numa sociedade que cotidianamente faz o emprego do senso comum para o desenvolvimento de suas atividades. A geometria euclidiana, não obstante, pautou seu conhecimento científico com raízes alicerçadas no senso comum. Embora sejam encarados socialmente como verdade e garantia, também é perceptível que a ciência não é dita absoluta e pode ser refutada com base em fatos, assim é possível admitir questionamentos e críticas por parte da sociedade para todo e qualquer conhecimento de cunho científico.

Palavras-chaves: Ciência; Senso comum; Geometria Euclidiana.

ABSTRACT

This work aims to discuss the concept of science, common sense and their mutual relations for the formulation of the concepts of Euclidean geometry. Based on these concepts, the great importance of scientific knowledge for humanity will be analyzed, which despite being typified as complex, this knowledge has a strong relationship with common sense, as science is inserted in a society that daily makes use of common sense. for the development of its activities. Euclidean geometry, however, guided its scientific knowledge with roots based on common sense. Although they are seen socially as truth and guarantee, it is also noticeable that science is not said to be absolute and can be refuted based on facts, so it is possible to admit questions and criticisms by society for any and all knowledge of a scientific nature.

Keywords: Science; Common sense; Euclidean Geometry.

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1 Graduando em Interdisciplinar em Ciência e Tecnologia - Universidade Federal Rural do Semi-Árido. E-mail: elivanio.junior@alunos.ufersa.edu.br

2 Graduando em Interdisciplinar em Ciência e Tecnologia - Universidade Federal Rural do Semi-Árido.

E-mail: davi.oliveira@alunos.ufersa.edu.br

  1. INTRODUÇÃO

O ser humano, quanto animal racional, sempre teve sua vivência arquitetada nos conhecimentos que condicionam sua vivência e suas relações com o meio em que está inserido. Para tanto, com a evolução histórica de sua existência, podemos hoje notar várias tipologias dessa área do raciocínio e pensamento humano: o conhecimento. Dentre estas, destacam-se exponencialmente o conhecimento proveniente do senso comum e o conhecimento científico.

É evidente como a vida humana moderna é direcionada a partir de resultados e definições provenientes do meio científico, sejam em campos mais pessoais e específicos, seja na relação mútua entre as pessoas como em processos industriais, economia e na própria estruturação da sociedade.

Conforme enunciado por Pinheiro (2008), a ciência pode ser entendida como

uma atividade social crítica que pretende a produção de conhecimentos sobre diferentes aspectos naturais e fenomenológicos. Todavia, a produção desse conhecimento não ocorre de forma arbitrária ou induzida, na qual, conforme conspiracionistas creem, os cientistas introduziriam na sociedade aquilo que o alto estrato social mais desejaria.

Ao contrário dessa vertente, é preciso compreender que o conhecimento científico deve passar por procedimentos adequados e bem definidos, processo denominado de método científico, que perpassa especialmente pela testabilidade e não inferência lógica, o que não inibe a importância da criatividade do cientista em se reinventar e reestruturar teorias a partir de novos resultados de testes. Neste viés, o conhecimento científico pode ser definido num conhecimento sistematizado que visa proporcionar explicações dos fatos observáveis (SILVA, COSTA, COSTA, 2013).

Em contrapartida, o conhecimento científico não está relacionado com verdades absolutas. Por suas aplicações industriais e pelo tanto que condicionam a vida humana pela alta testabilidade, surge uma falsa segurança em torno dos conhecimentos científicos, transpassando-os como certezas. Embora o objetivo central da ciência seja a verdade, o cientista nunca possui plenas convicções sobre sua teoria, uma vez que uma teoria só se torna plausível na tentativa de generalização das causas e consequências de um fenômeno observável. (ROVER, DUARTE, CELLA, 2008).

Logo, todo conhecimento científico deve ser passível de falseabilidade. Por mais testada seja uma teoria, não se pode adotar a fundamentação que a mesma seja comprovada e tenha eficácia plena, uma vez que a qualquer momento um cientista pode analisar esse fenômeno por uma nova ótica ou condição, encontrando resultados divergentes ao que a teorização abarcava como verdade. (ALVES, 2002). Não podemos compreender o mundo apenas pelo uso do conhecimento científico, uma vez que, o convívio social é inerente ao sujeito, e isso remete a construção        de        um        conhecimento        advindo        das        experiências        e        observações

cotidianas.

Por outra ótica, a atividade social é peculiar ao indivíduo, ou seja, o homem está imerso na cotidianidade, e o senso comum surge a partir das observações e repetições de tradições, hábitos e preconceitos vivenciados nesse contexto. Esse conhecimento, apesar de não ter comprovação que garanta a sua veracidade, ele é passado de geração para geração. Logo, o senso comum é pautado por verdades absolutas repassadas de geração em geração pelos indivíduos que compõem a sociedade, que condizem ao conjunto de práticas, maneiras e entendimentos sobre o mundo que cerca o indivíduo (ALVES, 2002).

Mesmo que irradiado pela experiência de um indivíduo ou grupo de

indivíduos, não existe um método que comprove a veracidade desse conhecimento, ele é apenas aceito. Apesar dele estar ligado à crenças, isso não significa que esse conhecimento esteja intimamente relacionado a uma religião. Portanto, essas crenças podem ser verdadeiras, mas ainda não provadas e mesmo assim são aceitas e repassadas.

O que podemos assegurar, é que não se pode desconsiderar o conhecimento vindo do senso comum, visto que esse conhecimento é um caminho fértil para o conhecimento científico. Embora, os mesmos tenham definições distintas, são importantes para o desenvolvimento da ciência moderna, e consequentemente para a compreensão do mundo.

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