A Problemática do Conhecimento (Resumo)
Por: Ruan Íthalo • 17/6/2016 • Resenha • 1.062 Palavras (5 Páginas) • 4.094 Visualizações
Resumo Sintético
A problemática do Conhecimento
Grandes povos da Antiguidade como egípcios, romanos, gregos, dentre outros desenvolveram suas próprias formas de conhecimento nas necessidades práticas da existência, sendo esta a principal das buscas na forma do saber. Dentre todos os povos da Antiguidade, os gregos foram os únicos a desenvolverem uma preocupação filosófica e sistemática, pondo em prática um tipo de reflexão – a intuição que se destacou pela possibilidade de gerar teorias sobre a natureza e desvincular o saber racional do saber mítico. Sem que abandonassem sua tão preciosa mitologia e cosmologia em favor de um saber racional, adquirindo a consciência das diferentes formas de logos. O pensamento grego era do tipo de saber adquirido pelos “olhos do espírito”, tendo diferenças entre conhecimento prático - ligado ao trabalho e a produção de bens – e conhecimento teórico – ligado ao prazer de saber.
Plantão, foi o primeiro filósofo a desenvolver uma teoria sobre o mundo utilizando a intuição. Teoria das Formas – tentativa de fundamentar um conhecimento certo e verdadeiro, além do mundo dos fenômenos. Para Platão, o mundo sensível está em constante mudança, portanto se tornaria impossível conhecê-lo – “não se pode conhecer uma coisa que deixa de ser ela mesma na sucessão do tempo”. Para Platão, a essência da coisa está em sua forma ou ideia.
Aristóteles, adotou a doutrina de que as formas só subsistem na matéria e é por estas que obtemos aquelas. A existência das Formas – que para Platão eram eternas, imutáveis e independentes do mundo sensível – e, para Aristóteles, apenas uma “realidade materializada” que não pode ser entendida senão pelo estudo das coisas concretas. Aristóteles utilizou a indução para formular princípios explanatórios gerais, voltando a fazer deduções de novas ocorrências.
Opiniões são emitidas a todo momento e por todas as pessoas, sem que haja uma argumentação para comprová-las. Mas de onde vem nossa capacidade de emitir opiniões? Da nossa enorme quantidade de informações adquiridas, a qual chamamos de senso comum. Senso comum é o conjunto de informações que aprendemos por processos formais, informais ou até inconscientemente, essas informações incluem fatos históricos verdadeiros, doutrinas religiosas, princípios ideológicos conflitantes e experiência pessoal acumulada.
Valorações e crenças são a parte essencial do senso comum e de nossas ações e comportamentos cotidianos. As crenças se manifestam através de proposições que podem passar por um teste de veracidade, é possível dizer se são verdadeiras ou falsas, enquanto as valorações não admitem critérios de decisão quanto à sua veracidade.
O pensamento popular concebe o conhecimento derivado exclusivamente da observação por um processo indutivo – usando órgãos do sentido como visão, audição, tato etc. Toda e qualquer observação pressupõe uma teoria, mesmo que esta seja de senso comum. O objetivo da explicação científica é a busca de afirmações e teorias universais. O grande problema do indutivismo passa ser o da passagem das afirmações singulares para as universais.
Uma característica das teorias científicas é de solucionadoras de problemas. Segundo Popper, a ciência começa com problemas que são decorrentes de necessidades práticas tanto quanto quebras de regularidades. Há uma tendência inata para ordem e regularidade, e quando não satisfeita somos induzidos a procurar explicações. Ao surgirem problemas, as teorias devem ocupar todos os espaços de explicação, contribuindo para sua própria superação e o avanço no processo de conhecimento. Os conceitos teóricos possuem um grande poder explicativo, e constituem a parte mais concisa das teorias e as próprias conjecturas. O processo de formação das conjecturas é chamado de contexto de descobertas, estas são realizadas dos mais diferentes modos, através
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