Análise da prática de ensino e aprendizagem da linguagem brasileira de gestos em prática pedagógica
Relatório de pesquisa: Análise da prática de ensino e aprendizagem da linguagem brasileira de gestos em prática pedagógica. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: nathy0505 • 20/2/2014 • Relatório de pesquisa • 8.811 Palavras (36 Páginas) • 424 Visualizações
Apresentação
Este trabalho tem por finalidade analisar a prática de ensino e aprendizagem da Língua Brasileira de Sinais na prática docente. Foi desenvolvido em dois momentos: pesquisa individual e discussão em grupo, sendo que duas integrantes pesquisaram os sites sugeridos na ATPS, duas a pesquisa bibliográfica e uma digitou. Foi debatido e discutido em encontros semanais na própria faculdade, seguindo sempre as orientações e seguindo os passos descritos nas três etapas. Procuramos abranger as principais teorias e refletir sobre a surdez nas perspectivas médica, educacional e cultural, abrangendo a Língua Brasileira de Sinais, discutindo a problematização do tema, e procurando mais recursos didáticos para a aproximação entre grupos linguísticos.
Etapa 1
Inclusão Social do Surdo
Vem sendo um enorme desafio a inclusão dos indivíduos portadores de necessidades educativas especiais no Brasil. Esse grupo enquadra-se no grupo de pessoas que usam a capacidade de linguagem e a capacidade de adaptá-la. Discutir sobre a educação dos surdos e como ela vem existindo aponta para uma realidade que há muito tempo foi negligenciada.
Falando sobre a questão social, cultural e educacional os surdos em muitas vezes não são inclusos pela sociedade por sua condição. São definidos como deficientes e, portanto são considerados pela sociedade incapazes. Isso geralmente ocorre por conta de um atraso na aquisição da linguagem que os surdos têm no seu aprendizado e no seu desenvolvimento, porque na maioria das vezes, o acesso a esse conhecimento é inexistente.
O Brasil reconheceu a Língua Brasileira de sinais/Libras, por meio da lei N° 10.436/2002, como a língua das comunidades surdas brasileiras, que no seu artigo 4°, dispõe que: O Sistema Educacional Federal e os sistemas educacionais estaduais, municipais e do Distrito Federal devem garantir a inclusão nos cursos de formação de Educação Especial, de Fonoaudiologia e de Magistério, em seus níveis médios e superiores, do ensino da Língua Brasileira de Sinais – Libras, como parte integrante dos Parâmetros curriculares Nacionais – PCNs, conforme legislação vigente.
Existem leis que são criadas, porém pouco efetivadas devido a muitas vezes não se aplicar as necessidades reais da sociedade. Entendendo-se que à medida que têm entrado em contato uns com os outros, tendo nascido em famílias surdas ou sido agrupados em escolas especializadas e na comunidade, o resultado tem sido o desenvolvimento de um sofisticado idioma feito sob medida para os olhos com uma língua de sinais.
Libras e a Cultura Surda em Seus Aspectos
A Língua de sinais é uma língua visual, pois se utiliza a visão para captar as mensagens e os movimentos, principalmente das mãos. Distingue-se das línguas orais pela utilização do canal comunicativo, enquanto as línguas orais utilizam-se do canal oral-auditivo, a língua de sinais utiliza-se do canal visual.
Esse meio de comunicação e completamente rico, coexistente com as línguas orais, mas é independente e possui estrutura gramatical própria e complexa, com regras fonológicas, morfológicas, semânticas, sintáticas e pragmáticas. É lógica e serve para atingir a todos os objetivos de forma rápida e eficiente na exposição de necessidades, sentimentos, desejos, servindo plenamente para alimentar os processos mentais.
A identidade surda é formada através do pertencimento a uma cultura, por isso o surdo está sempre em situação de necessidade com o outro igual, sendo a cultura surda o local onde o surdo constrói sua objetividade de forma a assegurar a sua sobrevivência e a ter sua condição dentro das múltiplas culturas.
Essa cultura tem características próprias, específicas, diante das demais culturas sendo uma linguagem própria dos surdos e apresentada de forma visual onde o pensamento e a linguagem são de ordem visual e por esse motivo fica muito complicado para ser compreendida pela cultura ouvinte.
O reconhecimento de Libras como a primeira língua da comunidade de surdos está amparado pela lei 10.436, de 24 de abril de 2002, e foi criada devido à luta pela conquista de direitos dos surdos em espaço de cidadania a exemplo de: escola, sociedade, igreja e outros que os levem a adquirir independência.
A rotina formal dos surdos é marcada pela diferença entre duas concepções básicas de surdez a clinica e sociocultural. A surdez é considerada uma incapacidade, uma deficiência a ser sanada, os métodos educacionais aliadas à visão médica da surdez tinha por meta curar o surdo, empregando técnicas que procuram o desenvolvimento da fala.
Dificuldade do surdo em se relacionar com a sociedade implica no próprio tratamento em que eles recebem como, por exemplo, um surdo que precisa ir ao médico e quando atendido na maioria das vezes não existe comunicação, pois os médicos não estão capacitados para atendê-los da maneira correta porque não conseguem entender o problema desses surdos.
A busca médica para resolver o problema da surdez é através de aparelhos de amplificação sonora, ou cirurgia ou implantes coclear e procedendo-se a tratamento intensivo. Porém a deficiência auditiva não é uma doença para ser tratada, é dessa forma que os surdos querem ser vistos.
Etapa 2
“Sou professor (a) de lima sala de aula regular que tem um aluno surdo/ deficiente auditivo, usuário de Libras.”
Diante deste desafio de ter um aluno surdo em uma sala de ouvintes foram elaboradas algumas atividades didáticas pedagógicas para que esta inclusão seja bem sucedida. São elas:
A primeira atividade trata-se de um jogo de adivinhação. Os objetivos são para que os alunos aprendam mais símbolos para interagir, criando mais laços e trabalhando a expressão.
São usados slides como recurso e o tradutor passa para a criança surda à proposta da atividade. Há uma grande variedade de sinais no slide. Exemplo: casa, noite, feliz, carro, chorar, cantar. Cada aluno tem que escolher um sinal mentalmente, tem que fazer comentários até que o outro adivinhe. Quem adivinhar primeiro faz o sinal e ganha um ponto e um abraço do colega.No final todos se abraçam porque todos participam assim é sugerido.Nessa atividade o material usado foi o computador da sala de informática.
Essa próxima atividade o intuito é fazer com que a classe trabalhe com interpretação
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