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A Mulher na Sociedade Brasileira

Por:   •  23/9/2018  •  Projeto de pesquisa  •  1.369 Palavras (6 Páginas)  •  361 Visualizações

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A Mulher na Sociedade Brasileira

Bem, este pequeno artigo tem como objetivo fazer uma elucidação sobre o papel da mulher na sociedade brasileira, papel este delimitado por homens cujo os valores e morais estão claramente embasados na filosofia cristista de uma Era Morta.

Eu gostaria de me desculpar com o leitor ou leitora, por fugir dos padrões da academia e buscar escrever algo além das barreiras.

Também gostaria de deixar bem claro que apesar de ser um homem no sentido habitual por muitos entendidos, sou um ser humano que busca observar as mudanças na consciência da raça como um todo neste período novo no qual adentramos.

Sem muita enrolação, vamos ao que interessa.

Ultimamente comecei a escutar e a ver nas redes sócias grupos de mulheres se manifestarem contra os valores estabelecidos há séculos por bons homens de deus, sim, aqueles bons homens que queimaram culturas, invadiram e saquearam civilizações inteiras, aqueles homens que na sua santa ignorância queimou milhares nas fogueiras da inquisição.

Ao ver este manifesto, comecei a me dar conta de algo que li através dos anos de estudo em filosofias pouco convencionais ao modo ocidental de ver, de que a mulher brasileira estava finalmente acordando aos poucos de seu sono pesado imposto pelos homens de bens e valores.

Vozes ainda ressoando aos ventos levemente exigindo seu lugar na sociedade, não como o objeto de outrora, mas como Amazonas. E essa voz aos poucos começou a alcançar voos mais longínquos e cada vez mais, mais mulheres começaram a despertar do longo sono.

Mas há ainda aquelas que dormem e dormindo lutam contra o despertar de suas nobres irmãs, façamos uma rápida reflexão histórica: tivemos até recentemente, no Brasil, a indissolubilidade dos laços matrimoniais. O Brasil não tinha divórcio porque uma minoria católica romana arcaica endinheirada insistia em definir a moral social em termos dos seus preconceitos crististas. Entretanto, o que impedia os católicos de permanecerem casados com alguém que não mais amavam, se assim quisessem? E por que desejavam eles que pessoas de convicções diversas fossem por lei forçadas a uma permanência matrimonial indesejada por eles?

O resultado dessa atitude foi a propagandização forçada de um grande número de falsidades que envenenam ainda a vida emocional da sociedade brasileira e enfraquecem o caráter e a saúde dos cidadãos.

As religiões do passado, gigantes em decomposição ainda insistem no papel de submissão da mulher, seus líderes continuam a tentar proclamar a inferioridade de um e a superioridade de outro, pura tolice embasada em livrinhos de faz de conta. Sem o Espirito a letra perde seu sentido.

Ainda no retrospecto histórico quando da última tentativa fracassada daquele respeitável brasileiro, o Senador Nelson Carneiro, de convencer seus colegas de que já era tempo da moral matrimonial do país deixar de ser subdesenvolvida, os menininhos do T.F.P. foram às ruas do Rio angariar assinaturas contra o divórcio. Depois, um grande escarcéu nos jornais anunciou que a T.F.P. conseguira quatrocentas mil assinaturas. Alguns dos trogloditas mais ricos da sociedade carioca, naturalmente, lideravam a lista de fariseus. Mas se levarmos em conta que o Rio tem, atualmente, mais de seis milhões de habitantes — sem contar os subúrbios — isto significa que uma percentagem de apenas uns oito por cento da população carioca desejava continuar restringindo o direito de amar dos seus próximos. No entanto, com aquela lógica inversa tão amada pelos crististas, a flagrante derrota da T.F.P. foi proclamada como grande “vitória” da “moral” contra — naturalmente — o “diabo” e o comunismo.

Anos se passaram e ainda existem pessoas voltando nessas ideias sem sentido, mortos querendo restabelecer o culto a submissão e a morte. A cada dia nas ruas novos bolsotolos com as mais delirantes convicções.

Voltemos a mulher, a medida em que fui crescendo neste lindo país, fui percebendo que eu também estava preso nessa concepção, mesmo tendo uma postura não convencional, os enlatados dessa massa pro submissão estavam na minha televisão, nos filmes e até na literatura.

Para nós homens, é fortemente ensinado que a mulher deve ser de um tal padrão de beleza e comportamento, e que deve nos escutar, a voz da razão. Idiotice não!?

Mas é assim mesmo, as revistas direcionadas ao público masculino mostram um tipo de padrão de corpo, no qual a revista julga que todos gostam, os filmes sempre as mais belas mulheres estão em perigo a espera do príncipe encantado dos enlatados crististas. As feias ou são bruxas ou más, e se as belas, ou aquilo que convencionalmente nos foi empurrado com belo goela a baixo tende a terem comportamentos contrários, logo nos ensinam a dizer que são mulheres da vida.

Puta que pariu, que visão mais imbecil nos é empurrada todos os dias, mas alguns de nós começam a achar o gosto deste leite azedo demais, e logo nos lançamos em outros mares de conhecimento, de saberes sem esse toque podre.

Mas, ainda somos pouquíssimos, estamos em nossos trabalhos ouvindo de tolos que dormem sob a canção cristista de que a mulher tem sim que ser submissa, ou que ontem peguei uma mulher (como se a mulher fosse produto de mercado) e fiz isso e aquilo, e que fulana por ser assim é puta. A filha do outro é uma gostosa, mas se olhar para a minha eu mato, ou se minha mulher reclamar demais meto-lhe a mão.

Essas coisas, fazem parte da vida da maioria que mesmo falando que não age assim, não respeitam uma mulher quando esta fala algo, logo estes tendem a diminui-la e fazer dela uma piada por pensar.

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