A Revolução Francesa e a Revolução Industrial
Por: IgorMendes123 • 14/9/2020 • Resenha • 923 Palavras (4 Páginas) • 308 Visualizações
A Revolução Francesa e a Revolução Industrial são as referências precisas para a linha de pensamento, entretanto a origem de ideias que, sobre esses mesmos acontecimentos históricos, vinha sendo produzido por autores como Saint-Simon e Comte.
Os fenômenos constituem-se “toda maneira de agir fixa ou não, suscetível de exercer sobre o indivíduo uma coerção exterior; ou então ainda, que é geral na extensão de uma sociedade dada, apresentando uma existência própria, independentes das manifestações individuais que possa ter”, as maneiras de agir, de pensar e de sentir exteriores ao indivíduo, dotadas de um poder de coerção em virtude do qual se lhe impõem”, ou ainda “maneiras de fazer ou de pensar, reconhecíveis pela particularidade de serem suscetíveis de exercerem influências coercitivas sobre as consciências particulares”. Deste modo o fato social é algo composto de vida própria, de fora dos membros da sociedade e que exerce sobre suas mentes uma autoridade que os leva a pensar, sentir e a sentir e conduzir-se de determinadas comportamentos.
Segundo o autor, a sociedade não é a consequência de um conjunto de indivíduos vivos que a compõem ou de uma simples coincidência de suas consciências. Atos e vivencias individuais, ao serem correlacionado, faz aflorar algo novo e aparente as consciências e suas manifestações. O agrupamento das partes se forme o todo, “dá origem ao nascimento de fenômenos que não provêm diretamente da natureza dos elementos associados”. A sociedade é o todo e não as partes, mais que um amontoado, é uma associação.
A mentalidade do grupo, por sua vez, não é igual a dos indivíduos separadamente, a consciência coletiva é diferente do modo de consciência individual. Portanto “um pensamento encontrado em todas as consciências particulares ou um movimento que todos repetem não são por isso fatos sociais” mas suas encarnações individuais. Os fenômenos que constituem a sociedade têm sua origem na coletividade e não em cada um dos seus participantes. É nela que se deve buscar as explicações para os fatos sociais e não nas unidades que a compõem.”
O caso das correntes, movimentos sociais e coletivos, “que nos impelem com intensidade desigual, segundo as épocas e os países, ao casamento, por exemplo, ao suicídio, a uma natalidade mais ou menos forte etc.” Outros acontecimentos têm uma forma já caracterizada na sociedade, formando sua maneira de ser a regras jurídicas, morais, religiosas e sistemas financeiros, o sentido das vias de comunicação e suas inúmeras formas de expressão. São, a título de exemplo os modos de fluxo de mercadorias e pessoas, de conversar a se comportar perante a sociedade, que vão sendo determinados pelas seguintes gerações.
As representações coletivas é uma das expressões de fato social. Elas compreendem os modos “como a sociedade vê a si mesma e ao mundo que a rodeia” por exemplo, lendas, mitos, concepções religiosas, que a sociedade cria. Sendo mais consolidado do que as representações individuais, são a base em que se originam os conceitos e vocabulários de uma comunidade ou nação.
Durkheim via o estudo da vida social como uma das suas preocupações, avaliando o melhor método permitiria fazê-lo de maneira científica, evitando a insuficiência do senso comum. Concluindo que deveria ter um método análogo utilizado pelas ciências naturais, mas respeitando as peculiaridades da sociologia que distingue dos fenômenos da natureza. Ele estabelece regras que os sociólogos devem seguir, sua primeira e fundamental é considerá-los como coisa; afastar sistematicamente as prenoções; definir previamente os fenômenos tratados a partir dos caracteres exteriores que lhe são coletiva; e julgar, independentemente de suas manifestações individuais, de maneira mais objetiva.
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