A Superação da Metafisica pela Analise da Logica da Linguagem
Por: Pocketo • 12/12/2017 • Dissertação • 1.879 Palavras (8 Páginas) • 445 Visualizações
Autor(a): Poliana do Nascimento Silva, Estudante do curso de Filosofia na Modalidade Ead, POLO/ Campo Maior/ Pi
A Superação da Metafisica pela Analise da Logica da Linguagem
Resenha
Carnap
Introdução
O texto é uma tradução de William Steinle, traduzido da versão inglesa, autorizado pelo autor, Rudolf Carnap (1891-1970). O texto as questões metafisicas, onde muitos declaram ser uma doutrina falsa, já que a mesma é totalmente contraria conhecimento empírico. Outros acreditam ser incerta já que seus problemas vão além da metafisica, ou seja, trasncede o conhecimento humano. Já os antimetafisicos acreditam numa metafisica estéril.
Dos céticos gregos aos empiristas do século XIX, houve muitos oponentes a metafisica. Críticos de varias espécies apareceram. Muitos deles declararam que a doutrina da metafisica é falsa, já que ela contradiz nosso conhecimento empírico. Outros acreditam que ela é incerta, argumentando que seus problemas transcendem os limites do conhecimento humano. O desenvolvimento da logica moderna possibilitou uma nova e contundente resposta a questão da validade e justificativa da metafisica. As pesquisas da logica aplicada e da teoria do conhecimento, que tem como objetivo clarificar o conteúdo cognitivo dos enunciados científicos, e então o significado desses termos que ocorre nesses, por meio da logica, eles conduzem dois resultados, o positivo e o negativo, o positivo é elaborado no domínio da ciência empírica; vários conceitos de vários ramos da ciência são clarificados, as conexões logica-formais e epistemológicas são explicitadas. No domínio da metafisica, incluindo toda a filosofia do valor e das teorias normativas, a analise logica conduz ao resultado negativo de que os enunciados tratados nesse domínio são inteiramente sem significado. Com isso, uma eliminação da metafisica é obtida, algo que não é era possível nas teorias antimetafisicas anteriores.
Quando dizemos que os enunciados da metafisica são sem significados, tomamos essa expressão em sua acepção estrita. Numa acepção ampla da expressão, um enunciado ou uma questão é as vezes dita sem significado se é inteiramente estéril enuncia-la ou utiliza-la como uma pergunta. No exemplo, da questão “ qual a media dos pesos daqueles habilidades de Viena cujo numero de telefone termina em ‘3’?” ou de um enunciado que não é apenas empírica, mas logicamente falso, um enunciado contraditório, “ as pessoas a e b são cada uma delas mais velha de que a outra”. Essas sentenças são de fato significativas, embota não tenham utilidade ou seja falsas; pois são apenas sentenças significativas que podem ser divididas em fecundas e estéreis, verdadeiras e falsas.
Num sentido estrito, entretanto, uma sequencia de palavras é sem significado se não constitui, dentro de uma linguagem especifica, um enunciado. A analise logica revela que os pretensos enunciados da metafisica são na verdade pseudoenunciados, que significa uma sequencia de palavras aparentemente constituir um enunciado.
Uma linguagem consiste de um vocabulário e uma sintaxe, isto é, um conjunto de palavras que tem significado e regras de formação de sentenças. Tais regras indicam como sentenças podem ser formadas por meio de diversas palavras. É de comum acordo que existem dois tipos de pseudoenunciados: ou eles contem uma palavra que equivocadamente é considerada significativa ou as palavras constituintes são significativas, mas unidas de uma maneira que fere a sintaxe, formando assim um enunciado não significativo.
2. O significado de uma palavra
Dentro de uma linguagem definida que tenha um significado também se diz usualmente designer um conceito; se ela apenas parece ter significado, embora não tenha, falamos de um “pseudoconceito”. Como a origem de um pseudoconeito pode ser explicada? Cada uma das palavras de uma linguagem não foi introduza como o proposito de expressa uma ou outra coisa, de modo a ter um significado definido desde o inicio de seu uso? Como pode ter em determinada linguagem uma palavra sem significado? Cada palavra tem um significado, exceto em casos raros. No desenvolvimento histórico, uma palavra frequentemente muda o seu significado, também acontece, às vezes, de uma palavra perder seu sentido sem adquirir um novo, é assim que surge um pseudoconceito.
3. Palavras metafisicas sem significado
Tomaremos como exemplo o termo metafisico “principio” (no principio do ser). Vários metafísicos ofereceram uma resposta a questão sobre o qual o “principio do mundo” (ou das “coisas”, da “existência”, do “ser”), por exemplo: água, numero, forma, movimento, vida, o espirito, a ideia, o inconsciente, força, o bem e assim por diante. Para descobri o significado da palavra “principio” nessas questões metafisicas devemos perguntar a um metafisico sob quais condições um enunciado da forma “x é o principio de y” seria verdadeiro e sob quais condições seria falso. Ou seja, perguntamos pelo critério de aplicação ou pela definição da palavra “principio”. O metafisico responderia mais ou menos da seguinte maneira: “x é o principio de y” significa “y surde de x”, “o ser de y repousa sobre o ser de x”, “y existe por virtude de x”. mas essas palavras são ambíguas e vagas. Frequentemente elas têm um significado claro, por exemplo, dizemos de uma coisa ou processo y que ele “surge” de x quando observamos que coisas ou processos da espécie x são frequentemente, ou invariavelmente, seguidos por coisas ou processos da espécie y. O metafisico no entanto, diz-nos que não pretende dar o significado através de uma relação empiricamente observável. Pois nesse caso suas teses metafisicas seriam meramente proposições empíricas da mesma espécie daquelas da física. A expressão “surgir de” não dignifica aqui uma relação de sequencia casual e temporal, que a palavra comumente significa.
4. O significado de uma sentença
Consideramos aqui apenas aqueles pseudoenunciados que contem uma palavra sem significado. Mas existe uma segunda espécie de enunciados. Estes consistem de palavras com significados, mas as palavras são ordenadas de tal madeira a gerar um resultado não significativo. Abaixo exemplos de seguintes sequenciam de palavras
1. “César é e”
2. “César é um numero primo”
A sequência de palavras (1) é formado ferindo-se a sintaxe, as regras da sintaxe requerem que a terceira posição seja ocupada não por uma conjunção, mas por um predicado, um substantivo (acompanhado de um artigo) ou então por um adjetivo. A sequência de palavras “César é um general”, por exemplo, é formada de acordo om as regras da sintaxe. É uma sequencia de palavra significativa, uma sentença genuína. A sequência de palavras (2) também é sintaticamente correto, pois ela tem a mesma forma gramatical da sentença mencionada acima não obstante, (2) carece de significado. “Número primo” é um predicado de números, nunca pode ser afirmado ou negado a uma pessoa. Já que (2) se comporta como enunciado, mesmo não o sendo, ou seja, não podendo asseverar algo, não expressando uma proposição verdadeira nem falsa, chamamos essa sequência de palavras de um “pseudoenunciado”. O fato de as regras de sintaxe gramatical não serem violadas facilmente pode, num primeiro momento, levar alguém a opinião errônea de que, de fato, trata-se de um enunciado, mesmo falso. Todavia, “ a é um numero primo” é falso se, e somente se, a é divisível por um numero natural diferente de a e de 1.; evidentemente, é ilícito dizermos que a é “César”. Nesse exemplo a falta de exemplo pode ser detectada. Muitos dos enunciados da metafisica não são facilmente detectados como pseudoenunciados.
...